segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A cor do cordel

A cor do cordel

 Jorge Mello


     Muito se tem falado de literatura de cordel, eu mesmo nesse veículo de comunicação, já falei. Pois bem, vou entrar um pouquinho a mais nesse universo, contando prá vocês algumas regras básicas para a montagem de versos.
     Na literatura popular, existem dezenas de maneiras de se juntar os versos na formação de estrofes. Veja, que popularmente, entende-se por verso, a junção de algumas linhas escritas, formando um corpo, um conjunto, uma forma. Não é bem assim que acontece. Vamos aprender corretamente: verso, é a escrita de uma linha apenas.  Criação que obedece  uma outra regra, que é a sua quantidade de sílabas. Por isso se diz: “verso de sete sílabas”. O conjunto de versos, chama-se estrofe. E um conjunto de estrofes, forma um poema.
     Então os “versos”, podem ter musicalidade diferente um dos outros. Versos de sete sílabas, de 10 silabas, de 12 sílabas também conhecidos como decassílabos, dodecassílabos etc.
     Comecemos pelas as formas (estrofes) mais simples: quadras e sextilhas. Cada estrofe dessas, é  identificada popularmente pela quantidade de  pés”, ou seja, de quantos versos se compõe. Estrofe de quatro pés (quadra), de sete pés (redondilha maior), de dez pés (décima).  Temos então para versos e estrofes, novas denominações.
Exemplo de quadras:

Sou poeta repentista                    (A)
Pelo que falo respondo               (B)
Poetar me faz artista                   (A)
Aqui no Capão Redondo            (B)

     As quadras também são conhecidas como “trovas” e aqueles poetas que cultuam as trovas, são denominados “troveiros”. Esta quadra, tem rimas cruzadas: A B A B. É bom já dizer que as rimas podem ser cruzadas ( ABAB) e paralelas (ABBA), como seria uma quadra com rimas paralelas? Vejamos:

Trovar só me faz feliz                 (A)
Porque já entro no clima             (B)
Poeta que não tem rima               (B)
Não sabe bem o que diz.             (A)

     Nesses dois exemplos, os versos são de sete sílabas. São portanto as formas mais simples, cultuadas pelos poetas do cordel no final do século XVIII. Já no início do século passado, só se usavam na confecção dos libretos de cordel, as estrofes de seis versos de rimas cruzadas,  popularmente conhecidas como  de seis pés. Vejamos um exemplo:

Para compor uma sextilha                (A)
É simples, não desanime                  (B)
Eu me despeço, mas volto               (C)
Prá que outra vez eu rime                (B)
Pois o Rap e o repente                     (D)
Faz parte desse FANZINE.             (B)

2 comentários:

  1. MEU PATRÍCIO TENHO PRAZER EM TÊ-LO COMO DE MEU PIAUÍ, SOU TEU ADMIRADOR, LOGO DESEJO ENCONTRAR CONTIGO. ADÃO DE SOUSA LINA DO PIAUÍ/SP

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  2. CORDEL DE JESUS.
    Peço a deusa poesia:
    Uma grande inspiração,
    Lá do sobrenatural;
    Para falar com emoção,
    Do aniversariante,
    Para nós redenção.

    A bíblia diz que Jesus:
    Nasceu cidade Belém,
    No tempo do rei Herodes
    Nazaré, Jerusalém,
    A grande revelação;
    Na pobreza nasceu amém.

    Vinte cinco de Dezembro:
    Comemora o aniversário,
    Se não nasceu neste dia
    Não será nescessário,
    Jesus nasce todo hora
    Dispensa um calendário.

    Sendo assim importante:
    Fé em primeiro lugar,
    Todo dia Jesus nascendo;
    Não devemos duvidar,
    Seu amor e seu poder,
    Todos deve alcaçar.

    DEMPARASO
    ADÃO SALINA

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