tag:blogger.com,1999:blog-59279370387776790062024-02-19T21:18:02.148-08:00Jorge MelloJorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.comBlogger90125tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-82561912343931491332017-12-30T08:32:00.001-08:002017-12-30T08:32:35.278-08:00CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQERT86cWhjQtZR3T1WfAARhexqAfUHZjvQF9V_UDt_xPOoVGm3FiUjkPgu_S1CyCimoQ63hdtqX40FYq8kzZVWplX_gIZEaAbfESQEfMeLsatnqBfH9UDfCU2I6XYhvAeaGf89eVl5WUM/s1600/com+jorge+melo.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQERT86cWhjQtZR3T1WfAARhexqAfUHZjvQF9V_UDt_xPOoVGm3FiUjkPgu_S1CyCimoQ63hdtqX40FYq8kzZVWplX_gIZEaAbfESQEfMeLsatnqBfH9UDfCU2I6XYhvAeaGf89eVl5WUM/s320/com+jorge+melo.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Esse texto é o único que eu escrevi sobre meu trabalho com Belchior, depois de sua morte. Falei das parcerias, da convivência, do tempo trabalhando junto em nossas empresas em sociedade (PARAÍSO DISCOS e a outra EDITORA MUSICAL CONSTELAÇÕES), e sonhos. Aqui estão os fatos como realmente aconteceram. Esse texto foi publicado na Revista Digital AGULHA. O que quer dizer que é público. O interessado na matéria pode o publicar sem problemas quando quiser.<br />
Foram muitos anos de convivência e como resultado a criação de mais de duas dezenas de músicas escritas em parcerias já publicadas. E algumas dessas canções são ainda inéditas. E essas eu não posso publicar sem o consentimento dos herdeiros.<br />
Esse é meu presente de fim ano. Espero que o leia até o fim. É um texto longo. Mais de vinte páginas. Mas é esclarecedor para aqueles interessados na matéria. Leiam:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 20.0pt; line-height: 107%;">ENAS DO
PRÓXIMO CAPÍTULO: Sonho e parcerias! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 20.0pt; line-height: 107%;">Jorge Mello<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
NOS TEMPOS DA UNIVERSIDADE<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na segunda metade dos anos 1960 vinha eu
do Piauí para Fortaleza movido por dois grandes sonhos: a universidade e a
carreira musical (essa alimentada pelas notícias da chegada da televisão na
capital alencarina). É que na minha terra natal, Piripiri, eu já encantava as
garotas com minhas composições interpretadas nas serenatas pelas madrugadas, e
achava pouco. Queria muito mais! E também me divertia nos programas de rádio de
Teresina, onde estudava. Cheguei em Fortaleza no início de 1967. Nesse ano prestei
vestibular para cursar Direito na UFC e meu irmão Emanuel Carvalho, prestou
para Medicina. E logo no início de 1968 o Emanuel chega pra mim com a notícia
de que na sua turma tem um cara igual a mim, segundo ele, que “fica todo tempo
criando versos e tocando violão”. E ele levou até onde eu morava numa republica
estudantil o tal colega de turma. Assim conheci o Belchior em março de 1968.
Claro foi como cair a sopa no mel. Fiquei imediatamente ligado a ele e ele a
mim. Frequentei sua casa e ele visitava muitas vezes o meu canto, um apt. de
apenas um cômodo na Av. Duque de Caxias. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nossas discussões no universo artístico
eram influenciadas pelos temas políticos próprios dos movimentos estudantis
daqueles tempos difíceis. Eu gostava de conversar sobre aquele dualismo que
preocupava Mário de Andrade: por um lado a arte brasileira, pelo outro a arte
internacional. Discussões éticas sobre o “primitivismo” ou o “exorcismo
divertido”, e ainda o “esquisito apimentado”. Ou ainda a recusa a esse
universalismo. Vivia a pensar se vamos trabalhar com códigos populares ou com
códigos eruditos? Perguntava sempre isso aos colegas da aventura musical. Era
uma chatice ficar ouvindo coisas como: ”isso não é ritmo brasileiro”; “agora,
sim... isso, sim é de nossa terra e nossa gente...!” Eu, na qualidade de
compositor brasileiro não me vi obrigado a utilizar essas fórmulas estabelecidas.
Essa discussão me incomodava...! E foi conversando com alguns compositores contemporâneos
que fui sentindo mais conforto com a liberdade de criar sem tanta obediência a
ritmos e fórmulas. É claro que ouvíamos Luiz Gonzaga, mas também se ouvia Tom
Jobim, João Gilberto e Egberto Gismonti. Assim creio que nossa música, e, a de
minha geração foi se soltando e sentindo liberdade para criar...!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No ano seguinte 1969, depois de
participação em vários festivais de música local, fomos eu e Belchior
convidados para dirigir a parte musical de um programa na TV Ceará: PORQUE HOJE
É SABADO, sob a regência de Gonzaga Vasconcelos. E ali foi um dos
embriões do que se tornou conhecido por “Pessoal do Ceará”. Nos
festivais eu e ele conhecemos a rapaziada que fazia música em Fortaleza, mas
não tínhamos intimidade com essa turma. Nossos encontros com essa turma no
começo eram encontros formais. Com o programa na TV houve um amadurecimento
dessas amizades e logo nos sentimos enturmados. Os encontros se estendiam ao
ambiente universitário, principalmente na Faculdade de Arquitetura e aos bares,
como o Balão Vermelho na Av. Duque de Caxias e também num bar ao lado da TV
Ceará que tratávamos por “Gerbô”. E logo nos reuníamos no Bar do Anísio na Av.
Beira Mar, vizinho à casa do Cláudio Pereira. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lá no Bar do Anísio encontramos todos
aqueles amigos que conhecemos nos festivais, na TV e nos outros bares da
cidade. Éramos uma família agora. Irmãos inesquecíveis: Petrúcio Maia, Cláudio
Pereira, Augusto Pontes, Rodger Rogério, Tetty, Fausto Nilo, Mércia Pinto,
Chica (Francisca Neponuceno), Ieda Estergilda, Antonio José Brandão, Dedé,
Ednardo, Cirino, Fagner, Ricardo Bezerra, Olga, Delberg, Sérgio Pinheiro, Amelinha,
Belchior e eu, Jorge Mello. Uma delícia estar com esses amigos...! <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No ano seguinte passamos eu e
Belchior, a dirigir a parte musical de
outro programa na TV Ceará: GENTE QUE A GENTE GOSTA. E ainda na universidade eu
e Belchior em parceria criamos uma
trilha musical para o texto de teatro de Eduardo Campos “O MORRO DO OURO”, peça
que foi montada sob a Direção de Haroldo Serra e com a Direção Musical minha. O
espetáculo foi inscrito no Festival de teatro de São José do Rio Preto. E esse fato foi muito importante para meu
desligamento do Nordeste e ajudou na minha decisão na busca da carreira profissional
de cantor/compositor no eixo Rio e São Paulo. Era o que eu esperava para ir
embora definitivamente e tentar a carreira no chamado “Sul Maravilha”. Ainda
sobre esse espetáculo, devo observar que foi montado também no Rio de Janeiro
em 1972 e em São Paulo em 1976, sempre com grande sucesso de crítica e de
público, tendo nas três montagens, minha mulher Teca Melo no principal papel
feminino e eu no principal papel masculino, acumulando também a Direção Musical.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No dizer de Gilmar de Carvalho
(jornalista, professor da UFC e Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP):
“Na terceira fase vieram a televisão e os festivais. Os programas “Porque Hoje
é Sábado” e “Gente que a Gente Gosta”, na TV Ceará, ambos produzidos e
apresentados por Gonzaga Vasconcelos, passaram a recrutar o pessoal novo. Então
pintou a possibilidade de mostrar um trabalho para um público maior, de se
encarregar da direção musical: era a fase da aprendizagem. Os festivais, por
sua vez, ao invés de separar, pelo caráter de competição, juntavam mais a
turma. Era a certeza de que havia um trabalho, um processo e de que todo mundo estava
perseguindo a mesma meta, apesar de serem diversos os caminhos. E houve o
Festival Aqui, promovido pela Rádio Assunção e pelos diretórios acadêmicos das
escolas de Arquitetura e Serviço Social e Orgacine, em cujos estúdios, em
Fortaleza, foi gravado o LP artesanal, depois prensado pela Companhia
Industrial de Discos. Depois vieram os festivais promovidos pelo DCE, TV Tupi,
o Nordestino, também pela TV Tupi, e o de música de carnaval, pela cervejaria
Astra. Nomes como o de Rodger Rogério, Ricardo Bezerra, Petrúcio Maia,
Belchior, Ednardo, Fagner, Lauro Benevides, Jorge Mello, Cirino, Luis Fiuza,
Ribamar, Dedé, Braguinha, Sergio Pinheiro, e Maninho despontavam.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Então o pessoal começou a se mandar. O
êxodo seria a quarta fase. Era a consciência da qualidade do trabalho e a
constatação de que fora do Rio-SP, centros de geração e difusão de ideias e
atitudes, era inútil insistir. Faltaria
ressonância ao trabalho e nenhuma proposta e arte sobrevive dissociada do
púbico que ela visa atingir. Foi-se a primeira leva. Belchior trancou a
matrícula do curso de Medicina e se mandou, cantou na “barra pesada” e venceu
com “Na hora do Almoço” um festival universitário de âmbito nacional. Era o
começo. Jorge Mello foi dos primeiros a
emigrar. Ednardo e Fagner foram depois.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A PROFISSIONALIZAÇÃO NA MÚSICA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há um dado de suma importância que não
apareceu ainda nos estudos da trajetória de todos nós. Tanto por aqueles que
entendem ter havido um movimento (“Pessoal do Ceará”), ou por aqueles que entendem
que não houve movimento nenhum e que tudo foi apenas um grupo de vários músicos
atuando em carreiras individuais. Devo explicar que logo que chegamos no Rio de
Janeiro, conhecemos o casal Reinaldo Zandrand e Cássia Zangrand, que nos
recebeu em sua casa como se fôssemos filhos. Nos trataram como filhos, fornecendo
alimentos e vestuário. Também foram os fiadores do apartamento em que morei com
Teca Melo, em Copacabana, tendo a companhia em casa de Belchior, Fagner e
Cirino, que moravam comigo. Esses amigos que conhecemos no Rio de Janeiro nos
apresentaram a todas as pessoas importantes do meio artístico, os convidando
para virem a sua casa só para nos ouvir cantar e nos conhecerem. E isso
acontecia todos os dias, de segunda a segunda. Creio e tenho certeza de que sem essa força de
Reinaldo e Cássia, as coisas teriam sido bem mais difíceis para todos nós,
artistas do nordeste buscando nossos espaços. Outro casal que foi muito importante na
divulgação de nossas presenças no eixo Rio - São Paulo, foi o Manuel Carlos e
Cidinha Campos, ele hoje autor de novelas da Rede Globo, ela é hoje Deputada
Estadual pelo Rio de Janeiro. Foram pessoas que também muitas vezes programaram
em sua casa encontros objetivando nos apresentar àqueles que consideravam importantes para nossas
carreiras. Cidinha Campos foi quem nos deu o maior incentivo quando ainda
estávamos em Fortaleza. Em São Paulo, tivemos outra madrinha inesquecível,
Antonieta Felmanas, que fez o mesmo que os anteriores. Colocou-nos no centro dos acontecimentos
culturais da capital paulista. Mantenho amizade com essas pessoas até hoje. E
no caso dos falecidos, a amizade continua com seus filhos e netos. São importantes na minha vida. Inesquecíveis.
Sem eles, as coisas teriam acontecido com maiores dificuldades para todos nós. Não
esqueço amigos que se mostraram interessadas em nosso trabalho, programando em suas casas verdadeiros saraus
que iam até o amanhecer do dia, onde pudéssemos apresentar nossa música e nossa
obra aos convidados. Nos deram visibilidade. Nossa vida teria sido muito mais difícil e
possivelmente teríamos tido maiores
dificuldades para criar laços de amizade com os grandes artistas, produtores,
executivos de gravadoras e ainda homens da publicidade. Tenho um diário que
conta essa aventura, onde registrei data e hora em que cada uma das pessoas que
nos ajudaram, produziram, ou patrocinaram estiveram conosco pela primeira vez. Não
posso deixar de falar da importância desses amigos que nos recebiam em suas
casas com a única finalidade de nos apresentar a importantes figuras da TV, do
rádio e do “show business”, tanto do Rio de Janeiro quanto de São Paulo. Fica
aqui o meu agradecimento. Estendo esse agradecimento também a Simon Bau e Irede
Cardoso que além de nos oferecer uma casa para morar em São Paulo, nos recebiam
em seu lar para ensaios e encontros artísticos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Devo também ressaltar que naqueles dias em
que moramos no Rio de Janeiro, eu, Teca, Belchior, Fagner e Cirino, pouco me
interessei por vender a ideia de um grupo musical ou de um movimento cultural
organizado. Éramos, identificados, sim por “um pessoal do Ceará”, nunca, como
ficou conhecido após a chegada do Ednardo, Rodger e Tetty que criaram o
“Pessoal do Ceará” conhecido como um conjunto musical que alcançou grande sucesso,
depois abrindo para a ideia de um movimento cultural. Vejo as coisas como vê o
Fausto Nilo quando diz: “De certa forma os principais artistas e criadores
envolvido nos projetos “Soro” e “Massafeira”, são originários do mesmo chamado
“Pessoal do Ceará”, designação por mim constantemente rejeitada pelo seu
significado regionalista e por sua estreiteza como âmbito cultural artificial
que nos confina a um recanto de artistas não incluído nas escalas nacionais”
(NILO, Massafeira – 30 anos. Fortaleza Edições Musicais. 2010. p.138).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No trabalho diário com a atividade
musical, me tornei o maior parceiro de Belchior. Trabalhamos juntos em composições
que foram nascendo naturalmente pela presença e aproximação e convivência no
ambiente de trabalho e no ambiente familiar. Primeiro ainda no Rio de Janeiro à
partir de 1971 o poeta morou em minha casa por três anos. Depois em São Paulo,
nos tornamos sócios da PARAISO DISCOS e
da EDITORA MUSICAL CONSTELAÇÕES, o que nos fez trabalhar sob o mesmo teto por
duas décadas. Posso afirmar que nessa convivência, fui o leitor privilegiado,
aquele que primeiro pôs os olhos no que o poeta escreveu. Ele também foi o primeiro leitor de tudo que
escrevi. E nesse ambiente de trabalho, de criação, de estudos, de leitura,
tínhamos altos papos, conversações infindáveis dentro das noites, sobre música,
filosofia, artes plásticas, teologia e literatura. Fazíamos infinitas leituras
comentadas das mais variadas obras da literatura universal. Foram momentos
inesquecíveis e de grande aproveitamento para minha formação e para a qualidade
de minha música, poesia e demais escritos. Principalmente de meus poemas. No
meu livro BENEDICTUS – UMA AVENTURA DE MAGIA, escrevo na contracapa: “Agradeço
ao parceiro de tantas canções que compomos juntos, Belchior, que foi o primeiro
a por os olhos nesses escritos, ...” As
outras obras minhas como ensaios, monografias, ficção, têm pitacos, comentários
e revisões da língua e da estética feitas pelo parceiro/amigo, poeta Bel.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando o sucesso chegou ao meu amigo e
parceiro, com o reconhecimento do trabalho autoral conversamos profundamente
sobre a situação dos Direitos Autorais no Brasil. Esse assunto me interessava.
Belchior sabia disso. Analisávamos o que
acontecia naquele momento em que os grandes nomes da MPB contestavam a forma de
administrar e arrecadar tais direitos. Éramos ligados a entidades, à
associações de classe, mas, combatemos aquelas entidades e a forma de como
praticavam suas atividades. Fomos presentes nessa luta por melhores leis autorais
e melhores formas de sua arrecadação. Essa batalha motivou a necessidade de o
compositor ter maior controle de sua
produção. Como enfrentar os usuários das obras musicais: gravadoras, editoras
musicais, intérpretes, produtores de eventos, empresas de radiodifusão, TVs e
outros usuários. Havia uma insatisfação quanto aos contratos de edição com
cessão de direitos. Esse tipo de contrato era defendido pelo sistema com
argumentos econômicos e não políticos. Era uma discussão antiga, vinha desde os
tempos da Bossa-Nova. Nesse ambiente de acirrada discussão, momento em que a
SICAM (Associação de Compositores e Autores Musicais), publicou um edital no Jornal da Tarde de 6/2/1975, em
que nos chama de “subversivos” e até expulsou de seu quadro alguns compositores,
nós os novos autores nos sentíamos sem pai, nem mãe, nem terreno para pouso.
Eram momentos difíceis...! Os que
entravam com alguma proposta para discussão eram tratados como “arrogantes”. Foi nesse ambiente quente de ideias e de
mudanças, que um dia Belchior me chama a sua casa e lá ele sabe por mim que eu
abri uma produtora de eventos. Ele queria saber mais sobre essa coisa de
administrar seu próprio negócio. Me fazia perguntas diretas e cheias de
curiosidade. “Jorjão tu sabe cuidar disso, dessas coisas aí, empresa,
contador... impostos, essas coisas?” Eu afirmava que sim. Que me vi forçado a
ter minha empresa, por não ter empresário. Por necessitar trabalhar, fazer
shows, eventos em entidades que exigem nota fiscal de serviços. Foi por isso
que abri a TERRAMAREAR ATIVIDADES ARTÍSTICAS naquela ocasião. Empresa em que
uma das atividades era a venda de shows e a outra era a de gravação sonora de
“jingles” (trilhas de publicidade) e gravação de discos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Havia uma nova tendência dentro da música brasileira, no dizer da matéria
publicada no Jornal Opinião no dia 07 de 1975, intitulada: PROFISSÃO: ARTISTA;
CATEGORIA: AUTÔNOMO, da jornalista e crítica de música Ana Maria Bahiana. (Esse
texto foi publicado no seu livro: “Nada Será Como Antes – MPB nos anos 70”). Ali
naquela matéria no jornal a autora dizia que os artistas partiram para a
autogestão de suas carreiras. Eu fui do time de frente dessa iniciativa que
naqueles tempos serviu de exemplo e incentivo para muitos outros. Vejamos como
me posicionei naquela matéria do Opinião. Diz ela: “-- O que é que eu tinha?”,
pergunta o compositor, maestro e professor Jorge Mello. ‘Eu tinha meu disco. Só
meu disco. Saí com o disco debaixo do braço por aí, saí tocando. Fui de Além
Paraíba (Minas Gerais) até Altamira no Pará. No meio do caminho meu grupo
desistiu, a barra era muito pesada. Aí chamei minha mulher e nós dois seguimos
nos apresentando, eu na guitarra e ela com um pandeiro. E, tocamos em porta de
cinema, porta de armazém, praça pública, igreja.”, <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mais adiante no texto da mesma matéria
continua a jornalista: “Evidentemente um esforço coletivo significaria menos
trabalho para todos. Mas ainda não é fácil reunir essa geração angustiada,
aflita para passar em qualquer brecha. Em São Paulo houve uma bem sucedida
tentativa de mutirão musical. A Feira de Música Popular, organizada por Marcus
Vinícius e Jorge Mello no Teatro Aplicado. Teve pontos positivos. ‘As pessoas
se inteiraram umas dos trabalhos das outras, houve uma mostra das tendências
mais diversas. E um espírito de equipe incrível: a gente não conseguia arrumar
som, pedimos ao público, no primeiro dia que nos ajudasse. Durante a semana
começou a pintar microfones, caixa, mesa, e, na segunda-feira seguinte, a gente
já tinha uma aparelhagem’ – diz Jorge Mello. Mas foi temporária, dispersada com
a ocupação do teatro por uma temporada teatral. Continua predominando o esforço
individual de uma turma numerosa que inclui os cearenses Rodger, Teti, Fagner,
Belchior, Ednardo e Amelinha, o pernambucano Marcus Vinícius, o piauiense Jorge
Mello, o carioca Jorge Telles, os paulistas Walter Franco, Waldemir Marques e
Thiago Araripe, e até alguns grupos de rock, como o Apokalipsis, o Joelho de
Porco e o Made in Brasil.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Senti naquele momento que precisava
urgentemente me organizar. Tinha que ampliar as chances de trabalhar com
música. Abandonei o magistério, montei uma banda com os próprios alunos de
música escolhido a dedo entre as três faculdades onde ensinava e caí na estrada
com os shows. Ao mesmo tempo também invadi as produtoras e os estúdios na busca
de trabalhar com publicidade. Ampliei os contatos indo às gravadoras não só
oferecendo minhas composições e minha voz, como artista do “cast”, mas, também
oferecendo meus conhecimentos de
arranjador para atuar nas produções de álbuns dos artistas já contratados. Deu
certo. Virei um rato de estúdio. Passava dias e dias ora gravando ou produzindo
trilhas, ora como músico acompanhante. Ora como produtor ou criador de trilhas
de publicidade. Ora como produtor dos álbuns de grandes nomes da música
popular. Ganhei muita experiência e um bom dinheiro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essa experiência com certeza atraiu a
atenção de Belchior. Que sendo o artista de sucesso popular que se tornou, não
poderia cuidar de uma gravadora, uma produtora e uma editora musical sozinho,
precisava de alguém com essa experiência. Então me convidou para ser seu sócio e
eu me associei a ele na criação de nossa gravadora PARAISO DISCOS. Devo
informar que não fechei a minha própria empresa e que continuei a prestar os
serviços de produção e criação de trilhas de publicidade, de cinema e de teatro
na JMT PRODUÇÕES. E assumi a Direção de Produção de tudo que a PARAÍSO lançou
ao mercado. Uma empresa não atrapalhava os objetivos da outra.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na área de shows, tive que aprender
muito também. Como falei eram tempos de mudanças. “Os empresários, subprodutos da indústria
fonográfica, se viram em idêntica situação. Como explica, agudamente, o
compositor Marcus Vinícius: ‘A crise da indústria estrangulou o mercado,
encareceu o custo da montagem de um espetáculo. Aí os artistas foram passando
às escolas, às faculdades. E para fazer show em faculdade, não precisa
empresário. Empresário, como em geral a gente imagina, aquele cara que descobre
o artista, constrói o artista e batalha por ele, não existe no Brasil, há muito
tempo. Isso é miragem de uma outra realidade, de Hollywood. Empresário é um
cara que trabalha no telefone, marcando datas. Isso, se você quiser, você pode
fazer também.’”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Foi o que fiz ao abrir a minha própria
produtora e gravadora. Senti que poderia fazer alguma coisa na área de produção
de eventos e de trilhas e ainda de discos, porque não via como entregar isso a
outra pessoa, porque não atraí o interesse de nenhum sujeito que quisesse fazer
isso por mim. Caí de boca no mercado e fui fazer meus shows. Produzir trilhas
de publicidade e trilhas para teatro e cinema. E produzi e lancei meus próprios
álbuns pelo meu próprio selo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Belchior ao perceber essas minhas
iniciativas, imediatamente perguntou se eu saberia abrir e cuidar de uma
empresa que fosse gravadora e também editora musical. Respondi que saberia,
sim. E poucos dias depois ele me chamou para um novo encontro e resolvemos ter
nossa gravadora e nossa editora musical. Nos associamos. Nasceram as empresas
PARAÍSO DISCOS (gravadora) e a CONSTELAÇÕES (editora musical). Na PARAISO
DISCOS produzi nos melhores estúdios de São Paulo mais de duas centenas de
álbuns. Gravei os mais variados artistas, dentre eles o próprio Belchior e meus
próprios álbuns. Uma façanha que o ambiente artístico musical da época não
entendia. Era um pioneirismo, no Brasil, ver os próprios artistas terem uma
gravadora. E por causa dessa sociedade, dessa ligação empresarial, eu e
Belchior passamos muito tempo juntos e em razão disso as parcerias foram
aparecendo naturalmente. Nunca programamos nem agendamos fazer músicas. Como se
poderia pensar. Tipo, assim, esquecer as funções por um tempo e trabalhar na
criação de composições em parceria. Não! Não acontecia assim. Acontecia nossas
parcerias por puro acaso. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu vivia com o violão ao lado da mesa de
trabalho porque era o produtor e arranjador e o instrumento me facilitava nesse
serviço de trabalhar a sonoridade e os arranjos das obras que iria gravar no
estúdio. Gravava o tempo todo...! E
quando no escritório, pegava o violão, muitas vezes para criar um arranjo para
uma produção de um artista qualquer, ao pontear alguns acordes o Belchior
gritava de sua sala ao lado: “Jorjão, toca isso aí de novo...” Eu repetia a frase no violão uma duas três
vezes e ele aparecia curioso e dizia. “Faz mais uma vez...!” Passados alguns
instantes ele aparecia com uns versos e pedia que eu visse. Eu via,
cantarolava, ele do lado e assim as canções foram nascendo. Ele costumava comer o alimento que cozinhava
na cozinha do escritório. Muitas vezes ao fazer o alimento ou enquanto comia ele
gritava de lá. “Repete esse lance aí Jorjão!”
Eu repetia e no final da tarde ele me entregava um texto pronto. E assim
criamos mais de duas dezenas de canções que foram gravadas por ele e por mim e
por vários outros cantores e ainda temos uma dezena de canções inéditas...!
Posso afirmar que sou o seu maior parceiro em número de obras, ou o parceiro
mais constante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
AS PARCERIAS:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vamos falar de algumas das canções que
fizemos juntos e depois tratarei de outras obras criadas só por ele e que
merecem considerações. Para tanto devo informar que não me preocuparei com a
cronologia de suas criações, nem de seus
registros em suportes como LP em vinil ou em Cds e outros, onde se encontram
essas obras fixadas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Certo dia eu trabalhava na criação de uma
canção falando de meu filho Rúrion quando tinha cinco anos (isso em 1983), e de
repente o Bel entrou no escritório, foi para sua sala e lá permaneceu
desenhando por algum tempo. Eu matutava uns acordes daqui, outros dali... quando
ele gritou de lá, como sempre fazia
quando se tocava ou se sensibilizava com minhas criações ao violão:
“Jorjão repete isso mais rápido, como se estivesse mostrando a Bil Harley, ou
pro Chuck Berry...!” Eu imediatamente atendi. Como não tinha texto escrito
ainda, tentava por uma letra improvisada
na melodia, para facilitar o canto que criara de forma a ser perceptível ao
parceiro. Meu texto na realidade estava só começando... eram pequenos pedaços
de texto. Tinha poucas palavras e por não ser suficiente fiquei como faz um
repentista, improvisando, na forma de “meio quadrão”, com versos em redondilha
maior (versos de sete sílabas). E no
meio dessas estrofes eu ficava enrolando a melodia dizendo apenas: “Rock, rock,
rock, rock”. E, assim segui cantarolando a melodia, voltando a repetir os improvisos naquela bela
forma, mas, cantava numa melodia que mais lembrava um rock ou blues. Passados
alguns minutos o Bel saiu de sua toca e me surpreende com uma estrofe pronta, com
um belo texto que ele criou, utilizando algumas palavras da obra original que
eu escrevera pra meu filho. Adorei! Repeti aquilo por horas. E não falamos mais
nisso. Ele voltou a seus afazeres e eu cuidei de outras providências. No dia
seguinte ao chegar no escritório pela manhã, ele me recebeu com o texto pronto.
E juntos ficamos horas cantando e conversando sobre o texto e a melodia. O
título: “CANÇÃO DE GESTA DE UM TROVADOR ELETRÔNICO”. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essa canção foi gravada pelo bardo
cearense no álbum que a PARAÍSO DISCOS produziu com ele, cujo título é: “CENAS
DO PRÓXIMO CAPÍTULO”. Foi o primeiro disco de nossa empresa que verdadeiramente
vendeu. Um sucesso muito grande e nos deu fôlego para outros empreendimentos.
Era esse o terceiro álbum de nossa gravadora. Nesse álbum ele interpretou
quatro obras minhas escritas em parceria com ele. Além da obra citada gravou
também: “ROCK ROMANCE DE UM BOBÔ
GOLIARDO”, “PLOFT” e “O NEGÓCIO É O SEGUINTE”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Adorei a canção. Belchior que até então se
caracterizava por ser um compositor de melodias monocórdicas, em alguns casos,
apresentadas como meros pretextos para a sustentabilidade do texto, agora tinha
um rock pesado, tradicional como tantos outros dos anos 1950 e do início dos anos 1960. Lembrando mesmo as criações
e interpretações do Chuck Berry e do Elvis. Ele que sempre se mostrava um
inventor de belos textos, criou para minha obra uma dessas joias. Como bem
disse o jornalista Jotabê Medeiros: “Musicalmente, Belchior assumia que a
influência da cultura ibérica, moura e provençal definia seu estilo, mas não o
encapsulava em nenhuma formula. Assumia inflexões dos cantos gregorianos que
aprendera no colégio de frades e das tendências poéticas épicas e picarescas da
tradição”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O parceiro entendia essa característica de
sua obra. Sabia que tem letras mais significativas que suas melodias. Ele sabe
que suas criações sem parceria, privilegiam mais o texto do que o resultado
musical de sua criação. Ele reconhece isso quando diz: “É claro que as minhas
melodias são melodias fáceis, redundantes e a minha letra é mais importante do
que a música, assim como as letras do Chico são mais importantes do que a
música e a melodia do Pixinguinha é mais importante do que a letra” (Belchior
em entrevista ao Pasquim em 1982,p.10)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que é importante que se diga é que essas
melodias criadas pelo parceiro eram absolutamente eficientes para a sua função.
E com isso a média da qualidade de criação
alcançava níveis elevados. Ótimas canções realizadas sem a ajuda de parceiros. Ótima obra, fácil de ser reproduzida nos
bares por outros músicos e guardada na memória. E nas letras vemos fenômenos
fantásticos, inclusive a inclusão de um vocabulário novo que foi incorporado ao
ambiente da música popular.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essa posição de ser um cantor popular, de
sentir que suas melodias simples podem chegar mais facilmente às massas, ao
sucesso radiofônico, ao povo, era uma das coisas com as quais o poeta Belchior
trabalhava. Ele tinha muita consciência dessa forma de trabalhar e a projetava
exatamente para isso. Para se comunicar com as massas e assim levar o seu
recado direto em textos com narrativa sem grandes metáforas e que atingem como
flechas o alvo do autor. Vejamos essa
sua colocação na entrevista que deu logo no início da carreira: “ Eu não quero envernizar o folclore, eu não
quero fazer o que o povo faz muito melhor do que eu e principalmente porque eu
defino música popular como aquela que está do lado do povo. Não somente aquela
que vem das camadas mais baixas da população ou das camadas marginais. Eu
defino a música popular de uma forma ideológica, é aquela que está do lado do
povo. É aquela que fala das desesperanças, das utopias, das vicissitudes, dos
ideais, dos trabalhos, dos sonhos, das conquistas do povo, então essa é uma
música popular. Então eu trabalho em cima disso. Povo é uma coisa muito grande,
(Belchior em entrevista a Wofenson). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Isso não pode ser atribuído ao acaso,
porque de um lado o número dos loucos é relativamente bem pequeno, por outro
lado porém porque um indivíduo genial é um fenômeno raro, para além de qualquer
avaliação normal, e que aparece na natureza somente como a maior das exceções;”
(SHOPENHAUER).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma das características dos compositores
de minha geração, vindos do Ceará, é que sempre se buscou “formas e temas
perdidos no passado brasileiro e cearense”, mas, fundindo com novas
experiências que pudesse concorrer dentro do mercado musical. No dizer de
Antonio José Brandão no texto escrito para o livro “MASSAFEIRA – 30 anos”,
temos: “Na sua luta, os artistas pretendiam isolar e evitar a folclorização
supostamente imposta pelo Movimento Armorial e pela fidelidade ao forró
tradicional, exigida por muitos. Quase todos os teóricos não compreendiam que o
forró tradicional foi novo e revolucionário em seu tempo. Tendiam a eternizá-lo
pela forma como tendo surgido não do suor das filas às portas das gravadoras,
emissoras, revistas e jornais, mas sim dos suspiros românticos da flor do
mandacaru. Não percebiam que estavam sendo reacionários. Ou, o que é ainda
pior, estavam patrulhando.” (BRANDÃO. MASSAFEIRA - 30 ANOS. Fortaleza Edições
Musicais 2010. p91).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A nossa parceria “CANÇÃO DE GESTA DE UM
TROVADOR ELETRÔNICO” (Jorge Mello e Belchior), tem cunho biográfico. Pois
apresenta a história de todos nós que deixamos nosso canto lá no interior (no
nosso caso o interior nordestino, eu de Piripiri no Piauí e ele de Sobral no
Ceará), para cair na estrada e terminar na cidade grande. O texto explica muito
bem essas três etapas. Pois tem três estrofes onde a primeira te coloca lá na
origem, mas, recebendo as influências do rádio, do cinema e do disco por meio
do alto falante com a amplificadora no
pico da torre da igreja ou na porta da sala de projeções. A segunda estrofe
descreve a “estrada tirana” e suas armadilhas e o sabor de suas aventuras. Por
fim na terceira estrofe temos a cidade grande e seus desafios. Vejam o texto:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
CANÇÃO DE GESTA DE UM TROVADOR
ELETRÔNICO<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Jorge Mello e Belchior)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O som do alto falante<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Rolava e me dava um toque.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E Chuck Berry berrando<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
em sua guitarra, era um choque.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Cometas Halley passando,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
astros no pó de Woodstock,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
cabeças, pedras rolantes,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
JIM, Jimi, John, Janis Joplin<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E a moçada do subúrbio,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Cinemas, topetes, motos...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Rock, rock, rock, rock’n’roll!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Rock, rock, rock, rock’n’roll!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Caí na estrada tirana:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(A juventude é um dom!)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
garotas, sonhos, mil transas,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
como dar bandeira é bom!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Olhando a cidade grande,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
cheia de fúria e de som;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
querendo ser uma estrela<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
de sexo, lazer e neon...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Cidade grande é uma droga<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
mas o rock dá o tom.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Rock, rock, rock, rock’n’roll!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Rock, rock, rock, rock’n’roll!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
São mil milhões de habitantes<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
deste parque industrial:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
negros, mulheres, menores<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- filhos da crise geral – <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
iguais pela mesma bomba<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que vai cair no quintal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ídolo e Deus dos esgotos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
a musa urbana me fez.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Meu sucesso é saber disso<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
e bater tudo pra vocês.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Rock, rock, rock, rock’n’roll! <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Rock, rock, rock, rock’n’roll!ssa
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para minha felicidade, essa canção passou
a ser uma daquelas músicas que se fixou no repertório dos shows do
amigo/parceiro. E em virtude disso teve outras gravações, principalmente na
produção de discos gravados ao vivo, como é o caso do álbum “UM SHOW – 10 ANOS
DE SUCESSO”, de 1987. Outra notoriedade da obra é que ela foi a escolhida para
a abertura dos shows que o Belchior apresentava por todo o mundo, durante
muitos anos. E que teve um clip produzido de altíssimo nível apresentado pelos
programas de TV. Era o Belchior roqueiro se manifestando. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A nossa produção não era engessada nos
moldes e formas tradicionais de composição, como acontecia em Pernambuco com o
frevo, engessado, congelado e embalsamado por décadas e décadas, ao contrário
do que fizeram os baianos que levaram o frevo para si e o “desbundaram” como
bem entenderam com suas guitarras e seus trios elétricos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Belchior gravou canções em parceria comigo
também criadas na forma do Raggay e blues.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Não existe em mim simulação alguma,
mostrando-me eu por fora o que sou no coração.” É o que pretendo fazer. Falar
das obras que meu parceiro tão inteligentemente homenageava os autores da
literatura universal e nacional.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
REFERÊNCIAS ENCONTRADAS NA OBRA: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na obra de Belchior há inúmeras homenagens
aos clássicos da literatura universal e também e da música popular brasileira.
Em todos os seus álbuns, se pode testemunhar referências aos autores clássicos
ou a suas obras. Logo no primeiro álbum de 1973. Bel inicia com a canção “Mote
e Glosa”, onde mostra conhecer o termo “mote”, sentença, expressa em um ou mais
versos da glosa (poesia em que cada estrofe termina por um dos versos de um
mote). Mostra que tem intimidade com a poesia dos repentistas por ser a glosa
uma das formas clássicas dos desafios de repentes. Nesse mesmo álbum
encontramos a canção “A Palo Seco”, uma homenagem a João Cabral de Melo Neto na
escolha do título da canção. No seu poema o poeta pernambucano repete o termo
por várias vezes o definindo. Apresento uma das estrofes do belíssimo poema A
PALO SECO de João Cabral de Melo Neto:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #424347; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;">O cante a palo seco</span><span style="color: #424347; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><br />
<span style="background: white;">é um cante desarmado:</span><br />
<span style="background: white;">só a lâmina da voz</span><br />
<span style="background: white;">sem a arma do braço;</span><br />
<span style="background: white;">que o cante a palo seco</span><br />
<span style="background: white;">sem tempero ou ajuda</span><br />
<span style="background: white;">tem de abrir o silêncio</span><br />
<span style="background: white;">com sua chama nua.</span></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nas formas escritas das canções do álbum
MOTE E GLOSA da gravadora Chantecler estão claras homenagens aos poetas concretistas, irmãos Campos e aos
compositores Gil e Caetano que tão bem utilizaram poemas concretos em suas
composições. Basta a leitura das letras de: MOTE E GLOSA; BEBELO; MÁQUINA;
CEMITÉRIO, sem precisar dar como exemplo a distribuição da letra de NA HORA DO
ALMOÇO. Todas essas canções citadas, são apenas da autoria de Belchior.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No segundo álbum ALUCINAÇÃO (Belchior), de
1976, o poeta alencarino dialoga com vários clássicos e com os ídolos da nossa
MPB. A canção que dá nome ao LP, comenta o modo de vida e canções de Gilberto
Gil, que naqueles tempos estava envolvido com macrobiótica e sabedoria
orientais, e gravou de sua autoria a canção “ORIENTE”, e depois gravou sua
música “EXTRA”, em que diz que espera “algo mais”. Belchior abre sua canção
afirmando: “Não estou interessado em nenhuma teoria, em nenhuma fantasia, nem
no algo mais...” adiante arremata: “nem nessas coisas do oriente, romances
astrais. A minha alucinação é suportar o dia a dia e meu delírio é experiências
com coisas reais.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em uma entrevista que Gilberto Gil deu a
Ana Maria Bahiana publicada no jornal O Globo de 1977, sobre a acusação de que se tornara um
alienado em suas produções mais recentes e pós tropicalismo ele diz: “Isso já
vem nesses últimos anos desde que voltei da Inglaterra, com insinuações mais ou
menos evidentes e frequentes de que eu estaria alienado, de que teria abdicado
de uma posição de combate e não sei o que. Na época do <i>Refazenda</i>, já teve isso, e mesmo antes, na época do <i>Expresso 2222</i>, a macrobiótica era fuga e
tudo. Quer dizer, isso já vem esse tempo todo e vem já como um reflexo do
tropicalismo que foi assim o momento da grande desconfiança conosco, comigo
principalmente (In. BAHIANA, 1980, P 64 E 65).”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por outro lado o Belchior em entrevista na
Revista POP, ao ser perguntado sobre sua visão de misticismo, oriente, ioga,
responde: “ Sou completamente desinteressado. Não acredito, não quero nenhuma
nova teoria que me decepcione depois. Sou um cara mais preocupado com toques
imediatos, do presente. A arte não pode viver de ilusões.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como diz Belchior, tudo é proibido, “aliás
tudo é permitido quando ninguém nos vê”... <span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Também nesse mesmo álbum de 1976, Belchior, demonstrando intimidade com
a literatura popular do cordel, na canção SUJEITO DE SORTE (Belchior), quando
cita trechos do livro “Poeta do Absurdo” de Orlando Tejo. Livro que tenta fazer
a biografia do poeta cordelista paraibano Zé Limeira. O trecho citado por Bel é
parte do poema “Poesia dos cachorros” (Zé Limeira), cujo verso original diz:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Eu já cantei no Recife<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dentro do Pronto-Socorro<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ganhei duzentos mil réis<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Comprei duzentos cachorro<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Morri no ano passado<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas esse ano eu não morro.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O texto da canção do bardo cearense assim
trata a matéria: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
SUJEITO DE SORTE <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Belchior) <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Presentemente eu posso me
considerar um sujeito de sorte<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
porque, apesar de muito moço, me
sinto são, salvo e forte.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E tenho comigo pensado: Deus e
brasileiro e anda do meu lado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E assim já não posso sofrer no
ano passado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tenho sangrado demais, tenho
chorado pra cachorro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ano passado eu morri mas esse ano
eu não morro.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Belchior sempre foi um leitor contumaz,
obstinado. E como tinha muita intimidade com os livros, em especial com aqueles
volumes que mantinha em sua biblioteca particular, sabia de cor o lugar de cada
um e se exibia para os amigos ao encontrar cada um dos livros, de costas, sem
olhar a prateleira onde os livros eram dispostos, sempre bem arrumados. Também
se exibia, mostrando como é dotado de memória especial. É que muitas vezes
pedia aos presentes que lá apareciam para nos visitar no escritório da PARAÍSO
DISCOS, que escolhessem qualquer livro, o abrisse e lesse determinado trecho
escolhido aleatoriamente. Essas pessoas iam à prateleira e escolhiam
determinado livro, abria em página indeterminada, qualquer uma que fosse,
iniciava a leitura e o Belchior de cabeça à sua frente continuava o texto de
onde o outro parava sua leitura. Um verdadeiro show de mágica. Essa façanha me
espantava sempre que via. Não tenho esse tipo de memória nem cerebral, nem
visual. Por vezes, o parceiro, dizia a página em que se abrira o livro. Uma
coisa fantástica, incrível, inacreditável. Eu um dia na casa do Sério Pinheiro
e Luciene Simões, em Fortaleza, pessoas que há anos me recebem para um sarau
cultural, musical, literário, programa que já se tornou tradicional, pois
repetido dezenas de vezes, a cada presença minha na capital cearense, ouvi esse
mesmo relato dos amigos contemporâneos presentes naquele evento: Galba Gomes e de
João de Paula. E imediatamente confirmei isso, por ser testemunha de muitos
desses momentos gloriosos da convivência que tive com o poeta Belchior.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O reflexo dessa intimidade com livros e
com os autores da literatura universal é flagrante na obra de Belchior. Podemos
citar dezenas de obras com referências textuais a esses autores e suas obras,
notabilizando as criações do poeta Bel, como uma obra cheia de citações dos
clássicos. Faceta que só mesmo um conhecedor daquela literatura sabe fazer. E o
faz porque leu e as mantém de memória. Faceta única sem paralelo...!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Partindo desse esclarecimento, vejamos
algumas das obras do Belchior que têm referências textuais de algumas obras
clássicas da literatura brasileira e universal. Primeiro tratarei de algumas
obras em que sou parceiro, pois tais citações foram colocadas na minha presença no ato de criação
dessas obras. Quando criamos a canção NOTÍCIA DE TERRA CIVILIZADA (Jorge Mello
e Belchior), Belchior me apresentou o texto que diz:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Lido e corrido relembro<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um ditado esquecido:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“(...) antes de tudo um forte”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com fé em Deus um dia<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
ganha a loteria<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
pra voltar pro Norte.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Temos aí uma referência ao livro “Os
Sertões” de Euclides da Cunha, quando escreveu: “O nordestino é antes de tudo
um forte.” A citação está entre aspas e
indica que a frase dita pela metade, vem de um esquecimento do personagem, e
que sendo dita assim, prova que o co-autor, não se esqueceu, e que lembra muito
bem da oração por inteiro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;"> E não
acaba por aí, porque encontramos ainda só nas minhas parcerias com Belchir,
inúmeras referências à literatura universal: Na canção PLOFT (Jorge Mello e
Belchior), há referências a Eduardo Galeano e seu “Las venas Abiertas de
Latino-América”. Vejamos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">“O Nordeste sentado na esquina do mapa OLVIDADO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">DE LOS REYES DEL MUNDO EM UM CIGLO DE LUCES,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">se mira no Atlântico: Amérias, Africas,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">Índios, pobres e jovens: tudo um negro blues.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">A dor do Nordeste, a cor do Nordeste;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">(deste e daqueloutro que homem não vê!)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">LAS VENAS ABIERTAS DE LATINO-AMÉRICA:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">mil poetas: primatas que abraçam o ET.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">Em O NEGÓCIO É O SEGUINTE (Jorge Mello e
Belchior) há referências a Augusto dos Anjos quando dizemos: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">“Engenho (e arte) do Pau-d’Arco...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">‘Tome Dr., essa tesoura e... corte”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ainda tratando dessas homenagens à
literatura brasileira, posso indicar a obra musical de Belchior LIRA DOS VINTE
ANOS (de Belchior e Francisco Casaverde), canção gravada no álbum ELOGIO DA
LOUCURA de 1988, onde ele faz uma
referência ao livro de Álvares de Azevedo (Manoel Antônio), poeta, dramaturgo e
contista, filiado à escola representada por Byron na Europa. A referência de
Belchior está logo no título de sua canção que tem o mesmo título da obra de
Álvares de Azevedo, pois “Lira dos Vinte Anos” é o livro publicado postumamente
em 1853, com poemas do autor, dentre eles<i>
Noite na Taverna.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Agora vamos tratar das obras de Belchior
que homenageiam a literatura universal:
vamos começar pelo álbum já citado ELOGIO DA LOUCURA. O título do álbum
é o mesmo título da obra de Erasmo de Roterdan que viveu entre 1466 e 1536. O
livro “Elogio da Loucura” foi editado em 1509. Uma sátira na qual os poderosos
da época em especial os homens da Igreja, são tratados com a ironia do
escritor. Esse é sem dúvida um dos mais influentes livros da civilização
ocidental. E deu nome ao álbum de Belchior do ano de 1988. Nesse álbum está uma
das canções de Bel que mais gosto. Balada de Madame Frigidaire (Belchior). Uma
declaração de amor pela nova geladeira. Incrível...! Surpreendente. Vejam o
refrão:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Mister Andy, o papa por,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E outro amigo meu xarope<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se cansaram de dizer:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
‘Prá que Deus, Dinheiro, Sexo,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ideal, Pátria, Família,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se alguém já tem frigidaire?’<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É Freud rapaziada,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vire a cair na cantada<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
De um objeto mulher.” <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na canção VELHA ROUPA COLORIDA (Belchior),
uma das obras que teve mais sucesso na carreira do cantor/compositor, temos
também referências do autor à literatura universal como se pode ver a homenagem
ao escritor americano Edgar Allan Poe, nascido em Boston em 1809 e falecido em
Baltimore em 1849, gênio atormentado de imaginação estranha. Publicou poemas,
contos e novelas que o tornaram muito popular. Na canção de Belchior citada,
temos referências ao texto de “O Corvo” de Poe.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="color: #424347;">Como Poe, poeta louco
americano<br />
Eu pergunto ao passarinho: Black bird, Assum-preto, o que se faz?<br />
Haven never haven never haven never haven never haven<br />
Assum-preto, passáro preto, black bird, me responde, tudo já ficou atrás<br />
Haven never haven never haven never haven never haven<br />
Black bird, passáro preto, passáro preto, me responde<br />
O passado nunca mais<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #424347; mso-bidi-font-weight: bold;"> Na álbum
intitulado “TODOS OS SENTIDOS” de 1978, temos várias referências e citações de Belchior,
onde posso indicar “To be or not to be”, citado na obra TER OU NÃO TER
(Belchior), que é uma homenagem a William Shakespeare, nascido em 1564 em
Stratford e morto em 1616. Foi autor, ator e co-proprietário do Globe Theatre,
e que tornou-se célebre. Escreveu principalmente para teatro, mas, também
escreveu sonetos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;"> Nesse álbum temos referências a Jorge Benjor
na canção COMO SE FOSSE PECADO (Belchior), e outra referência a canção “Acorda,
Maria Bonita” (de Antonio dos Santos), e também à canção “Até Amanhã” (de Noel
Rosa) na obra ATÉ À MANHÃ (Belchior). Vejamos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">“Até
amanhã<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">Se
o homem quiser – mesmo se chover<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">Volto
pra te ver mulher.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">Até
à manhã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">Se
houver amanhã – se eu vir à manhã<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">Mando
alguém dizer como é.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">E
em “COMO SE FOSSE PECADO vejamos esse trecho:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">ACORDA AMOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">O
sono acabou Maria bonita<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">Vem
fazer o café.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">O
homem comum inda nem levantou<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">Mas
a polícia já está de pé.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;"> Na
canção TUDO OUTRA VEZ, Belchior, faz referências ao livro “A Normalista” de
Adolfo Caminha e também à música NORMALISTA (Benedito Lacerda e David Nasser),
Vejamos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">“Gente de minha rua! Como eu andei distante!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">(Quando eu desapareci, ela arranjou um amante.)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">Minha normalista linda! Ainda sou estudante<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">Da vida que eu quero dar.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;"> Belchior referencia a várias obras célebres
em suas canções. Na canção VÍCIO
ELEGANTE,(Belchior e Ricardo Bacelar), obra que dá o título ao CD gravado em
1996, ele cita o poema “Flores do mal” de Charles Baudelaire, nascido em Paris
em 1821. O poema citado foi escrito em 1857. Vejamos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">“Versos perversos das ‘Flores do mal’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">nesse romance, fantasia oriental<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">cenas obcenas? Não! Apenas de amor!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">Que estou navegando numa tela multicor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">
Belchior também cita outro clássico da literatura logo adiante nessa
mesma canção. Apresenta trechos do poeta português Fernando Pessoa, nascido em
Lisboa em 1888. Pessoa criou heterônimos como Alberto Caeiro, Álvaro de Campo e
Ricardo Reis, dos quais inventou biografias distintas. Vejamos na obra citado do poeta cearense a
referência ao Pessoa:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">“O viver é de improviso<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">Faz sua própria Lei<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">Mas navegar é preciso:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">Vou mandar-te um Lay-lady-lay”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">
Outra referência do poeta Belchior é encontrada na canção SE VOCÊ
TIVESSE APARECIDO (Belchior e Gracco), numa referência ao poeta, pintor e
gravador inglês Willian Blake, nascido em Londres em 1757, com citações de suas
obras “Canções de Inoscência” e “Canções de Experiência”, ambos escritos em 1789.
Vejamos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">“</span><span style="color: #424347; font-family: "Arial",sans-serif; mso-bidi-font-weight: bold;">Se você tivesse aparecido<br />
em minha adolescência,<br />
canção blake de inocência<br />
amor, quem não teria ido e vivido<br />
com Byron, o bardo da gangue<br />
do “le me perish young“<br />
Se você tivesse aparecido esta<br />
droga de<br />
existência se mudaria em viver<br />
eu coração (traído) bandido,<br />
canção blake de experiência<br />
revelaria seu ser.”</span><span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;"> Na
canção AMOR DE PERDIÇÃO, a homenagem do poeta Belchior é explícita a Camilo
Castelo Branco, polígrafo e romancista português nascido em Lisboa em 1825. Um
mestre do idioma com 262 obras. Representa o apogeu do romantismo. “Amor de
Perdição” é sua obra prima. A obra homônima do compositor cearense está em seu
álbum “Elogio da Loucura” de 1988.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<strong><span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;"> No álbum ”Todos os Sentidos” de 1978,
Belchior trás uma das canções que mais faz referências em sua obra à obras
clássicas da literatura universal. Sua canção DIVINA COMÉDIA HUMANA, segundo
ele feita em Teresina em 1976, homenageia em suas referências a quatro grandes
obras: 1- “Divina Comédia” de Dante Alighieri, poeta italiano nascido em
Florença em 1321, que por ser o criador dessa obra citada é considerado o pai
da poesia italiana; 2 – “Comédia Humana” de Honoré de Balzac, escritor Frances
nascido em Tours em 1799. Sua obra citada é uma série de romances que trata da
sociedade francesa ao fim da monarquia. Escreveu também contos; 3 – “A comédia
humana” de Willian Saroyan; e 4 – “Via Lactea parte XIII” de Olavo Bilac,
nascido no Rio de Janeiro em 1865, parnasiano, rígido na forma. Sua poesia tem
várias fases, marcada ora por um lirismo arrebatado e sensual e depois pela
exaltação épica e por vezes pelo pendor à meditação. Eleito o Príncipe dos
Poetas Brasileiros. A poesia do Bilac é citada na obra literalmente no decorrer
da música.</span></strong><span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif; mso-bidi-font-weight: bold;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">
Belchior tem um álbum intitulado “Elogio da Loucura” onde se pode
encontrar a canção do mesmo nome, uma clara homenagem e referência a Erasmo de
Roterdan, nascido em 1466, em Roterdan, um humanista holandez. Uma das obras
mais importantes para a sociedade ocidental.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;"> Eu e
Belchior basicamente vivemos durante nosso trabalho em sociedade, dentro de uma
biblioteca. A dele montada na Paraíso Discos (gravadora em éramos sócios e
dirigida por mim) e a minha biblioteca na JMT Produções (empresa que tinha em
sociedade com minha mulher Teca Melo). A leitura era atividade constante em
nossa vida. Acontecia entre um show e outro, Também entre as gravações nos
estúdios, porque como produtor de discos das duas empresas, produzi mais de
duas centenas de álbuns somando mais de vinte mil horas de gravação (isso
contando apenas o tempo de gravação dos discos que produzi sem falar nas
trilhas para publicidade e para cinema e teatro - uma centena delas. Como sei
desse volume de horas de produção dos discos? Porque nas fichas de produção, um
dos dados registrados é o gasto com pagamentos de estúdios. Esse serviço era
contratado, e cobrado por tempo de gravação. Custava muito caro a hora de
gravação num bom estúdio. Alugava-se um estúdio para a gravação do álbum de seu
artista. Não tínhamos estúdio próprio. É verdade, há a referência da literatura
brasileira e universal em toda nossa obra. Especialmente na obra só de autoria
do Belchior e outros parceiros que não eu. Na obra do poeta cearense como um
todo há essa referências a dezenas de autores clássicos como de Shakespeare,
Allan Poe, Erasmo de Roterdan, Álvares de Azevedo, Euclides da Cunha, Orlando
Tejo, Augusto dos Anjos, Baudelaire, Willian Blake, Camilo Castelo Branco,
Dante Alighieri, Balzac, Willian Sayoan e outros. Belchior era profundo
conhecedor dos clássicos da literatura e do pensamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">CAPÍTULO FINAL:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt;">“Eu, por exemplo, acho
que, para conseguir liberdade, tem que se pulverizar o poder, diminuí-lo ao
máximo, ao ponto de todas as pessoas gerirem individualmente as suas vidas e presença
no mundo, não precisando de nenhum chefe de rebanho, mestre, religião. Isso
pode dar a ideia de que o meu trabalho não pretende tocar na política. Eu não
quero fazer uma música simplesmente falando sobre o divórcio. Eu quero muito
mais que isso. Não basta que o MDB vá ao poder. Eu quero que o poder não mande
em mim. Minha utopia é paradisíaca, edênica, dionisíaca. Eu acho mais
importante cuidar da felicidade das pessoas do que do Produto Interno Bruto. (Antonio
Carlos Belchior)”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"> As teses, teorias e outras impressões que
vi publicado, sobre o que teria acontecido com o poeta/parceiro para que ele
tomasse a decisão que tomou há mais de dez anos, essa misteriosa saída dos
palcos e de perto dos parentes e dos amigos, me levaram a sugerir a leitura de
momentos difíceis pelos quais passaram outros artistas importantes da música
popular brasileira. Ainda nos anos de 1974, foi publicado no OPINIÃO a
entrevista inédita de Chico Buarque quando perguntado sobre seu show e porque
tem feito poucas apresentações. Na entrevista ele diz:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"> “Agora, eu não estou fazendo show, mais.
Estou cumprindo alguns compromissos a duras penas, porque num show você é
conduzido a um troço que gera uma carga emocional diária e eu não tenho
estrutura para suportar. Foi por isso que eu me mandei, cancelei a temporada,
fui ao médico, fiz um check-up e resolvi que não estava bom. Eu me expunha
emocionalmente demais, e não só como artista, ai é que está o negócio. Se eu
entrasse num palco e me maquiasse, me vestisse e interpretasse alguma coisa,
legal. Em algumas músicas eu já conseguia fazer isso, um negócio que eu aprendi
com Caetano, sair um pouco como pessoa.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"> Em outra entrevista, Luis Gonzaga Jr., se
diz preocupado com o Milton. Diz que o amigo não aguenta mais a exposição e o
assédio: “ Este país só vive tendo um
ídolo, um padrão, um modelo. E estão querendo por o Milton lá. O trono está
prontinho pra ele sentar”. E Milton, na mesma matéria assim se manifesta
adiante: “Eu, estou sentindo isso ó... faz tempo, já. Porque o engraçado é que,
para ter uma pessoa em evidência, parece que tem de derrubar outras, só pode um
de cada vez. E eu comecei a sentir isso, muitas perguntas sobre o que meu trabalho se propunha, a onde levava, muitas solicitações para que indicasse
caminhos, muitas comparações com a coisa dos outros. Com o trabalho do Caetano,
então, demais. E eu comecei a desconfiar, sabe como? Comecei a conversar isso
com o Gonzaguinha já faz muito tempo. E eu dizia sempre, e ainda digo, se for
realmente assim, eu tiro o time de campo, vou não sei pra onde, mas vou.” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"> Adiante ele ainda reforça incisivo: “Só
sei que não vou aceitar ser líder de
ninguém, nem ser estrela. Quero mais é dar um tempo,....” (Entrevista em
O GLOBO, 26 de dezembro de 1975).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif;">Palavra de amigos:<o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif;">Fausto</span></strong><span class="apple-converted-space"><b><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif;"> </span></b></span><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif;">– Acho que não. Nunca esperei que a coisas que um poeta diz, e
que as pessoas assimilam, precisem ser verdades de alguém. É uma necessidade
que o ser humano tem, de que esse real da vida possa se dar um tempo e imaginar
as coisas de outra maneira. Essa é a função dos artistas. Eles precisam disso.
E o povo também precisa disso. Acho que ele fez isso.<span class="apple-converted-space"> (Jornal O POVO 06/05/ 2017 Caderno VIDA
&ARTE).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif;">“Assim o nosso gênio Belchior conseguiu, como um manto
unicrômico estendido feito a terra, toldar com tintas coloridas as suas ideias,
alcançando grande parte deste manto sobre o Brasil e América do Sul, por ele
tão decantada.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif;">A sua alma atlântica e Latino-americana, gerada e acalentada no
calor e sentimentos tropicais, deverá ser mantida em nossas mentes, com veneração
ao seu especial cérebro, gerado e nutrido nesse sagrado chão cearense por muito
tempo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif;"> Meu parceiro e
querido amigo Belchior parece um ser nascido nas Ilhas Fortunadas, onde a
natureza não tem necessidade nenhuma da arte, porque a sua própria arte da
poesia já lhe completa. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif;"> Quero lhes falar livremente
do parceiro, como dizia Erasmo de Roterdan: “”Que seria esta vida, se é que de
vida merece o nome, sem os prazeres da volúpia? Oh! Oh! Vós me aplaudis? Já
vejo que não há aqui nenhum insensato que não possua esse sentimento. Sois
todos muitos sábios, uma vez que a meu ver, loucura é o mesmo que sabedoria.”(Luis
Augusto Castelo Branco Mourão).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif;"> “No dizer de
Shopenhauer, “... as melhores obras de arte, os mais nobres resultados do
gênio, permanecerão eternamente ilegíveis à maioria obtusa da humanidade,...”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif;"> Caetano Veloso
publicou em sua “auto-biografia” VERDADE
TROPICAL: “Quando Rogério, ouvindo-me argumentar entusiasmado, provocou-me
dizendo que eu era apenas um apóstolo, e que Gil é que era o profeta,
pareceu-me que ele lia meus pensamentos mais recônditos. Eu me sentia
responsável por uma grande e bela tarefa, pois Gil e Gal (e também Bethânia, apesar de seu grito de
independência) necessitariam sempre de minha orientação, direta ou indireta,
mas a verdadeira mensagem poética se daria através do grupo - e a partir de Gil.” <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif;"> Assim eu sentia no
nosso “movimento”. A necessidade de se impor como uma nova mensagem, vinda de
mais ao norte do que falaram os baianos, na música popular. Para os músicos de
minha geração surgidos da universidade e dos bares, como o Bar do Anísio, o guru
era o Augusto Pontes, mas, para mim depois de chegar ao Rio de Janeiro, as
mensagens eram geradas pelo Belchior. Ele dava a mensagem poética que norteava
a minha direção. Da mesma maneira eu sentia, que a minha importância era imensa
para a existência do grupo num grande centro como o Rio e São Paulo. Importância
não só pela qualidade minha como artista, mas pelo meu senso prático. Eu tinha
emprego no Rio de Janeiro. Era do quadro da TV Tupy. Tinha salário. Salvava a
base da sobrevivência, podia pagar onde o grupo morava. Em São Paulo, fui
ensinar em três faculdades de música: IMSP – Instituto Musical de São Paulo;
FAP ART (Faculdade Paulista de Artes) e Instituto MOZARTEUM. Além Disso criei
empresas de produção e gravação de trilhas
sonoras para publicidade e para a produção de eventos, ainda em meados
dos anos 1970. De alguma maneira o Belchior, que como poeta me orientava para
melhorar a qualidade de meus poemas, sentiu que poderia ter em mim, uma força
na compreensão de outras facetas
próprias e necessárias à profissão de artista, de cantor e compositor. Vinha
de minhas iniciativas, o sonho da procura por independência da carreira.
Independência dos grandes grupos empresariais e de grandes gravadoras. A
independência da administração da própria obra. Hoje basicamente toda a obra do
Belchior e a minha, está em editoras das quais somos o titular. O dono. Sonho
de poucos...! E isso começou lá atrás...!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif;"> Havia entre eu e
Belchior uma coisa especial que não se desenvolveu com os outros membros do
grupo. Havia um grau de intimidade diferenciada entre a gente. Muitas vezes, ao
terminar o expediente no escritório da PARAÍSO DISCOS, o parceiro se dirigia para
minha casa. Oportunidade em que ficávamos, eu ele e Teca horas a fio assistindo
filmes do Chaplin, rindo a se esborrachar de Bourvil, Louis de Funes, Oliver
Hardy e Stan Laurel. O tipo de coisa que não amadureceu a esse ponto com os
demais amigos e parceiros...! Mesmo
depois que deixei a empresa (Paraíso Discos) para cuidar da JMT (empresa minha
e da Teca), ele continuava a fazer essas visitas para momentos da mais pura
intimidade e alegria. Pouco antes do seu desaparecimento, em fins de 2006, ele
me chamou ao escritório da PARAÍSO DISCOS, eu fui, conversamos e combinamos vir
ao meu escritório logo em seguida. Ele comentou comigo que o proprietário do
imóvel onde funciona a gravadora lhe pediu o imóvel pois ali seria construído
um prédio. E a casa seria demolida. Ele precisava sair de lá. De pronto ofereci
o galpão enorme que há atrás de onde era meu escritório naquela ocasião, para
que ele colocasse lá o material da PARAÍSO.
Ele olhou tudo, fazendo anotações e fez planos incríveis de ajustar ali
um mezanino, sua biblioteca e tornar ali o seu atelier. Ficamos nessa conversa
até altas horas da noite. Eu morava do lado. Fomos pra casa à noitinha e
repetimos mais uma vez aquele ritual de conversar e ver filmes por horas. Eu
ele e a Teca a rir de tudo e de todas as imagens dos filmes que escolhíamos ver.
Uma delícia! Foi a última vez que o vi. Mas, ele me ligou em três oportunidades
depois do seu recolhimento. Ligações durante o ano de 2007.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 186.75pt; text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif;"> <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">Resumo:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "Arial",sans-serif;">Eu e Belchior basicamente vivemos durante nosso
trabalho em sociedade, dentro de uma biblioteca. A dele montada na Paraíso
Discos (gravadora em éramos sócios e dirigida por mim) e a minha biblioteca na
JMT Produções (empresa que tinha em sociedade com minha mulher Teca Melo). A
leitura era atividade constante em nossa vida. Acontecia entre um show e outro,
Também entre as gravações nos estúdios, porque como produtor de discos das duas
empresas, produzi mais de duas centenas de álbuns somando mais de vinte mil
horas de gravação (isso contando apenas o tempo de gravação dos discos que
produzi sem falar nas trilhas para publicidade e para cinema e teatro - uma
centena delas. Como sei desse volume de horas de produção dos discos? Porque
nas fichas de produção, um dos dados registrados é o gasto com pagamentos de
estúdios. Esse serviço era contratado, e cobrado por tempo de gravação. Custava
muito caro a hora de gravação num bom estúdio. Alugava-se um estúdio para a
gravação do álbum de seu artista. Não tínhamos estúdio próprio. É verdade, há a
referência da literatura brasileira e universal em toda nossa obra.
Especialmente na obra só de autoria do Belchior e outros parceiros que não eu.
Na obra do poeta cearense como um todo há essa referências a dezenas de autores
clássicos como de Shakespeare, Allan Poe, Erasmo de Roterdan, Álvares de
Azevedo, Euclides da Cunha, Orlando Tejo, Augusto dos Anjos, Baudelaire,
Willian Blake, Camilo Castelo Branco, Dante Alighieri, Balzac, Willian Sayoan e
outros. Belchior era profundo conhecedor dos clássicos da literatura e do
pensamento.<o:p></o:p></span></div>
Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-84419759651699557412017-12-20T12:35:00.003-08:002017-12-20T12:36:33.810-08:00JORGE MELLO EM SHOW NO SESC INTERLAGOSJorge Mello se apresentando no show do SESC INTERLAGOS, numa agenda que durou todo o mês, sempre aos domingos. Momento onde mostrou suas canções que ele mesmo gravou e outras que criou para diversos cantores. Também interpretou suas parcerias com grandes nomes da nossa música popular, como Belchior, Anastácia, Vicente Barreto, Jairo Mozart e outros. Era mês junino, e por essa razão também aproveitou para fazer repentes com a platéia, criando quadros do mais fino humor. Falou de música, poesia e da literatura de cordel, matéria que estuda desde pequeno e criou uma coleção com milhares de volumes.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMbd8Qh9_o-DWobyOkzKkgOetl3jdF0yBVEyVJVrV6sKJuw3am-6TwoQjgjX-wo_tqNq_M9ks8_tMjOcYzuf7gFifbpWYVXsleOjFrg3Ii5i-qqnD9lZRKc9BXtz4yQeL1pf6AsKUjsL8C/s1600/IMG_20160709_110355.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1587" data-original-width="1587" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMbd8Qh9_o-DWobyOkzKkgOetl3jdF0yBVEyVJVrV6sKJuw3am-6TwoQjgjX-wo_tqNq_M9ks8_tMjOcYzuf7gFifbpWYVXsleOjFrg3Ii5i-qqnD9lZRKc9BXtz4yQeL1pf6AsKUjsL8C/s320/IMG_20160709_110355.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-10367881423115397452017-12-19T11:24:00.000-08:002017-12-19T11:27:23.208-08:00JORGE MELLO - SHOW NO SESC SANTO AMARO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
JORGE MELLO - SHOW NO SESC SANTO AMARO</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Esse ano o cantor JORGE MELLO se apresentou no bairro de Santo Amaro em São Paulo na unidade do SESC. Foram momentos de muita emoção porque mostrou suas parcerias com Belchior que faleceu recentemente. Jorge Mello criou em parceria com o amigo mais de duas dezenas de canções, gravadas por Belchior, por ele próprio e outros intérpretes. No evento o cantor interpretou uma canção inédita que escreveram em parceria, e que estará no seu próximo álbum. Jorge atua no Direito Autoral e sabe que as canções inéditas não poderão ser utilizadas nem em gravações nem em apresentações porque agora com a morte de um dos parceiros, os herdeiros são os titulares responsáveis por essa autorização. Mas, essa canção em especial, já estava autorizada pelo próprio autor falecido desde os anos 1990. Tempos em que Jorge Mello produziu muitos álbuns de vários cantores, inclusive do próprio Belchior e que teve a autorização por meio da editora onde a obra está editada para gravá-la. Naquele momento não foi possível o aproveitamento daquela bela canção. Agora Jorge Mello de posse da autorização e do contrato de edição, pretende registrá-la na sua voz!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Esperemos o novo álbum de JORGE MELLO!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq9MANaflWqFV-p0VIG_P3vOHG1YfI7NFyr5QG8PqZZWO1YTIQx9Iv4ziMpCChnD1A5pq6oeMM5fEVAVCLDp_J2Qz1GlLFcLGatPiFmZxk4q6gh50TFTFsouWauPNb1EakBYmGyMZ280EL/s1600/FB_IMG_1497615741969.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="828" data-original-width="552" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq9MANaflWqFV-p0VIG_P3vOHG1YfI7NFyr5QG8PqZZWO1YTIQx9Iv4ziMpCChnD1A5pq6oeMM5fEVAVCLDp_J2Qz1GlLFcLGatPiFmZxk4q6gh50TFTFsouWauPNb1EakBYmGyMZ280EL/s320/FB_IMG_1497615741969.jpg" width="213" /></a></div>
<br />Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-25075892225279560992017-12-19T11:01:00.002-08:002017-12-19T11:04:24.830-08:00AMAR E MUDAR AS COISAS ME INTERESSA MAIS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
SHOW NO SESC POMPÉIA em São Paulo - TRIBUTO A BELCHIOR</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Com a participação dos cantores Jorge Mello, Ednardo, Gero Camilo e Ceumar e Banda Radar (Sérgio Zurawski, João Mourão e Arnaldo Parron).</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Nos dias 3 e 4 de dezembro de 2017. Todos os ingressos foram vendidos antecipadamente. Sucesso absoluto. Um dos grandes eventos de São Paulo: </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
AMAR E MUDAR AS COISAS ME INTERESSA MAIS!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRCS6f5iIygLlxZQ5VnRg7Q2QTfDHS9hO4QkiGGybRR4FgSWCBI0AaRKgWNNsYe1A2uL_nZIrQ2Or54Tn1zC3wDjFY5Z7QquFXWssETHYyRJG46k0CuJyxcAJFGefMWdQ6qDmJB23K3dnp/s1600/FB_IMG_1512336092749.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="542" height="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRCS6f5iIygLlxZQ5VnRg7Q2QTfDHS9hO4QkiGGybRR4FgSWCBI0AaRKgWNNsYe1A2uL_nZIrQ2Or54Tn1zC3wDjFY5Z7QquFXWssETHYyRJG46k0CuJyxcAJFGefMWdQ6qDmJB23K3dnp/s320/FB_IMG_1512336092749.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Foto 1: Momento em que cantam juntos: Gero Camilo, Ednardo, Ceumar e Jorge Mello.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixdj2bVW7k-QO4pNE0XlciqKCv8qiaYwwWiQB6JjB7WX2FPSeqjdUVDdbH7H1-DDm7_PHOyP4B662qz3CrS8Ua_F7hEqxYMlsLk_IXIWWQ8SqyvgtyAXFgIAwYYNZJiKVfZWZaH3wUvGQH/s1600/FB_IMG_1512497885576.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="833" data-original-width="552" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixdj2bVW7k-QO4pNE0XlciqKCv8qiaYwwWiQB6JjB7WX2FPSeqjdUVDdbH7H1-DDm7_PHOyP4B662qz3CrS8Ua_F7hEqxYMlsLk_IXIWWQ8SqyvgtyAXFgIAwYYNZJiKVfZWZaH3wUvGQH/s320/FB_IMG_1512497885576.jpg" width="212" /></a></div>
<br />
Foto 2: Jorge Mello desenvolvendo sua apresentação numa das duas noites do espetáculo!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiR4knBpvkNIiDqROxb-sggQK9W6GaY9aliigIBamunqWkDaRl44vSwr0Y1-yP7cVzosOP9nBp3uX8CQ_q4zwPyQybVSfwqOIZlV8wInkpCQt-h_oAm4-s3mzSqIqRjIoiti4USn6wi7Fhv/s1600/FB_IMG_1512498287604.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="365" data-original-width="552" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiR4knBpvkNIiDqROxb-sggQK9W6GaY9aliigIBamunqWkDaRl44vSwr0Y1-yP7cVzosOP9nBp3uX8CQ_q4zwPyQybVSfwqOIZlV8wInkpCQt-h_oAm4-s3mzSqIqRjIoiti4USn6wi7Fhv/s320/FB_IMG_1512498287604.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Foto 3: Título do show projetado no telão atras do palco.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyaaigE5sPiaAFrkEt2lG7IBBRLi8ezPpuge80LIub0o43oYO1Z_dPAuf9-UYffO6szc5K14GYs9EW0j6vxIkwCLf51pQwwXLyw8xBT0IWcQzF5TyNYXVF1iA3RDKDZuSR0_hDr61_FhEW/s1600/20171202_220558.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyaaigE5sPiaAFrkEt2lG7IBBRLi8ezPpuge80LIub0o43oYO1Z_dPAuf9-UYffO6szc5K14GYs9EW0j6vxIkwCLf51pQwwXLyw8xBT0IWcQzF5TyNYXVF1iA3RDKDZuSR0_hDr61_FhEW/s320/20171202_220558.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Foto 4: Jorge Mello e Banda Radar.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUqpvpKAbi1m0XpGkQgqR-WdVvtCXbN3WPNFedenqizPZlMeC9GkvXWKTjDyNIfk_DT7upRK5f7lFXf-BmKpagwrSQCuToRlRN4Rh3vg7tkLZAbCUVQvkFWNC10FHHJehormbqpV96xpcb/s1600/FB_IMG_1512345519305.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="540" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUqpvpKAbi1m0XpGkQgqR-WdVvtCXbN3WPNFedenqizPZlMeC9GkvXWKTjDyNIfk_DT7upRK5f7lFXf-BmKpagwrSQCuToRlRN4Rh3vg7tkLZAbCUVQvkFWNC10FHHJehormbqpV96xpcb/s320/FB_IMG_1512345519305.jpg" width="240" /></a></div>
Foto 5: Jorge Mello se apresentando em uma das noites do evento. Muita emoção do começo ao final do show!Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-48755295290049860642017-12-19T09:58:00.001-08:002017-12-19T10:00:11.752-08:00CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO: sonho e parcerias!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2_4dT94lVXSXXFzXhcwViZipbRI4GlfSdNJJOLf-N4GS5BTbMzi6BpZXO65URbJ_WnU6Htnw3vEfmx54WKGyf_7qo-NK_sSVDtdZ3YVzVNfM91edBL16ryUJuJkdQT3ksnktm_0s8m-LF/s1600/com+jorge+melo+%25282%2529.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2_4dT94lVXSXXFzXhcwViZipbRI4GlfSdNJJOLf-N4GS5BTbMzi6BpZXO65URbJ_WnU6Htnw3vEfmx54WKGyf_7qo-NK_sSVDtdZ3YVzVNfM91edBL16ryUJuJkdQT3ksnktm_0s8m-LF/s320/com+jorge+melo+%25282%2529.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 20pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 20pt;">CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO: sonho e parcerias!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 20.0pt; line-height: 107%;">Jorge Mello<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
NOS TEMPOS DA UNIVERSIDADE<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na segunda metade dos anos 1960 vinha eu
do Piauí para Fortaleza movido por dois grandes sonhos: a universidade e a
carreira musical (essa alimentada pelas notícias da chegada da televisão na
capital alencarina). É que na minha terra natal, Piripiri, eu já encantava as
garotas com minhas composições interpretadas nas serenatas pelas madrugadas, e
achava pouco. Queria muito mais! E também me divertia nos programas de rádio de
Teresina, onde estudava. Cheguei em Fortaleza no início de 1967. Nesse ano prestei
vestibular para cursar Direito na UFC e meu irmão Emanuel Carvalho, prestou
para Medicina. E logo no início de 1968 o Emanuel chega pra mim com a notícia
de que na sua turma tem um cara igual a mim, segundo ele, que “fica todo tempo
criando versos e tocando violão”. E ele levou até onde eu morava numa republica
estudantil o tal colega de turma. Assim conheci o Belchior em março de 1968.
Claro foi como cair a sopa no mel. Fiquei imediatamente ligado a ele e ele a
mim. Frequentei sua casa e ele visitava muitas vezes o meu canto, um apt. de
apenas um cômodo na Av. Duque de Caxias. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nossas discussões no universo artístico
eram influenciadas pelos temas políticos próprios dos movimentos estudantis
daqueles tempos difíceis. Eu gostava de conversar sobre aquele dualismo que
preocupava Mário de Andrade: por um lado a arte brasileira, pelo outro a arte
internacional. Discussões éticas sobre o “primitivismo” ou o “exorcismo
divertido”, e ainda o “esquisito apimentado”. Ou ainda a recusa a esse
universalismo. Vivia a pensar se iríamos trabalhar com códigos populares ou com
códigos eruditos? Perguntava sempre isso aos colegas da aventura musical. Era
uma chatice ficar ouvindo coisas como: ”isso não é ritmo brasileiro”; “agora,
sim... isso, sim é de nossa terra e nossa gente...!” Eu, na qualidade de
compositor brasileiro não me vi obrigado a utilizar essas fórmulas estabelecidas.
Essa discussão me incomodava...! E foi conversando com alguns compositores contemporâneos
que fui sentindo mais conforto com a liberdade de criar sem tanta obediência a
ritmos e fórmulas. É claro que ouvíamos Luiz Gonzaga, mas também se ouvia Tom
Jobim, João Gilberto e Egberto Gismonti. Assim creio que nossa música, e, a de
minha geração foi se soltando e sentindo liberdade para criar...!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No ano seguinte 1969, depois de
participação em vários festivais de música local, e tendo nos saído bem nesses
eventos, fomos eu e Belchior, convidados para dirigir a parte musical de um
programa na TV Ceará: PORQUE HOJE É SABADO, sob a regência de Gonzaga
Vasconcelos. E ali foi um dos embriões do que se tornou conhecido por
“Pessoal do Ceará”. Nos festivais eu e ele conhecemos a rapaziada que fazia
música em Fortaleza, mas não tínhamos intimidade com essa turma. Nossos
encontros com essa turma no começo eram encontros formais. Com o programa na TV
houve um amadurecimento dessas amizades e logo nos sentimos enturmados. Os encontros se estendiam ao
ambiente universitário, principalmente na Faculdade de Arquitetura e aos bares,
como o Balão Vermelho na Av. Duque de Caxias e <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
também num bar ao lado da TV
Ceará que tratávamos por “Gerbô”. E logo nos reuníamos no Bar do Anísio na Av.
Beira Mar, vizinho à casa do Cláudio Pereira. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lá no Bar do Anísio encontramos todos
aqueles amigos que conhecemos nos festivais, na TV e nos outros bares da
cidade. Éramos uma família agora. Irmãos inesquecíveis: Petrúcio Maia, Cláudio
Pereira, Augusto Pontes, Rodger Rogério, Tetty, Fausto Nilo, Mércia Pinto,
Chica (Francisca Nepomuceno), Ieda Estergilda, Antonio José Brandão, Dedé,
Ednardo, Cirino, Fagner, Ricardo Bezerra, Olga, Delberg, Sérgio Pinheiro, Amelinha,
Belchior e eu, Jorge Mello. Uma delícia estar com esses amigos...! <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No ano seguinte passamos eu e
Belchior, a dirigir a parte musical de
outro programa na TV Ceará: GENTE QUE A GENTE GOSTA (também sob o comando de
Gonzaga Vasconcelos). E ainda na universidade eu e Belchior em parceria criamos uma trilha
musical para o texto de teatro de Eduardo Campos “O MORRO DO OURO”, peça que
foi montada sob a Direção de Haroldo Serra e com a Direção Musical minha. O
espetáculo foi inscrito no Festival de teatro de São José do Rio Preto. E esse fato foi muito importante para meu
desligamento do Nordeste e ajudou na minha decisão na busca da carreira profissional
de cantor/compositor no eixo Rio e São Paulo. Era o que eu esperava para ir embora
definitivamente e tentar a carreira no chamado “Sul Maravilha”. Ainda sobre
esse espetáculo, devo observar que foi montado também no Rio de Janeiro em 1972
e em São Paulo em 1976, sempre com grande sucesso de crítica e de público,
tendo nas três montagens, minha mulher Teca Melo no principal papel feminino e
eu no principal papel masculino, acumulando também a Direção Musical.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Muitas publicações em livros contaram essa
história. Destaco os escritos do amigo Wagner Castro (Doutor em História), colega
músico e compositor que soube conduzir com maestria o relato dessa aventura em
suas obras. No dizer de Gilmar de Carvalho (jornalista, professor da UFC e
Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP): “Na terceira fase vieram a
televisão e os festivais. Os programas “Porque Hoje é Sábado” e “Gente que a
Gente Gosta”, na TV Ceará, ambos produzidos e apresentados por Gonzaga
Vasconcelos, passaram a recrutar o pessoal novo. Então pintou a possibilidade
de mostrar um trabalho para um público maior, de se encarregar da direção
musical: era a fase da aprendizagem. Os festivais, por sua vez, ao invés de
separar, pelo caráter de competição, juntavam mais a turma. Era a certeza de
que havia um trabalho, um processo e de que todo mundo estava perseguindo a
mesma meta, apesar de serem diversos os caminhos. E houve o Festival Aqui,
promovido pela Rádio Assunção e pelos diretórios acadêmicos das escolas de
Arquitetura e Serviço Social e Orgacine, em cujos estúdios, em Fortaleza, foi
gravado o LP artesanal, depois prensado pela Companhia Industrial de Discos.
Depois vieram os festivais promovidos pelo DCE, TV Tupi, o Nordestino, também
pela TV Tupi, e o de música de carnaval, pela cervejaria Astra. Nomes como o de
Rodger Rogério, Ricardo Bezerra, Petrúcio Maia, Belchior, Ednardo, Fagner,
Lauro Benevides, Jorge Mello, Cirino, Luis Fiuza, Ribamar, Dedé, Braguinha,
Sergio Pinheiro, e Maninho despontavam.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Então o pessoal começou a se mandar. O
êxodo seria a quarta fase. Era a consciência da qualidade do trabalho e a constatação
de que fora do Rio-SP, centros de geração e difusão de ideias e atitudes, era
inútil insistir. Faltaria ressonância ao
trabalho e nenhuma proposta e arte sobrevivem dissociadas do púbico que ela
visa atingir. Foi-se a primeira leva. Belchior trancou a matrícula do curso de
Medicina e se mandou, cantou na “barra pesada” e venceu com “Na hora do Almoço”
um festival universitário de âmbito nacional. Era o começo. Jorge Mello foi dos primeiros a emigrar. Ednardo
e Fagner foram depois.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A PROFISSIONALIZAÇÃO NA MÚSICA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há um dado de suma importância que não
apareceu ainda nos estudos da trajetória de todos nós. Tanto por aqueles que
entendem ter havido um movimento (“Pessoal do Ceará”), ou por aqueles que
entendem que não houve movimento nenhum e que tudo foi apenas um grupo de
vários músicos atuando em carreiras individuais. Devo explicar que logo que
chegamos ao Rio de Janeiro, conhecemos o casal Reinaldo Zandrand e Cássia
Zangrand, que nos recebeu em sua casa como se fôssemos filhos. Nos trataram
como filhos, fornecendo alimentos e vestuário. Também foram os fiadores do
apartamento em que morei com Teca Melo, em Copacabana, tendo a companhia em
casa de Belchior, Fagner e Cirino, que moravam comigo. Esses amigos que
conhecemos no Rio de Janeiro nos apresentaram a todas as pessoas importantes do
meio artístico, os convidando para virem a sua casa só para nos ouvir cantar e
nos conhecerem. E isso acontecia todos os dias, de segunda a segunda. Creio e tenho certeza de que sem essa força de
Reinaldo e Cássia, as coisas teriam sido bem mais difíceis para todos nós,
artistas do nordeste buscando nossos espaços. Outro casal que foi muito importante na
divulgação de nossas presenças no eixo Rio - São Paulo, foi o Manuel Carlos e
Cidinha Campos, ele hoje autor de novelas da Rede Globo, ela é hoje Deputada
Estadual pelo Rio de Janeiro. Foram pessoas que também muitas vezes programaram
em sua casa encontros objetivando nos apresentar àqueles que consideravam importantes para nossas
carreiras. Cidinha Campos foi quem nos deu o maior incentivo quando ainda
estávamos em Fortaleza. Em São Paulo, tivemos outra madrinha inesquecível,
Antonieta Felmanas, que fez o mesmo que os anteriores. Colocou-nos no centro dos acontecimentos
culturais da capital paulista. Mantenho amizade com essas pessoas até hoje. E
no caso dos falecidos, a amizade continua com seus filhos e netos. São importantes na minha vida. Inesquecíveis.
Sem eles, as coisas teriam acontecido com maiores dificuldades para todos nós. Não
esqueço amigos que se mostraram interessadas em nosso trabalho, programando em suas casas verdadeiros saraus
que iam até o amanhecer do dia, onde pudéssemos apresentar nossa música e nossa
obra aos convidados. Nos deram visibilidade. Nossa vida teria sido muito mais difícil e
possivelmente teríamos tido maiores
dificuldades para criar laços de amizade com os grandes artistas, produtores,
executivos de gravadoras e ainda homens da publicidade. Tenho um diário que
conta essa aventura, onde registrei data e hora em que cada uma das pessoas que
nos ajudaram, produziram, ou patrocinaram estiveram conosco pela primeira vez. Não
posso deixar de falar da importância desses amigos que nos recebiam em suas
casas com a única finalidade de nos apresentar a importantes figuras da TV, do
rádio e do “show business”, tanto do Rio de Janeiro quanto de São Paulo. Fica
aqui o meu agradecimento. Estendo esse agradecimento também a Simon Bau e Irede
Cardoso que além de nos oferecer uma casa para morar em São Paulo, nos recebiam
em seu lar para ensaios e encontros artísticos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Devo também ressaltar que naqueles dias em
que moramos no Rio de Janeiro, eu, Teca, Belchior, Fagner e Cirino, pouco me
interessei por vender a ideia de um grupo musical ou de um movimento cultural organizado.
Éramos, identificados, sim por “um pessoal do Ceará”, nunca, como ficou
conhecido após a chegada do Ednardo, Rodger e Tetty que criaram o “Pessoal do
Ceará” conhecido como um conjunto musical que alcançou grande sucesso, depois
abrindo para a ideia de um movimento cultural. Vejo as coisas como vê o Fausto
Nilo quando diz: “De certa forma os principais artistas e criadores envolvido
nos projetos “Soro” e “Massafeira”, são originários do mesmo chamado “Pessoal
do Ceará”, designação por mim constantemente rejeitada pelo seu significado
regionalista e por sua estreiteza como âmbito cultural artificial que nos
confina a um recanto de artistas não incluído nas escalas nacionais” (NILO,
Massafeira – 30 anos. Fortaleza Edições Musicais. 2010. p.138).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No trabalho diário com a
atividade musical, me tornei o maior parceiro de Belchior. Trabalhamos juntos
em composições que foram nascendo naturalmente pela presença, aproximação e convivência no ambiente de
trabalho e no ambiente familiar. Primeiro ainda no Rio de Janeiro à partir de
1971 o poeta morou em minha casa por três anos. Depois em São Paulo, nos
tornamos sócios da PARAISO DISCOS e da
EDITORA MUSICAL CONSTELAÇÕES, o que nos fez trabalhar sob o mesmo teto mais de
uma<span class="MsoCommentReference"><span style="font-size: 8.0pt; line-height: 107%;"><a href="https://www.blogger.com/null"></a><!--[if !supportAnnotations]--><a class="msocomanchor" href="file:///C:/Users/Jorge%20Mello/Desktop/Backup%20do%20Vista/Artista/Jorge%20Mello/CENAS%20DO%20PR%C3%93XIMO%20CAPITULO%20ensaio.docx#_msocom_1" id="_anchor_1" language="JavaScript" name="_msoanchor_1">[JM1]</a><!--[endif]--> </span></span>
década. Posso afirmar que nessa convivência, fui o leitor privilegiado, aquele
que primeiro pôs os olhos no que o poeta escreveu nesse período. Ele também foi o primeiro leitor de tudo que escrevi naquele período. E nesse ambiente de
trabalho, de criação, de estudos, de leitura, tínhamos altos papos,
conversações infindáveis dentro das noites, sobre música, filosofia, artes
plásticas, teologia e literatura. Fazíamos infinitas leituras comentadas das
mais variadas obras da literatura universal. Foram momentos inesquecíveis e de
grande aproveitamento para minha formação e para a qualidade de minha música,
poesia e demais escritos. Principalmente de meus poemas. No meu livro
BENEDICTUS – UMA AVENTURA DE MAGIA, escrevo na contracapa: “Agradeço ao
parceiro de tantas canções que compomos juntos, Belchior, que foi o primeiro a
por os olhos nesses escritos, ...” As
outras obras minhas como ensaios, monografias, ficção, têm pitacos, comentários
e revisões da língua e da estética feitas pelo parceiro/amigo, poeta Bel.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Abro
um período para falar de meus parceiros: Criei canções com uma infinidade de
compositores. Entre eles: Belchior, Vicente Barreto, Anastácia, Evaldo Gouveia,
Cesar do Acordeon, Carlos Pitta, Jairo Mozart, Clôdo Ferreira, Reginaldo Rossi,
Gereba, Capenga, Pekin, Lumumba, Antonio J. Brandão, Paulo Soledade, Graco,
Yeda Estergilda, Ricardo Bezerra, Malcom Roberts, Emanuel Carvalho, Manoel
Carlos, Cirino, Costa Senna, Nando Correia e algumas tentativas com Tom Zé
(nunca terminadas), e muitos outros compositores...! Também musiquei poemas
clássicos da literatura brasileira, porque sou parceiro de Olavo Bilac na
canção “OUVIR ESTRELAS” (Jorge Mello e Olavo Bilac), que foi gravada no álbum
“Mais que de Repente” e a canção “GAROA DO MEU SÃO PAULO” (Jorge Mello e Mário
de Andrade), gravada no álbum “Dengo Dengue”. O Belchior, pela aproximação, foi
o parceiro mais constante e também o que gerou comigo o maior número de canções
gravadas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando o sucesso chegou ao meu amigo e
parceiro, com o reconhecimento do trabalho autoral conversamos profundamente
sobre a situação dos Direitos Autorais no Brasil. Esse assunto me interessava.
Belchior sabia disso. Analisávamos o que
acontecia naquele momento em que os grandes nomes da MPB contestavam a forma de
administrar e arrecadar tais direitos. Éramos ligados a entidades, a
associações de classe, mas, combatemos aquelas entidades e a forma de como
praticavam suas atividades. Fomos presentes nessa luta por melhores leis
autorais e melhores formas de sua arrecadação. Essa batalha motivou a
necessidade de o compositor ter maior controle de sua produção. Como enfrentar os
usuários das obras musicais: gravadoras, editoras musicais, intérpretes,
produtores de eventos, empresas de radiodifusão, TVs e outros usuários. Havia
uma insatisfação quanto aos contratos de edição com cessão de direitos. Esse
tipo de contrato era defendido pelo sistema com argumentos econômicos e não
políticos. Era uma discussão antiga, vinha desde os tempos da Bossa-Nova. Nesse
ambiente de acirrada discussão, momento em que a SICAM (Associação de
Compositores e Autores Musicais), publicou
um edital no Jornal da Tarde de 6/2/1975, em que nos chama de
“subversivos” e até expulsou de seu quadro alguns compositores, nós os novos
autores nos sentíamos sem pai, nem mãe, nem terreno para pouso. Eram momentos
difíceis...! Os que entravam com alguma
proposta para discussão eram tratados como “arrogantes”. Foi nesse ambiente quente de ideias e de
mudanças, que um dia Belchior me chama a sua casa e lá ele sabe por mim que eu
abri uma produtora de eventos, de gravação e produção de trilhas sonoras (uma
gravadora). Ele queria saber mais sobre essa coisa de administrar seu próprio
negócio. Me fazia perguntas diretas e cheias de curiosidade. “Jorjão tu sabe
cuidar disso, dessas coisas aí, empresa, contador... impostos, essas coisas?”
Eu afirmava que sim. Que me vi forçado a ter minha empresa, por não ter
empresário. Por necessitar trabalhar, fazer shows, eventos em entidades que
exigem nota fiscal de serviços, atender a clientes que me pedem trilhas de
publicidade etc. Foi por isso que abri a TERRAMAREAR ATIVIDADES ARTÍSTICAS
naquela ocasião. Empresa em que uma das atividades era a venda de shows e a
outra era a de gravação sonora de “jingles” (trilhas de publicidade) e gravação
de discos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Havia uma nova tendência dentro da música brasileira, no dizer da matéria
publicada no Jornal Opinião no dia 07 de 1975, intitulada: PROFISSÃO: ARTISTA;
CATEGORIA: AUTÔNOMO, da jornalista e crítica de música Ana Maria Bahiana. (Esse
texto foi publicado no seu livro: “Nada Será Como Antes – MPB nos anos 70”). Ali
naquela matéria no jornal a autora dizia que os artistas partiram para a
autogestão de suas carreiras. Eu fui do time de frente dessa iniciativa que
naqueles tempos serviu de exemplo e incentivo para muitos outros. Vejamos como
me posicionei naquela matéria do Opinião. Diz ela: “-- O que é que eu tinha?”,
pergunta o compositor, maestro e professor Jorge Mello. ‘Eu tinha meu disco. Só
meu disco. Saí com o disco debaixo do braço por aí, saí tocando. Fui de Além
Paraíba (Minas Gerais) até Altamira no Pará. No meio do caminho meu grupo
desistiu, a barra era muito pesada. Aí chamei minha mulher e nós dois seguimos
nos apresentando, eu na guitarra e ela com um pandeiro. E, tocamos em porta de
cinema, porta de armazém, praça pública, igreja.”, <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mais adiante no texto da mesma matéria
continua a jornalista: “Evidentemente um esforço coletivo significaria menos
trabalho para todos. Mas ainda não é fácil reunir essa geração angustiada,
aflita para passar em qualquer brecha. Em São Paulo houve uma bem sucedida
tentativa de mutirão musical. A Feira de Música Popular, organizada por Marcus
Vinícius e Jorge Mello no Teatro Aplicado. Teve pontos positivos. ‘As pessoas
se inteiraram umas dos trabalhos das outras, houve uma mostra das tendências
mais diversas. E um espírito de equipe incrível: a gente não conseguia arrumar
som, pedimos ao público, no primeiro dia que nos ajudasse. Durante a semana
começou a pintar microfones, caixa, mesa, e, na segunda-feira seguinte, a gente
já tinha uma aparelhagem’ – diz Jorge Mello. Mas foi temporária, dispersada com
a ocupação do teatro por uma temporada teatral. Continua predominando o esforço
individual de uma turma numerosa que inclui os cearenses Rodger, Teti, Fagner,
Belchior, Ednardo e Amelinha, o pernambucano Marcus Vinícius, o piauiense Jorge
Mello, o carioca Jorge Telles, os paulistas Walter Franco, Waldemir Marques e
Thiago Araripe, e até alguns grupos de rock, como o Apokalipsis, o Joelho de
Porco e o Made in Brasil.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Senti naquele momento que precisava
urgentemente me organizar. Tinha que ampliar as chances de trabalhar com
música. Abandonei o magistério, montei uma banda com os próprios alunos de
música escolhido a dedo entre as três faculdades onde ensinava e caí na estrada
com os shows. Ao mesmo tempo também invadi as produtoras e os estúdios na busca
de trabalhar com publicidade. Ampliei os contatos indo às gravadoras não só
oferecendo minhas composições e minha voz, como artista do “cast”, mas, também
oferecendo meus conhecimentos de
arranjador para atuar nas produções de álbuns dos artistas já contratados. Deu
certo. Virei um rato de estúdio. Passava dias e dias ora gravando ou produzindo
trilhas, ora como músico acompanhante. Ora como produtor ou criador de trilhas
de publicidade. Ora como produtor dos álbuns de grandes nomes da música
popular. Ganhei muita experiência.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essa experiência com certeza atraiu a
atenção de Belchior. Que sendo o artista de sucesso popular que se tornou, não
poderia cuidar de uma gravadora, uma produtora e uma editora musical sozinho,
precisava de alguém com essa experiência. Então me convidou para ser seu sócio e
eu me associei a ele na criação de nossa gravadora PARAISO DISCOS, tendo o
Hélio Rodrigues Ferraz também como sócio no início, depois de pouco tempo
fiquei com suas quotas e a empresa se tornou minha e do parceiro Belchior. Devo
informar que não fechei a minha própria empresa e que continuei a prestar os
serviços de produção e criação de trilhas de publicidade, de cinema e de teatro
na JMT PRODUÇÕES (nome novo dado à mesma TERRAMAREAR já citada, troquei só o
nome). E assumi a Direção de Produção de tudo que a PARAÍSO lançou ao mercado. Uma
empresa não atrapalhava os objetivos da outra.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na área de shows, tive que aprender
muito também. Como falei eram tempos de mudanças. “Os empresários, subprodutos da indústria
fonográfica, se viram em idêntica situação. Como explica, agudamente, o
compositor Marcus Vinícius: ‘A crise da indústria estrangulou o mercado,
encareceu o custo da montagem de um espetáculo. Aí os artistas foram passando
às escolas, às faculdades. E para fazer show em faculdade, não precisa
empresário. Empresário, como em geral a gente imagina, aquele cara que descobre
o artista, constrói o artista e batalha por ele, não existe no Brasil, há muito
tempo. Isso é miragem de uma outra realidade, de Hollywood. Empresário é um
cara que trabalha no telefone, marcando datas. Isso, se você quiser, você pode
fazer também.’”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Foi o que fiz ao abrir a minha própria
produtora e gravadora. Senti que poderia fazer alguma coisa na área de produção
de eventos e de trilhas e ainda de discos, porque não via como entregar isso a
outra pessoa, porque não atraí o interesse de nenhum sujeito que quisesse fazer
isso por mim. Caí de boca no mercado e fui fazer meus shows. Produzir trilhas
de publicidade e trilhas para teatro e cinema. E produzi e lancei meus próprios
álbuns pelo meu próprio selo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Belchior ao perceber na prática meu
trabalho, imediatamente perguntou se eu saberia cuidar também de uma empresa
que fosse uma editora musical. Respondi
que saberia, sim. E poucos dias depois ele me chamou para um novo encontro e
resolvemos ter nossa editora musical. Assim nos tornamos sócios em duas
empresas. Nasceram as empresas PARAÍSO DISCOS (gravadora) e a CONSTELAÇÕES
(editora musical). Na primeira produzi nos melhores estúdios de São Paulo dezenas
de álbuns. Gravei os mais variados artistas, dentre eles o Belchior e meus
próprios álbuns. Uma façanha que o ambiente artístico musical da época não
entendia. Era um pioneirismo no Brasil, ver os próprios artistas terem uma
gravadora. E por causa dessa sociedade, dessa ligação empresarial, eu e
Belchior passamos muito tempo juntos e em razão disso as parcerias foram
aparecendo naturalmente. Nunca programamos nem agendamos fazer músicas. Como se
poderia pensar. Tipo, assim, esquecer as funções por um tempo e trabalhar na
criação de composições em parceria. Não! Não acontecia assim. Nossas parcerias iam
surgindo por puro acaso. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu vivia com o violão ao lado da mesa de
trabalho no escritório, porque era o produtor e arranjador, e, o instrumento me
facilitava nesse serviço de trabalhar a sonoridade e os arranjos das obras que
iria gravar no estúdio. Gravava quase todos os dias! E quando no escritório, pegava o violão,
muitas vezes para criar um arranjo para uma produção de um artista qualquer, ao
pontear alguns acordes o Belchior gritava de sua sala ao lado: “Jorjão, toca
isso aí de novo...” Eu repetia a frase
no violão uma duas três vezes e ele aparecia curioso e dizia. “Faz mais uma
vez...!” Passados alguns instantes ele aparecia com uns versos e pedia que eu
visse. Eu via, cantarolava para ele ali do lado e assim as canções foram
nascendo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ele
costumava comer o alimento que cozinhava na cozinha do escritório. Muitas vezes
ao fazer o alimento ou enquanto comia ele gritava de lá. “Repete esse lance aí
Jorjão!” Eu repetia e no final da tarde
ele me entregava um texto pronto. E assim criamos mais de duas dezenas de
canções que foram gravadas por ele e por mim e por vários outros cantores e
ainda, temos canções inéditas...! Posso
afirmar que sou o seu maior parceiro em número de obras, ou o parceiro mais constante
do poeta Belchior.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
AS PARCERIAS:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vamos falar de algumas das canções que
fizemos juntos e depois tratarei de outras obras criadas só por ele e que
merecem considerações. Para tanto devo informar que não me preocuparei com a
cronologia de suas criações, nem de seus
registros em suportes como LP em vinil ou em Cds e outros, onde se encontram
essas obras fixadas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Certo dia eu trabalhava na criação de uma
canção falando de meu filho Rúrion quando tinha cinco anos (isso em 1983), e de
repente o Bel entrou no escritório, foi para sua sala e lá permaneceu
desenhando por algum tempo. Eu matutava uns acordes daqui, outros dali... quando
ele gritou de lá, como sempre fazia
quando se tocava ou se sensibilizava com minhas criações ao violão:
“Jorjão repete isso mais rápido, como se estivesse mostrando a Bil Harley, ou
pro Chuck Berry...!” Eu imediatamente atendi. Como não tinha texto escrito
ainda, tentava por uma letra improvisada
na melodia, para facilitar o canto que criara de forma a ser perceptível ao
parceiro. Meu texto na realidade estava só começando... era formado de pequenos
rabiscos, nada ainda amadurecido. Afinal era pra meu filho... não passava de pedaços
de texto. Tinha poucas palavras e por não ser suficiente para solfejar conforme
pedira o parceiro, fiquei como faz um repentista, improvisando, na forma de
“meio quadrão”, com versos em redondilha maior (versos de sete sílabas). E no meio dessas estrofes eu ficava enrolando
a melodia dizendo apenas: “Rock, rock, rock, rock”. E, assim segui cantarolando
a melodia, voltando a repetir os
improvisos naquela bela forma, mas, cantava numa melodia que mais lembrava um
rock ou blues, não os modos do repente. Passados alguns minutos o Bel saiu de
sua toca e me surpreende com uma estrofe pronta, com um belo texto que ele
criou, utilizando algumas palavras da obra original que eu escrevera pra meu
filho. Adorei! Repeti aquilo por horas.
E não falamos mais nisso. Ele voltou a seus afazeres e eu cuidei de outras
providências. No dia seguinte ao chegar no escritório pela manhã, ele me
recebeu com o texto pronto. E juntos ficamos horas cantando e conversando sobre
o texto e a melodia. O título: “CANÇÃO DE GESTA DE UM TROVADOR ELETRÔNICO”. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essa canção foi gravada pelo bardo
cearense no álbum que a PARAÍSO DISCOS produziu com ele, cujo título é: “CENAS
DO PRÓXIMO CAPÍTULO”. Foi o primeiro disco de nossa empresa que verdadeiramente
vendeu. Um sucesso muito grande e nos deu fôlego para outros empreendimentos.
Era esse o terceiro álbum de nossa gravadora. Nesse álbum ele interpretou
quatro obras minhas escritas em parceria com ele. Além da obra citada gravou
também: “ROCK ROMANCE DE UM BOBÔ
GOLIARDO”, “PLOFT” e “O NEGÓCIO É O SEGUINTE”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Adorei “CANÇÃO DE GESTA DE UM TROVADOR
ELETERÔNICO”. Belchior que até então se caracterizava por ser um compositor de
melodias monocórdicas, em alguns casos, apresentadas como meros pretextos para
a sustentabilidade do texto, agora tinha um rock pesado, tradicional como
tantos outros dos anos 1950 e do início
dos anos 1960. Lembrando mesmo as criações e interpretações do Chuck Berry e do
Elvis. Ele que sempre se mostrava um inventor de belos textos, criou para minha
obra uma dessas joias. Como bem disse o jornalista Jotabê Medeiros:
“Musicalmente, Belchior assumia que a influência da cultura ibérica, moura e
provençal definia seu estilo, mas não o encapsulava em nenhuma formula. Assumia
inflexões dos cantos gregorianos que aprendera no colégio de frades e das
tendências poéticas épicas e picarescas da tradição”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O parceiro entendia essa característica de
sua obra. Sabia que tem letras mais significativas que suas melodias. Ele sabe
que suas criações sem parceria, privilegiam mais o texto do que o resultado
musical de sua criação. Ele reconhece isso quando diz: “É claro que as minhas
melodias são melodias fáceis, redundantes e a minha letra é mais importante do
que a música, assim como as letras do Chico são mais importantes do que a
música e a melodia do Pixinguinha é mais importante do que a letra” (Belchior
em entrevista ao Pasquim em 1982,p.10)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que é importante que se diga é que essas
melodias criadas pelo parceiro eram absolutamente eficientes para a sua função.
E com isso a média da qualidade de criação
alcançava níveis elevados. Ótimas canções realizadas sem a ajuda de parceiros. Ótima obra, fácil de ser reproduzida nos
bares por outros músicos e guardada na memória. E nas letras vemos fenômenos
fantásticos, inclusive a inclusão de um vocabulário novo que foi incorporado ao
ambiente da música popular.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essa posição de ser um cantor popular, de
sentir que suas melodias simples podem chegar mais facilmente às massas, ao
sucesso radiofônico, ao povo, era uma das coisas com as quais o poeta Belchior
trabalhava. Ele tinha muita consciência dessa característica de seu trabalho e o
projetava exatamente para isso. Desejava se comunicar com as massas e assim
levar o seu recado direto em textos com narrativa sem grandes metáforas e que
atingem como flechas o alvo desejado.
Vejamos essa sua colocação na entrevista que deu logo no início da
carreira: “ Eu não quero envernizar o
folclore, eu não quero fazer o que o povo faz muito melhor do que eu e
principalmente porque eu defino música popular como aquela que está do lado do
povo. Não somente aquela que vem das camadas mais baixas da população ou das
camadas marginais. Eu defino a música popular de uma forma ideológica, é aquela
que está do lado do povo. É aquela que fala das desesperanças, das utopias, das
vicissitudes, dos ideais, dos trabalhos, dos sonhos, das conquistas do povo,
então essa é uma música popular. Então eu trabalho em cima disso. Povo é uma
coisa muito grande, (Belchior em entrevista a Wofenson), publicado por Josy
Teixeira em sua tese de doutorado na USP. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Suas
observações me foram muito úteis na minha formação. E procurei utilizar na
minha produção. Não podia perder a oportunidade de absorver as suas tiradas
geniais. “Isso não pode ser atribuído ao acaso, porque de um lado o número dos
loucos é relativamente bem pequeno, por outro lado porém porque um indivíduo
genial é um fenômeno raro, para além de qualquer avaliação normal, e que
aparece na natureza somente como a maior das exceções;” (SHOPENHAUER).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma das características dos compositores
de minha geração, vindos do Ceará, é que sempre se buscou “formas e temas
perdidos no passado brasileiro e cearense”, mas, fundindo com novas
experiências que pudessem concorrer dentro do mercado musical. Eu procurava
ouvir a todos e tirar o melhor de cada um no amadurecimento de minha música e
na abertura de minha mente. No dizer de Antonio José Brandão no texto escrito
para o livro “MASSAFEIRA – 30 anos”, temos: “Na sua luta, os artistas pretendiam
isolar e evitar a folclorização supostamente imposta pelo Movimento Armorial e
pela fidelidade ao forró tradicional, exigida por muitos. Quase todos os
teóricos não compreendiam que o forró tradicional foi novo e revolucionário em
seu tempo. Tendiam a eternizá-lo pela forma como tendo surgido não do suor das filas
às portas das gravadoras, emissoras, revistas e jornais, mas sim dos suspiros
românticos da flor do mandacaru. Não percebiam que estavam sendo reacionários.
Ou, o que é ainda pior, estavam patrulhando.” (BRANDÃO. MASSAFEIRA - 30 ANOS.
Fortaleza Edições Musicais 2010. p91). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A nossa parceria “CANÇÃO DE GESTA DE UM
TROVADOR ELETRÔNICO” (Jorge Mello e Belchior), tem cunho biográfico. Pois
apresenta a história de todos nós que deixamos nosso canto lá no interior (no
nosso caso o interior nordestino, eu de Piripiri no Piauí e meu parceiro, de
Sobral no Ceará), para cair na estrada e terminar na cidade grande. O texto
explica muito bem essas três etapas. Pois tem três estrofes onde a primeira te
coloca lá na origem, mas, recebendo as influências do rádio, do cinema e do
disco por meio do alto falante que toda tarde e parte da noite nos informava
dos acontecimentos das “terras civilizadas” por meio da amplificadora estrategicamente
colocada no alto da torre da igreja ou no alto da cumeeira da sala de projeções.
A segunda estrofe descreve a “estrada tirana” e suas armadilhas e o sabor de
suas aventuras. Por fim na terceira estrofe temos a cidade grande e seus
desafios, nos colocando em localidades como o Rio de Janeiro e São Paulo. Vejam
o texto:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
CANÇÃO DE GESTA DE UM TROVADOR
ELETRÔNICO<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Jorge Mello e Belchior)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O som do alto falante<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Rolava e me dava um toque.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E Chuck Berry berrando<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
em sua guitarra, era um choque.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Cometas Halley passando,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
astros no pó de Woodstock,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
cabeças, pedras rolantes,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
JIM, Jimi, John, Janis Joplin<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E a moçada do subúrbio,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Cinemas, topetes, motos...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Rock, rock, rock, rock’n’roll!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Rock, rock, rock, rock’n’roll!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Caí na estrada tirana:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(A juventude é um dom!)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
garotas, sonhos, mil transas,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
como dar bandeira é bom!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Olhando a cidade grande,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
cheia de fúria e de som;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
querendo ser uma estrela<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
de sexo, lazer e neon...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Cidade grande é uma droga<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
mas o rock dá o tom.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Rock, rock, rock, rock’n’roll!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Rock, rock, rock, rock’n’roll!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
São mil milhões de habitantes<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
deste parque industrial:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
negros, mulheres, menores<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- filhos da crise geral – <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
iguais pela mesma bomba<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que vai cair no quintal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ídolo e Deus dos esgotos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
a musa urbana me fez.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Meu sucesso é saber disso<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
e bater tudo pra vocês.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Rock, rock, rock, rock’n’roll! <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Rock, rock, rock, rock’n’roll!ssa
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para minha felicidade, essa canção passou
a ser uma daquelas músicas que se fixou no repertório dos shows do
amigo/parceiro. E em virtude disso teve outras gravações, principalmente na
produção de discos gravados ao vivo, como é o caso do álbum “UM SHOW – 10 ANOS
DE SUCESSO”, de 1987. Outra notoriedade da obra é que ela foi a escolhida para
a abertura dos shows que o Belchior apresentava por todo o mundo, durante
muitos anos. E que teve um clip produzido de altíssimo nível apresentado pelos
programas de TV. Era o Belchior roqueiro se manifestando. Também a obra citada,
foi gravada por mim e por vários outros intérpretes. Um sucesso!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A nossa produção não era engessada nos
moldes e formas tradicionais de composição, como acontecia em Pernambuco com o
frevo, engessado, congelado e embalsamado por décadas e décadas, ao contrário
do que fizeram os baianos que levaram o frevo para si e o “desbundaram” como
bem entenderam com suas guitarras e seus trios elétricos. Compomos canções em
várias vertentes. Na realidade sempre abri meu leque. Trabalho melodias até em
modos como o mixolídio, utilizando instrumentos eletrônicos da época, como os
“mugs”, “escaners” e outros, basta ver
meus arranjos em canções como: “DENTRO DE MEUS OLHOS”, “ A NATUREZA REZA”, e outras...! Como curiosidade informo que fiz
um álbum intitulado “UM TROVADOR ELETRÔNICO”, onde nos shows da temporada, não
levei músicos para o palco e sim, anunciava a banda formada por computadores e
outros instrumentos eletrônicos, cada um sobre uma cadeira (como se fossem os
músicos ao vivo, só que eram máquinas), com os nomes: Raimundo, Mundo, Mundão,
Mundinho e Mundoca. Apenas instrumentos eletrônicos, executando os arranjos e o
acompanhamento do show como se músicos em pessoa fossem. Era um momento do mais
fino humor no meu show naquela temporada em fins de 1980. Uma delícia. Viajei
com o show por todo o país e fui com esse espetáculo até Cancum no México.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Belchior gravou canções em parceria comigo
também criadas na forma do raggae, country e blues. E
todas essas formas me pareciam cômodas e confortáveis. Nunca senti a
necessidade de criá-las como formas brasileiras tradicionais como o baião,
xotes ou maracatus. Quando fiz aboios e gravei aboios, não falei de bois ou
currais, mas, tratei de falar da minha realidade na cidade grande, estava no
Rio de Janeiro em 1972, como fiz em “KITCHENET” (um aboio), cujo texto é: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“A minha cozinha é vizinha da
porta da rua, ê, ê<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E já nem sei se posso é chamar de
rua,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
o corredor, o corredor do oitavo
andar do Edifício Central...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas, inda estou por aqui,
pessoal:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com esse mesmo olhar, normal,
fatal, igual...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
de quem mora e vive, de quem mora
e vive nessa capital...!”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
REFERÊNCIAS ENCONTRADAS NA OBRA
DE BELCHIOR:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Não existe em mim simulação alguma,
mostrando-me eu por fora o que sou no coração.” É o que pretendo fazer. Falar
das obras que meu parceiro tão inteligentemente homenageava os autores da
literatura universal e nacional.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na obra de Belchior há inúmeras homenagens
aos clássicos da literatura universal e também da música popular brasileira. Em
todos os seus álbuns, se pode testemunhar referências aos autores clássicos ou
a suas obras. Logo no primeiro álbum de 1973. Bel inicia com a canção “Mote e
Glosa”, onde mostra conhecer o termo “mote”, sentença, expressa em um ou mais
versos da glosa (poesia em que cada estrofe termina por um dos versos de um
mote). Mostra que tem intimidade com a poesia dos repentistas por ser a glosa
uma das formas clássicas dos desafios de repentes. Nesse mesmo álbum encontramos
a canção “A Palo Seco”, uma homenagem a João Cabral de Melo Neto na escolha do
título da canção. No seu poema o poeta pernambucano repete o termo por várias
vezes o definindo. Apresento uma das estrofes do belíssimo poema A PALO SECO de
João Cabral de Melo Neto, como exemplo:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #424347; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;">O cante a palo seco</span><span style="color: #424347; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><br />
<span style="background: white;">é um cante desarmado:</span><br />
<span style="background: white;">só a lâmina da voz</span><br />
<span style="background: white;">sem a arma do braço;</span><br />
<span style="background: white;">que o cante a palo seco</span><br />
<span style="background: white;">sem tempero ou ajuda</span><br />
<span style="background: white;">tem de abrir o silêncio</span><br />
<span style="background: white;">com sua chama nua.</span></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nas formas escritas das canções do álbum
MOTE E GLOSA da gravadora Chantecler estão claras homenagens aos poetas concretistas, irmãos Campos e aos
compositores Gil e Caetano que tão bem utilizaram poemas concretos em suas
composições. Basta a leitura das letras de: MOTE E GLOSA; BEBELO; MÁQUINA;
CEMITÉRIO, sem precisar dar como exemplo a distribuição da letra de NA HORA DO
ALMOÇO. Todas essas canções citadas, são apenas da autoria de Belchior.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Saliento que esse assunto foi tratado com
maestria na tese de doutorado de Josy Teixeira, leitura que muito me agradou
ler, falei isso a ela. E indico aos interessados na matéria sempre que posso.
Vou fazer aqui um pequeno resumo do que
pretendo explorar nesse ensaio: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No segundo álbum ALUCINAÇÃO (Belchior), de
1976, o poeta alencarino dialoga com vários clássicos e com os ídolos da nossa
MPB. A canção que dá nome ao LP, comenta o modo de vida e canções de Gilberto
Gil, que naqueles tempos estava envolvido com macrobiótica e sabedoria
orientais, e gravou de sua autoria a canção “ORIENTE”, e depois gravou sua
música “EXTRA”, em que diz que espera “algo mais”. Belchior abre sua canção
afirmando: “Não estou interessado em nenhuma teoria, em nenhuma fantasia, nem
no algo mais...” adiante arremata: “nem nessas coisas do oriente, romances
astrais. A minha alucinação é suportar o dia a dia e meu delírio é experiências
com coisas reais.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em uma entrevista que Gilberto Gil deu a
Ana Maria Bahiana publicada no jornal O Globo de 1977, sobre a acusação de que se tornara um
alienado em suas produções mais recentes e pós tropicalismo ele diz: “Isso já
vem nesses últimos anos desde que voltei da Inglaterra, com insinuações mais ou
menos evidentes e frequentes de que eu estaria alienado, de que teria abdicado
de uma posição de combate e não sei o que. Na época do <i>Refazenda</i>, já teve isso, e mesmo antes, na época do <i>Expresso 2222</i>, a macrobiótica era fuga e
tudo. Quer dizer, isso já vem esse tempo todo e vem já como um reflexo do
tropicalismo que foi assim o momento da grande desconfiança conosco, comigo
principalmente (In. BAHIANA, 1980, P 64 E 65).”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por outro lado o Belchior em entrevista na
Revista POP, ao ser perguntado sobre sua visão de misticismo, oriente, ioga,
responde: “ Sou completamente desinteressado. Não acredito, não quero nenhuma
nova teoria que me decepcione depois. Sou um cara mais preocupado com toques
imediatos, do presente. A arte não pode viver de ilusões.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como diz Belchior, tudo é proibido, “aliás
tudo é permitido quando ninguém nos vê”... <span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Também nesse mesmo álbum de 1976,
Belchior, demonstrando intimidade com a literatura popular do cordel, na canção
SUJEITO DE SORTE (Belchior), quando cita trechos do livro “Poeta do Absurdo” de
Orlando Tejo. Livro que tenta fazer a biografia do poeta cordelista paraibano
Zé Limeira. O trecho citado por Bel é parte do poema “Poesia dos cachorros” (Zé
Limeira), cujo verso original diz:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Eu já cantei no Recife<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dentro do Pronto-Socorro<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ganhei duzentos mil réis<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Comprei duzentos cachorro<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Morri no ano passado<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas esse ano eu não morro.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O texto da canção do bardo cearense assim
trata a matéria: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
SUJEITO DE SORTE <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Belchior) <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Presentemente eu posso me
considerar um sujeito de sorte<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
porque, apesar de muito moço, me
sinto são, salvo e forte.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E tenho comigo pensado: Deus e
brasileiro e anda do meu lado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E assim já não posso sofrer no
ano passado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tenho sangrado demais, tenho
chorado pra cachorro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ano passado eu morri mas esse ano
eu não morro.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Belchior sempre foi um leitor contumaz,
obstinado. E como tinha muita intimidade com os livros, em especial com aqueles
volumes que mantinha em sua biblioteca particular, sabia de cor o lugar de cada
um e se exibia para os amigos ao encontrar cada um dos livros, de costas, sem
olhar a prateleira onde os livros eram dispostos, sempre bem arrumados. Também
se exibia, mostrando como é dotado de memória especial. É que muitas vezes
pedia aos presentes que lá apareciam para nos visitar no escritório da PARAÍSO
DISCOS, que escolhessem qualquer livro, o abrisse e lesse determinado trecho
escolhido aleatoriamente. Essas pessoas iam à prateleira e escolhiam
determinado livro, abria em página indeterminada, qualquer uma que fosse,
iniciava a leitura e o Belchior de cabeça à sua frente continuava o texto de
onde o outro parava sua leitura. Um verdadeiro show de mágica. Essa façanha me
espantava sempre que via. Não tenho esse tipo de memória nem cerebral, nem
visual. Por vezes, o parceiro, dizia a página em que se abrira o livro. Uma
coisa fantástica, incrível, inacreditável. Eu um dia visitando a casa do Sério
Pinheiro e Luciene Simões, em Fortaleza, pessoas que há anos me recebem para um
sarau cultural, musical, literário, programa que já se tornou tradicional, pois
repetido dezenas de vezes a cada presença minha na capital cearense, ouvi esse
mesmo relato dos amigos contemporâneos, presentes naquele evento. Eram eles: Galba
Gomes e João de Paula. E imediatamente confirmei isso, por ser testemunha de
muitos desses momentos gloriosos da convivência que tive com o poeta Belchior.
Relembramos essas facetas incríveis com que o poeta se exibia aos amigos...!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O reflexo dessa intimidade com livros e
com os autores da literatura universal é flagrante na obra de Belchior. Podemos
citar dezenas de obras com referências textuais a esses autores e suas obras,
notabilizando as criações do poeta Bel, como uma obra cheia de citações dos
clássicos. Faceta que só mesmo um conhecedor daquela literatura sabe fazer. E o
faz porque leu e as mantém de memória. Faceta única sem paralelo...!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Partindo desse esclarecimento, vejamos
algumas das obras do Belchior que têm referências textuais de algumas obras
clássicas da literatura brasileira e universal. Primeiro tratarei de algumas
obras em que sou parceiro, pois tais citações foram colocadas na minha presença no ato de criação
dessas obras. Quando criamos a canção NOTÍCIA DE TERRA CIVILIZADA (Jorge Mello
e Belchior), Belchior me apresentou o texto que diz:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Lido e corrido relembro<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um ditado esquecido:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“(...) antes de tudo um forte”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com fé em Deus um dia<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
ganha a loteria<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
pra voltar pro Norte.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Temos aí uma referência ao livro “Os
Sertões” de Euclides da Cunha, quando escreveu: “O nordestino é antes de tudo
um forte.” A citação está entre aspas e
indica que a frase dita pela metade, vem de um esquecimento do personagem, e
que sendo dita assim, prova que o co-autor, não se esqueceu, e que lembra muito
bem da oração por inteiro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;"> </span><span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial unicode ms" , sans-serif;">E
não acaba por aí, porque encontramos ainda só nas minhas parcerias com Belchior,
inúmeras referências à literatura universal: Na canção PLOFT (Jorge Mello e
Belchior), há referências a Eduardo Galeano e seu “Las venas Abiertas de
Latino-América”. Vejamos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial unicode ms" , sans-serif;">“O Nordeste sentado na esquina do mapa OLVIDADO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial unicode ms" , sans-serif;">DE LOS REYES DEL MUNDO EM UM CIGLO DE LUCES,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial unicode ms" , sans-serif;">se mira no Atlântico: Amérias, Africas,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial unicode ms" , sans-serif;">Índios, pobres e jovens: tudo um negro blues.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial unicode ms" , sans-serif;">A dor do Nordeste, a cor do Nordeste;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial unicode ms" , sans-serif;">(deste e daqueloutro que homem não vê!)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial unicode ms" , sans-serif;">LAS VENAS ABIERTAS DE LATINO-AMÉRICA:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial unicode ms" , sans-serif;">mil poetas: primatas que abraçam o ET.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial unicode ms" , sans-serif;">Em O NEGÓCIO É O SEGUINTE (Jorge Mello e
Belchior) há referências a Augusto dos Anjos quando dizemos: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial unicode ms" , sans-serif;">“Engenho (e arte) do Pau-d’Arco...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial unicode ms" , sans-serif;">‘Tome Dr., essa tesoura e... corte”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial unicode ms" , sans-serif;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ainda tratando dessas homenagens à
literatura brasileira, posso indicar a obra musical de Belchior LIRA DOS VINTE
ANOS (de Belchior e Francisco Casaverde), canção gravada no álbum ELOGIO DA
LOUCURA de 1988, onde ele faz uma
referência ao livro de Álvares de Azevedo (Manoel Antônio), poeta, dramaturgo e
contista, filiado à escola representada por Byron na Europa. A referência de
Belchior está logo no título de sua canção que tem o mesmo título da obra de
Álvares de Azevedo, pois “Lira dos Vinte Anos” é o livro publicado postumamente
em 1853, com poemas do autor, dentre eles<i>
Noite na Taverna.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Agora vamos tratar das obras de Belchior
que homenageiam a literatura universal:
vamos começar pelo álbum já citado ELOGIO DA LOUCURA. O título do álbum
é o mesmo título da obra de Erasmo de Roterdan que viveu entre 1466 e 1536. O
livro “Elogio da Loucura” foi editado em 1509. Uma sátira na qual os poderosos
da época em especial os homens da Igreja, são tratados com a ironia do
escritor. Esse é sem dúvida um dos mais influentes livros da civilização
ocidental. E deu nome ao álbum de Belchior do ano de 1988. Nesse álbum está uma
das canções de Bel que mais gosto. Balada de Madame Frigidaire (Belchior). Uma
declaração de amor pela nova geladeira. Incrível...! Surpreendente. Vejam o
refrão:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Mister Andy, o papa pop,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E outro amigo meu xarope<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se cansaram de dizer:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
‘Prá que Deus, Dinheiro, Sexo,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ideal, Pátria, Família,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se alguém já tem frigidaire?’<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É Freud rapaziada,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vive a cair na cantada<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
De um objeto mulher.” <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na canção VELHA ROUPA COLORIDA (Belchior),
uma das obras que teve mais sucesso na carreira do cantor/compositor, temos
também referências do autor à literatura universal como se pode ver a homenagem
ao escritor americano Edgar Allan Poe, nascido em Boston em 1809 e falecido em
Baltimore em 1849, gênio atormentado de imaginação estranha. Publicou poemas,
contos e novelas que o tornaram muito popular. Na canção de Belchior citada,
temos referências ao texto de “O Corvo” de Poe.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="color: #424347;">Como Poe, poeta louco americano<br />
Eu pergunto ao passarinho: Black bird, Assum-preto, o que se faz?<br />
Haven never haven never haven never haven never haven<br />
Assum-preto, passáro preto, black bird, me responde, tudo já ficou atrás<br />
Haven never haven never haven never haven never haven<br />
Black bird, passáro preto, passáro preto, me responde<br />
O passado nunca mais<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #424347; mso-bidi-font-weight: bold;"> Na álbum
intitulado “TODOS OS SENTIDOS” de 1978, temos várias referências e citações de
Belchior, onde posso indicar “To be or not to be”, citado na obra TER OU NÃO
TER (Belchior), que é uma homenagem a William Shakespeare, nascido em 1564 em
Stratford e morto em 1616. Foi autor, ator e co-proprietário do Globe Theatre,
e que tornou-se célebre. Escreveu principalmente para teatro, mas, também
escreveu sonetos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;"> Nesse álbum temos referências a Jorge Benjor
na canção COMO SE FOSSE PECADO (Belchior), e outra referência a canção “Acorda,
Maria Bonita” (de Antonio dos Santos), e também à canção “Até Amanhã” (de Noel
Rosa) na obra ATÉ À MANHÃ (Belchior). Vejamos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">“Até
amanhã<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">Se
o homem quiser – mesmo se chover<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">Volto
pra te ver mulher.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">Até
à manhã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">Se
houver amanhã – se eu vir à manhã<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">Mando
alguém dizer como é.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">E
em “COMO SE FOSSE PECADO vejamos esse trecho:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">ACORDA AMOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">O
sono acabou Maria bonita<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">Vem
fazer o café.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">O
homem comum inda nem levantou<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">Mas
a polícia já está de pé.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;"> Na
canção TUDO OUTRA VEZ, Belchior, faz referências ao livro “A Normalista” de
Adolfo Caminha e também à música NORMALISTA (Benedito Lacerda e David Nasser),
Vejamos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;">“Gente de minha rua! Como eu andei distante!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;">(Quando eu desapareci, ela arranjou um amante.)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;">Minha normalista linda! Ainda sou estudante<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;">Da vida que eu quero dar.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;">
Belchior referencia a várias obras célebres em suas canções. Na
canção VÍCIO ELEGANTE,(Belchior e
Ricardo Bacelar), obra que dá o título ao CD gravado em 1996, ele cita o poema
“Flores do mal” de Charles Baudelaire, nascido em Paris em 1821. O poema citado
foi escrito em 1857. Vejamos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;">“Versos perversos das ‘Flores do mal’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;">nesse romance, fantasia oriental<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;">cenas obcenas? Não! Apenas de amor!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;">Que estou navegando numa tela multicor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;">
Belchior também cita outro clássico da literatura logo adiante nessa
mesma canção. Apresenta trechos do poeta português Fernando Pessoa, nascido em
Lisboa em 1888. Pessoa criou heterônimos como Alberto Caeiro, Álvaro de Campo e
Ricardo Reis, dos quais inventou biografias distintas. Vejamos na obra citado do poeta cearense a
referência ao Pessoa:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;">“O viver é de improviso<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;">Faz sua própria Lei<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;">Mas navegar é preciso:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;">Vou mandar-te um Lay-lady-lay”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;">
Outra referência do poeta Belchior é encontrada na canção SE VOCÊ
TIVESSE APARECIDO (Belchior e Gracco), numa referência ao poeta, pintor e
gravador inglês Willian Blake, nascido em Londres em 1757, com citações de suas
obras “Canções de Inocência” e “Canções de Experiência”, ambos escritos em
1789. Vejamos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;">“</span><span style="color: #424347; font-family: "arial" , sans-serif; mso-bidi-font-weight: bold;">Se você tivesse aparecido<br />
em minha adolescência,<br />
canção blake de inocência<br />
amor, quem não teria ido e vivido<br />
com Byron, o bardo da gangue<br />
do “le me perish young“<br />
Se você tivesse aparecido esta<br />
droga de<br />
existência se mudaria em viver<br />
eu coração (traído) bandido,<br />
canção blake de experiência<br />
revelaria seu ser.”</span><span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;"> Na
canção AMOR DE PERDIÇÃO, a homenagem do poeta Belchior é explícita a Camilo
Castelo Branco, polígrafo e romancista português nascido em Lisboa em 1825. Um
mestre do idioma com 262 obras. Representa o apogeu do romantismo. “Amor de
Perdição” é sua obra prima. A obra homônima do compositor cearense está em seu
álbum “Elogio da Loucura” de 1988.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<strong><span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;"> No álbum ”Todos os Sentidos” de 1978,
Belchior trás uma das canções que mais faz referências em sua obra à obras
clássicas da literatura universal. Sua canção DIVINA COMÉDIA HUMANA, segundo
ele feita em Teresina em 1976, homenageia em suas referências a quatro grandes obras:
1- “Divina Comédia” de Dante Alighieri, poeta italiano nascido em Florença em
1321, que por ser o criador dessa obra citada é considerado o pai da poesia
italiana; 2 – “Comédia Humana” de Honoré de Balzac, escritor Frances nascido em
Tours em 1799. Sua obra citada é uma série de romances que trata da sociedade
francesa ao fim da monarquia. Escreveu também contos; 3 – “A comédia humana” de
Willian Saroyan; e 4 – “Via Lactea parte XIII” de Olavo Bilac, nascido no Rio
de Janeiro em 1865, parnasiano, rígido na forma. Sua poesia tem várias fases,
marcada ora por um lirismo arrebatado e sensual e depois pela exaltação épica e
por vezes pelo pendor à meditação. Eleito o Príncipe dos Poetas Brasileiros. A
poesia do Bilac é citada na obra literalmente no decorrer da música.</span></strong><strong><span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif; font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<strong><span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;"> Na obra AGUAPÉ (de Belchior), publicada no
álbum “OBJETO DIRETO” pela Elektra em 1980, o autor explica na contra-capa:
“AGUAPÉ Epígrafe de Castro Alves, Belchior, Participação Especial: Raimundo
Fagner.” É que a obra faz referência ao poema “A Cruz da Estrada” de Castro
Alves.</span></strong><span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;"> Eu e
Belchior basicamente vivemos durante nosso trabalho em sociedade, dentro de uma
biblioteca. A dele montada na Paraíso Discos (gravadora em que éramos sócios e
dirigida por mim) e a minha biblioteca na JMT Produções (empresa que tinha em
sociedade com minha mulher Teca Melo). A leitura era atividade constante em
nossa vida. Acontecia entre um show e outro, também entre as gravações nos
estúdios, porque como produtor de discos das duas empresas, produzi mais de
duas centenas de álbuns somando mais de vinte mil horas de gravação (isso
contando apenas o tempo de gravação dos discos que produzi sem falar nas
trilhas para publicidade e para cinema e teatro - uma centena delas. Como sei
desse volume de horas de produção dos discos? Porque nas fichas de produção, um
dos dados registrados é o gasto com pagamentos de estúdios. Esse serviço era
contratado, e cobrado por tempo de gravação. Custava muito caro a hora de
gravação num bom estúdio. Alugava-se um estúdio para a gravação do álbum de seu
artista. Não tínhamos estúdio próprio. Assim eu sei exatamente quanto tempo
fiquei gravando. E nos intervalos, apenas lia...! E o resultado dessa leitura está presente na
obra. É verdade, há a referência da literatura brasileira e universal em toda
nossa obra. Belchior era profundo conhecedor dos clássicos da literatura e do
pensamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;">CAPÍTULO FINAL:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt;">“Eu, por exemplo, acho
que, para conseguir liberdade, tem que se pulverizar o poder, diminuí-lo ao
máximo, ao ponto de todas as pessoas gerirem individualmente as suas vidas e
presença no mundo, não precisando de nenhum chefe de rebanho, mestre, religião.
Isso pode dar a ideia de que o meu trabalho não pretende tocar na política. Eu
não quero fazer uma música simplesmente falando sobre o divórcio. Eu quero
muito mais que isso. Não basta que o MDB vá ao poder. Eu quero que o poder não
mande em mim. Minha utopia é paradisíaca, edênica, dionisíaca. Eu acho mais
importante cuidar da felicidade das pessoas do que do Produto Interno Bruto. (Antonio
Carlos Belchior)”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"> As teses, teorias e outras impressões que
vi publicado, sobre o que teria acontecido com o poeta/parceiro para que ele
tomasse a decisão que tomou há mais de dez anos, essa misteriosa saída dos
palcos e de perto dos parentes e dos amigos, me levaram a sugerir a leitura de
momentos difíceis pelos quais passaram outros artistas importantes da música
popular brasileira. Ainda nos anos de 1974, foi publicado no Jornal OPINIÃO a
entrevista inédita de Chico Buarque quando perguntado sobre seu show e porque
tem feito poucas apresentações. Na entrevista ele diz:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"> “Agora, eu não estou fazendo show, mais.
Estou cumprindo alguns compromissos a duras penas, porque num show você é
conduzido a um troço que gera uma carga emocional diária e eu não tenho
estrutura para suportar. Foi por isso que eu me mandei, cancelei a temporada,
fui ao médico, fiz um check-up e resolvi que não estava bom. Eu me expunha
emocionalmente demais, e não só como artista, ai é que está o negócio. Se eu
entrasse num palco e me maquiasse, me vestisse e interpretasse alguma coisa,
legal. Em algumas músicas eu já conseguia fazer isso, um negócio que eu aprendi
com Caetano, sair um pouco como pessoa.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"> Em outra entrevista, Luis Gonzaga Jr., se
diz preocupado com o Milton. Diz que o amigo não aguenta mais a exposição e o
assédio: “ Este país só vive tendo um
ídolo, um padrão, um modelo. E estão querendo por o Milton lá. O trono está
prontinho pra ele sentar”. E Milton, na mesma matéria assim se manifesta
adiante: “Eu, estou sentindo isso ó... faz tempo, já. Porque o engraçado é que,
para ter uma pessoa em evidência, parece que tem de derrubar outras, só pode um
de cada vez. E eu comecei a sentir isso, muitas perguntas sobre o que meu trabalho se propunha, a onde levava, muitas solicitações para que indicasse
caminhos, muitas comparações com a coisa dos outros. Com o trabalho do Caetano,
então, demais. E eu comecei a desconfiar, sabe como? Comecei a conversar isso
com o Gonzaguinha já faz muito tempo. E eu dizia sempre, e ainda digo, se for
realmente assim, eu tiro o time de campo, vou não sei pra onde, mas vou.” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"> Adiante ele ainda reforça incisivo: “Só
sei que não vou aceitar ser líder de ninguém,
nem ser estrela. Quero mais é dar um tempo,....” (Entrevista em O GLOBO, 26 de
dezembro de 1975).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;">Palavra de amigos: <o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;">. “Nunca esperei que as coisas que um poeta diz, e que as
pessoas assimilam, precisem ser verdades de alguém. É uma necessidade que o ser
humano tem, de que esse real da vida possa se dar um tempo e imaginar as coisas
de outra maneira. Essa é a função dos artistas. Eles precisam disso. E o povo
também precisa disso. Acho que ele fez isso.<span class="apple-converted-space"> (
Fausto Nilo. Jornal O POVO 06/05/ 2017 Caderno VIDA &ARTE).<b><o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;"> Outro amigo assim se
manifestou após a sua morte: “Assim o nosso gênio Belchior conseguiu, como um
manto unicrômico estendido feito a terra, toldar com tintas coloridas as suas
ideias, alcançando grande parte deste manto sobre o Brasil e América do Sul,
por ele tão decantada.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;">A sua alma atlântica e Latino-americana, gerada e acalentada no
calor e sentimentos tropicais, deverá ser mantida em nossas mentes, com
veneração ao seu especial cérebro, gerado e nutrido nesse sagrado chão cearense
por muito tempo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;"> Meu parceiro e
querido amigo Belchior parece um ser nascido nas Ilhas Fortunadas, onde a
natureza não tem necessidade nenhuma da arte, porque a sua própria arte da
poesia já lhe completa. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;"> Quero lhes falar livremente
do parceiro, como dizia Erasmo de Roterdan: “”Que seria esta vida, se é que de
vida merece o nome, sem os prazeres da volúpia? Oh! Oh! Vós me aplaudis? Já
vejo que não há aqui nenhum insensato que não possua esse sentimento. Sois
todos muitos sábios, uma vez que a meu ver, loucura é o mesmo que sabedoria.”(Luis
Augusto Castelo Branco Mourão).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;"> “No dizer de
Shopenhauer, “... as melhores obras de arte, os mais nobres resultados do
gênio, permanecerão eternamente ilegíveis à maioria obtusa da humanidade,...”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;">Resumo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;">Eu e Belchior basicamente vivemos durante nosso
trabalho em sociedade, dentro de uma biblioteca. A dele montada na Paraíso
Discos (gravadora em éramos sócios e dirigida por mim) e a minha biblioteca na
JMT Produções (empresa que tinha em sociedade com minha mulher Teca Melo). A
leitura era atividade constante em nossa vida. Acontecia entre um show e outro,
Também entre as gravações nos estúdios, porque como produtor de discos das duas
empresas, produzi mais de uma centena de álbuns somando mais de 15 mil horas de
gravação (isso contando apenas o tempo de gravação dos discos que produzi sem
falar nas trilhas para publicidade e para cinema e teatro - uma centena delas.
Como sei desse volume de horas de produção dos discos? Porque nas fichas de
produção, um dos dados registrados é o gasto com pagamentos de estúdios, onde
registramos as horas gravadas para finalizar cada álbum. Esse serviço era
contratado, e cobrado por tempo de gravação. Custava muito caro a hora de
gravação num bom estúdio. Alugava-se um estúdio para a gravação do álbum de seu
artista. Não tínhamos estúdio próprio. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #767676; font-family: "arial" , sans-serif;"> É
verdade, há a referência da literatura brasileira e universal em toda nossa
obra. Especialmente na obra só de autoria do Belchior e outros parceiros que
não eu. Na obra do poeta cearense como um todo há essas referências a dezenas
de autores clássicos como de Shakespeare, Allan Poe, Erasmo de Roterdan,
Álvares de Azevedo, Euclides da Cunha, Orlando Tejo, Augusto dos Anjos,
Baudelaire, Willian Blake, Camilo Castelo Branco, Dante Alighieri, Balzac,
Willian Sayoan e outros. Belchior era profundo conhecedor dos clássicos da
literatura e do pensamento.</span><span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;">Comentario final:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;"> Caetano Veloso
publicou em sua “auto-biografia” VERDADE
TROPICAL: “Quando Rogério, ouvindo-me argumentar entusiasmado, provocou-me
dizendo que eu era apenas um apóstolo, e que Gil é que era o profeta,
pareceu-me que ele lia meus pensamentos mais recônditos. Eu me sentia
responsável por uma grande e bela tarefa, pois Gil e Gal (e também Bethânia, apesar de seu grito de
independência) necessitariam sempre de minha orientação, direta ou indireta,
mas a verdadeira mensagem poética se daria através do grupo - e a partir de Gil.” <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;"> Assim eu sentia no
nosso “movimento”. A necessidade de se impor como uma nova mensagem, vinda de
mais ao norte do que falaram os baianos, na música popular. Para os músicos de
minha geração surgidos da universidade e dos bares, como o Bar do Anísio, o guru
era o Augusto Pontes, mas, para mim depois de chegar ao Rio de Janeiro, as
mensagens que mais me tocaram eram geradas pelo Belchior. Ele dava a mensagem
poética que norteava a minha direção. Da mesma maneira eu sentia, que a minha
importância era imensa para a existência do grupo num grande centro como o Rio
e São Paulo. Importância não só pela qualidade minha como artista, mas pelo meu
senso prático. Eu tinha emprego no Rio de Janeiro. Era do quadro de
funcionários da TV Tupy (Direção Musical). Tinha salário. Salvava a base da
sobrevivência, podia pagar onde o grupo morava. Em São Paulo, fui ensinar em
três faculdades de música: IMSP – Instituto Musical de São Paulo; FAP ART
(Faculdade Paulista de Artes) e Instituto MOZARTEUM. Além disso criei empresas
de produção e gravação de trilhas sonoras
para publicidade e para a produção de eventos, ainda em meados dos anos 1970.
De alguma maneira o Belchior, que como poeta me orientava para melhorar a
qualidade de meus poemas, sentiu que poderia ter em mim, uma força na
compreensão de outras facetas próprias e
necessárias à profissão de artista cantor e compositor. Vinha de minhas
iniciativas, o sonho da procura por independência da carreira. Independência
dos grandes grupos empresariais e de grandes gravadoras. A independência da
administração da própria obra. Hoje basicamente toda a obra do Belchior e a minha,
estão em editoras das quais somos o titular. O dono. Sonho de poucos...! E isso
começou lá atrás...!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;"> Havia entre mim e
Belchior uma coisa especial que não se desenvolveu com os outros membros do
grupo. Havia um grau de intimidade diferenciada entre a gente. Muitas vezes, ao
terminar o expediente no escritório da PARAÍSO DISCOS, o parceiro se dirigia
para minha casa. Oportunidade em que ficávamos, eu ele e Teca horas a fio
assistindo filmes do Chaplin, rindo a se esborrachar de Bourvil, Louis de Funes,
Oliver Hardy e Stan Laurel. O tipo de coisa que não amadureceu a esse ponto com
os demais amigos e parceiros...! Mesmo depois
que deixei a empresa (Paraíso Discos) para cuidar da JMT (empresa minha e da
Teca), ele continuava a fazer essas visitas para momentos da mais pura
intimidade e alegria. Pouco antes do seu desaparecimento, em fins de 2006 e
início de 2007, ele me chamou ao escritório da PARAÍSO DISCOS, eu fui. Conversamos
e combinamos vir ao meu escritório logo em seguida. Ele comentou comigo que o
proprietário do imóvel onde funciona a gravadora lhe pediu o imóvel justificando
a venda do mesmo onde seria construído um prédio. Isso queria dizer que a casa
seria demolida. Ele precisava sair de lá. De pronto ofereci o galpão enorme que
há atrás de onde era meu escritório naquela ocasião, para que ele colocasse lá
o material da PARAÍSO e sua biblioteca.
Ele olhou tudo no ambiente do galpão fazendo anotações e enquanto fazia
isso traçou planos incríveis de ajustar ali um mezanino, sua biblioteca e
tornar aquele pedaço no seu “atelier”. Ficamos nessa conversa até escurecer. Eu
morava do lado. Fomos pra casa à noitinha e repetimos mais uma vez aquele
ritual de conversar e ver filmes por horas. Eu ele e a Teca a rir de tudo, de
dezenas de piadas tantas vezes repetidas, e de todas as imagens dos filmes que
escolhíamos ver. Uma delícia!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;"> Foi a última vez que o vi. Mas, ele me ligou em
três oportunidades depois do seu recolhimento. Ligações durante o ano de 2007.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 186.75pt; text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif;"> <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportAnnotations]-->
<br />
<hr align="left" class="msocomoff" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div>
<!--[if !supportAnnotations]-->
<br />
<div class="msocomtxt" id="_com_1" language="JavaScript">
<!--[endif]--><!--[if !supportAnnotations]--><a href="https://www.blogger.com/null" name="_msocom_1"></a><!--[endif]-->
<br />
<div class="MsoCommentText">
<span class="MsoCommentReference"><span style="font-size: 8.0pt;"> <!--[if !supportAnnotations]--><a class="msocomoff" href="file:///C:/Users/Jorge%20Mello/Desktop/Backup%20do%20Vista/Artista/Jorge%20Mello/CENAS%20DO%20PR%C3%93XIMO%20CAPITULO%20ensaio.docx#_msoanchor_1">[JM1]</a><!--[endif]--></span></span>Ais
de uma<o:p></o:p></div>
<!--[if !supportAnnotations]--></div>
<!--[endif]--></div>
</div>
Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-77818627047886562932016-05-06T13:38:00.003-07:002016-05-06T13:38:42.880-07:00JORGE MELLO E SEU GRUPO CAVALEIROS DO APOCALIPSE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGj8zJKk3yqAPVOhiMFeIgiT08jDokPUJSr7dkmp8l3fw47eDK0UeaIDu2UygNr2vKf4aaorrHKXt3VC7HO2WJWpElsbO_AC4cshNBAZ-PpcxRdoVS5uYolhkpXQNIefv5OG1h4ah0UKHV/s1600/Ca.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGj8zJKk3yqAPVOhiMFeIgiT08jDokPUJSr7dkmp8l3fw47eDK0UeaIDu2UygNr2vKf4aaorrHKXt3VC7HO2WJWpElsbO_AC4cshNBAZ-PpcxRdoVS5uYolhkpXQNIefv5OG1h4ah0UKHV/s320/Ca.JPG" width="243" /></a></div>
Documentos da trajetória. Tenho comigo centenas de cartazes e "posters" de meus shows. Desde aqueles com fotos, até os grandes cartazes tipo lambe-lambe que são pregados nos muros, paredes e viadutos das grandes cidades como forma de divulgar os shows e eventos.<br />
Vejam esse. Divulga um show que fiz em 1975 intitulado JORGE MELLO E SEU GRUPO CAVALEIROS DO APOCALIPSE. Esse evento foi na POLI - Casa do Politécnico.Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-52126498353349226462016-05-06T13:29:00.005-07:002017-12-19T10:09:25.320-08:00Jorge Mello com seu SHOW em Atibaia-SP<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSRtPV0KvxYUOmLCItRIuhhIiSfMpnRsck6T8iVyqp_qJfS2Xz7WmMiwVHDeXo0llkZEMfeizaNGZZR8trNhVhw1EIWPzzrpKcRAx1si_zrbK55rnRczGI185GaI9M6-tHrd_8VwCEKIPH/s1600/Show.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSRtPV0KvxYUOmLCItRIuhhIiSfMpnRsck6T8iVyqp_qJfS2Xz7WmMiwVHDeXo0llkZEMfeizaNGZZR8trNhVhw1EIWPzzrpKcRAx1si_zrbK55rnRczGI185GaI9M6-tHrd_8VwCEKIPH/s320/Show.JPG" width="240" /></a></div>
Registro no rol de entrada do Centro Empresarial Victor Brecheret no Município de Atibaia-SP, onde realizei um show para os amantes da literatura de cordel e do poeta Patativa do Assaré. Interpretei minhas canções e também canções do poeta do Assaré-Ce.Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-81211990163847931102016-05-06T13:22:00.000-07:002016-05-06T13:22:16.605-07:00Jorge Mello e Belchior, parceiros em várias canções<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib5kbWGUN1kJGh82U6_OGMCuLLD9GDvKfBmvof8m2C0WQH62kXxamz1m1raXHJc7eKV-JxBRV-R4GNg8br5IHAAZhV0fDTNOmWuQ1ptXHTfeXBsXy_HD11ImnonQuDz8495lMyup0xzuYe/s1600/com+jorge+melo+%25282%2529.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib5kbWGUN1kJGh82U6_OGMCuLLD9GDvKfBmvof8m2C0WQH62kXxamz1m1raXHJc7eKV-JxBRV-R4GNg8br5IHAAZhV0fDTNOmWuQ1ptXHTfeXBsXy_HD11ImnonQuDz8495lMyup0xzuYe/s320/com+jorge+melo+%25282%2529.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVDI2W4axQBP4C2jOkIkwkPQKHyeYrRa1bcgo893AkHcpY0ZGdDgG7WKvGM4_OYM-NkddAcobU5W0Rndp649H-YcD8E-leJe7CWWe897D-edRsohcIpSZk7rsBVNqoM5ADZqOmqL41hLns/s1600/28-04-2011+10%253B26%253B14+-+C%25C3%25B3pia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVDI2W4axQBP4C2jOkIkwkPQKHyeYrRa1bcgo893AkHcpY0ZGdDgG7WKvGM4_OYM-NkddAcobU5W0Rndp649H-YcD8E-leJe7CWWe897D-edRsohcIpSZk7rsBVNqoM5ADZqOmqL41hLns/s320/28-04-2011+10%253B26%253B14+-+C%25C3%25B3pia.jpg" width="288" /></a></div>
Eu e Belchior somos como irmãos. Ele é meu parceiro em mais de duas dezenas de canções. Muitas delas gravadas por ele e outras por mim ou por outros intérpretes. Existem ainda canções inéditas criadas por nós. Essas fotos, registram os seguintes eventos: A foto 1 - é no rol de entrada do Cezar Par em Fortaleza, quando estivemos lá para show no Teatro José de Alencar. Dividi o palco com ele num evento de aniversário do grande teatro cearense.<br />
A foto 2 - registra uma coletiva com a imprensa de Teresina e também um encontro com os artistas locais para falar de nossa carreira e nossa música. Estamos sentados na borda do palco do Teatro 4 de Setembro, onde nos apresentamos na mesma noite.Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-29695584725084013952016-04-07T04:33:00.003-07:002016-04-07T04:33:59.518-07:00Jorge Mello no Teatro Sérgio Cardoso<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU0GR_K05eIU-ijvNib6gaMSELGHkXNzmcXHVkDGERKDgfiIaW5X-osFujftx11n4UUKkshrZ0RV6GwaGFYoSlPRPahDhCP1-4VYTPlZGPiFKvSvSo5GpIXsiubR8xO9U8cvt8IZiVG1R9/s1600/FB_IMG_1450723797735.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU0GR_K05eIU-ijvNib6gaMSELGHkXNzmcXHVkDGERKDgfiIaW5X-osFujftx11n4UUKkshrZ0RV6GwaGFYoSlPRPahDhCP1-4VYTPlZGPiFKvSvSo5GpIXsiubR8xO9U8cvt8IZiVG1R9/s320/FB_IMG_1450723797735.jpg" width="213" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgurWaZl2zF3Klm2HmhzYTdDo4xP4Cht0tDZjlWKCLa55zi4XgGn7Z_84kSVpavAEH_etIkrYYbU3OcS4kKmHEVTFGzCuAwx0QxIQi-nE5hzFzXEUL4VEyk-WvKv2KbH4rV8XC0BLX7N24G/s1600/FB_IMG_1450728043630.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgurWaZl2zF3Klm2HmhzYTdDo4xP4Cht0tDZjlWKCLa55zi4XgGn7Z_84kSVpavAEH_etIkrYYbU3OcS4kKmHEVTFGzCuAwx0QxIQi-nE5hzFzXEUL4VEyk-WvKv2KbH4rV8XC0BLX7N24G/s320/FB_IMG_1450728043630.jpg" width="213" /></a></div>
Na apresentação que fiz no Teatro Sérgio Cardoso em São Paulo (capital), foi realizada uma exposição de algumas telas que pintei, e também de livros que escrevi. A exposição foi disposta no rol de entrada do teatro, distribuída em cavaletes.Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-52914037586239369942016-04-06T15:30:00.001-07:002016-04-06T15:31:23.735-07:00Desenhos e caricaturas de Jorge Mello<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvigoLZZ4p4ybXC0DjxL2hJ5lVumZuXi0yLoWgtfq4IESP7yd_u0Lt5-4-HlTXn-hcVUrwiqESeeL9aMgyR5e-X5AO1t1juC5mhDwq2XVvMaJm38WCelrCqENQlfwlBBtStv0e2_H75SjA/s1600/26-07-2011+14%253B26%253B07.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvigoLZZ4p4ybXC0DjxL2hJ5lVumZuXi0yLoWgtfq4IESP7yd_u0Lt5-4-HlTXn-hcVUrwiqESeeL9aMgyR5e-X5AO1t1juC5mhDwq2XVvMaJm38WCelrCqENQlfwlBBtStv0e2_H75SjA/s320/26-07-2011+14%253B26%253B07.jpg" width="209" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0OAFqJIHAAMBaKm4tltHn3MG77lqGZt2suwlnK_oA22C_OxPBjzoiPfdMnIQnY4L0Jb9hU5tHq5-iD2s9VTxYNRzO1OIkDek6mTKqjgxxjg-UKUzgGbeo4VP2zxp4t1Qoi6-d8lNBsxQ5/s1600/Caricatura+Jorge+por+Hortsuo+1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0OAFqJIHAAMBaKm4tltHn3MG77lqGZt2suwlnK_oA22C_OxPBjzoiPfdMnIQnY4L0Jb9hU5tHq5-iD2s9VTxYNRzO1OIkDek6mTKqjgxxjg-UKUzgGbeo4VP2zxp4t1Qoi6-d8lNBsxQ5/s320/Caricatura+Jorge+por+Hortsuo+1.JPG" width="226" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXgwVpT-RqRUnh0vRSI_Y6rwy-44ND2Uy-BkA1Ud_h7FrDo0hKfvsptU3IK8G1k7GET3FLPRD_OYTQst0JSIzyfH3PpnZMSfQRs-O1wEtlUwdbW-VTABGKiv1yJn-pkEIuUOttOcIJQXFl/s1600/Ca+-+C%25C3%25B3pia.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXgwVpT-RqRUnh0vRSI_Y6rwy-44ND2Uy-BkA1Ud_h7FrDo0hKfvsptU3IK8G1k7GET3FLPRD_OYTQst0JSIzyfH3PpnZMSfQRs-O1wEtlUwdbW-VTABGKiv1yJn-pkEIuUOttOcIJQXFl/s320/Ca+-+C%25C3%25B3pia.JPG" width="306" /></a></div>
Na trajetória da música e das artes, e nas andanças pelos palcos, muitos artistas, fizeram desenhos ou caricaturas de Jorge Mello (são dezenas). Apresento apenas agora essas três: A primeira criada pelo Mino em Fortaleza, nos anos 60. A segunda criada por Laércio. A terceira é uma criação minha, para ilustrar um cartaz de um show que foi muito sucesso nos anos 1970. Desenhei em 1975, para meu show JORGE MELLO E OS CAVALEIROS DO APOCALIPSE.Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-56508662969315498622016-04-06T15:13:00.006-07:002016-04-06T15:13:58.685-07:00Jorge Mello e amigos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglSOCuiL54yrolrAm0uevKsDaXPOdIDCovGj9T75bXXhWBZowMiVBSK_NDoSZXH8IOEljRM5jqwUIiLVmd3VJ0JLIGZUKcCW-oF3I7bHqHHT1Gl4ZRgseUVZIj7uQT0yJI682OgylSPSat/s1600/com+jorge+melo+%25282%2529.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglSOCuiL54yrolrAm0uevKsDaXPOdIDCovGj9T75bXXhWBZowMiVBSK_NDoSZXH8IOEljRM5jqwUIiLVmd3VJ0JLIGZUKcCW-oF3I7bHqHHT1Gl4ZRgseUVZIj7uQT0yJI682OgylSPSat/s320/com+jorge+melo+%25282%2529.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqf9hTkKPZPVmycyzcxkBT8UOfUi_1cUP4CWXafEO_8aHhDYI73hgD3B2MYPlL2KoSlWrQeUye_XFF7UvNIXjcHmhjf-ZCrqQ7oNHoXzCgrnIiRrYV5HIJ8YfA_88ASMYvmw2oUicKnt45/s1600/309041_509912015691051_665017429_n%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="238" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqf9hTkKPZPVmycyzcxkBT8UOfUi_1cUP4CWXafEO_8aHhDYI73hgD3B2MYPlL2KoSlWrQeUye_XFF7UvNIXjcHmhjf-ZCrqQ7oNHoXzCgrnIiRrYV5HIJ8YfA_88ASMYvmw2oUicKnt45/s320/309041_509912015691051_665017429_n%255B1%255D.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6WwbG1b5GdTC1rgR9zpwxme2Va4DhRI3gbGtJzsj4YDL6b11QRmr-2bh1nysI31IZ3OE9Clhl6kUws7m5hp4v302msNSGz1de7VZV_SLWGslrrnLooXr-xyb1C-LXcwchrmPs6cWnyn0L/s1600/2015-03-11+19.37.13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6WwbG1b5GdTC1rgR9zpwxme2Va4DhRI3gbGtJzsj4YDL6b11QRmr-2bh1nysI31IZ3OE9Clhl6kUws7m5hp4v302msNSGz1de7VZV_SLWGslrrnLooXr-xyb1C-LXcwchrmPs6cWnyn0L/s320/2015-03-11+19.37.13.jpg" width="320" /></a></div>
A trajetória da música, me deu grandes amigos:<br />
Na foto 1 - Jorge Mello e Belchior no Hotel Cezar Park, em Fortaleza, antes de irmos dividir o palco num show no Teatro José de Alencar;<br />
Na foto 2 - Sebastoão Tapajós, Jorge Mello, Belchior e Ednardo, dividindo um vinho no Terraço Itália em São Paulo, num evento artístico;<br />
Na foto 3 - Fagner e Jorge Mello, num evento no Museu da Imagem e do Som-em São Paulo.Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-91319226305667234162016-04-06T14:47:00.001-07:002016-04-06T14:47:41.001-07:00Pinturas a óleo sobre tela<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUoY_FYJGdzahkZdrGjk7m7U3fzGJ6RgF3ZW02IadN5YR0t7ed4a86fIwmWBmhE8eUHacTSFxO0M9-gUvQ6YI72uAmTfzJ6s29nJs6sItjxFrZ8A0zmrxqj2NXb_EKCc-GoYcg2QonMhd2/s1600/DSC02762.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="301" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUoY_FYJGdzahkZdrGjk7m7U3fzGJ6RgF3ZW02IadN5YR0t7ed4a86fIwmWBmhE8eUHacTSFxO0M9-gUvQ6YI72uAmTfzJ6s29nJs6sItjxFrZ8A0zmrxqj2NXb_EKCc-GoYcg2QonMhd2/s320/DSC02762.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1KxaUngCBXbnCKofvo8ZejB91RWVUL82im_CV-_r1cs2pj6RC-Yl4Nt_cYE1qkyvtZNtGnzeMgPxbQ_LS-EQeE9SULSXVD5eTc-ZkKiZ41VV_aR-iMuFXmowsQOJlDea9x_N7n-FJ8GqV/s1600/DSC02771.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="259" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1KxaUngCBXbnCKofvo8ZejB91RWVUL82im_CV-_r1cs2pj6RC-Yl4Nt_cYE1qkyvtZNtGnzeMgPxbQ_LS-EQeE9SULSXVD5eTc-ZkKiZ41VV_aR-iMuFXmowsQOJlDea9x_N7n-FJ8GqV/s320/DSC02771.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjk65sk8kCx7Fnqv98yiYPteq6Cs_7kdCNiIrii0TfjsFOE2xtMKmGhTR0u389U_YuEM9DKcuedrmv1EsGhUTCszZq21zY5a4r_oRJcn-7tmrsKwvkjY9O0bXge0OqAJIaCZd9hGcENAoOj/s1600/DSC02811.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjk65sk8kCx7Fnqv98yiYPteq6Cs_7kdCNiIrii0TfjsFOE2xtMKmGhTR0u389U_YuEM9DKcuedrmv1EsGhUTCszZq21zY5a4r_oRJcn-7tmrsKwvkjY9O0bXge0OqAJIaCZd9hGcENAoOj/s320/DSC02811.JPG" width="228" /></a></div>
<br />
<div>
Sou um artista que atua em várias frentes na arte. Nas Artes Plásticas, tenho criado quadros de pinturas em várias técnicas. Esses exemplos, são de pintura a óleo sobre tela, utilizando pincéis.</div>
Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-39797855650839993512015-09-08T13:03:00.002-07:002015-09-08T13:18:33.689-07:00Jorge Mello se apresenta em Piripiri, sua terra natal!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKJcMbCxWntjDa9y23zFCUV76cwB2uB2u0S5UtBiyAtxMYo8FA46WuZ4L95QTQ0-b_QShx_o2f3lQnKefB_7L7lH56LPwmPWr_n96AkpXdPhnk3m1leTykWx0KSSNSaNCWBKRWm8u7q6pt/s1600/11402814_701522016643581_364081431097234068_o+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKJcMbCxWntjDa9y23zFCUV76cwB2uB2u0S5UtBiyAtxMYo8FA46WuZ4L95QTQ0-b_QShx_o2f3lQnKefB_7L7lH56LPwmPWr_n96AkpXdPhnk3m1leTykWx0KSSNSaNCWBKRWm8u7q6pt/s320/11402814_701522016643581_364081431097234068_o+%25281%2529.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Show na AABB de Piripiri, minha terra natal em junho de 2015. Também na cidade fiz palestra no Ginásio em que estudei quando adolescente (Ginásio José Narciso da Rocha Filho), e fiz programas de rádio, sendo entrevistado por Ducival Araujo, radialista e músico. Foi um encontro mágico com minha gente, meus conterrâneos e amigos. Esse evento teve o patrocínio do grupo Confraria de Piripirienses BAÚ DE ZÉ COCOTA, a quem agradeço na pessoa de Marcos Luiz Melo. Revi pessoas inesquecíveis e bebi outra vez a água de minha terra....Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-79893936295246976512015-09-08T12:36:00.004-07:002015-09-08T12:37:21.939-07:00Jorge Mello e suas andanças por esse Brasil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqYXOPetWpdt8qOnz1Np2cHtxQAQ8to054-SCIOUANRSeO_ibr3ER_SANZJDxfhpvAyK-znzWCz29d8Cv5CDvugsi7YHq-bFucemNf381mlK0vv40L0vjMNGRjdgSkdTWGdkUX21f-ldXI/s1600/jorge_melo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqYXOPetWpdt8qOnz1Np2cHtxQAQ8to054-SCIOUANRSeO_ibr3ER_SANZJDxfhpvAyK-znzWCz29d8Cv5CDvugsi7YHq-bFucemNf381mlK0vv40L0vjMNGRjdgSkdTWGdkUX21f-ldXI/s320/jorge_melo.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Tenho levado a minha música a todos os lugares, e também mantenho contatos com os músicos locais sobre os problemas ligados a suas carreiras, como os Direitos Autorias, matéria em que atuo como advogado, porque sou especialista. Cheguei recentemente do Nordeste, onde fiz vários trabalhos, como shows, palestras e contatos com os artistas. Estive em Teresina e Piripiri (minha terra natal, e fiz um show na AABB em junho, e também realizei palestras em escolas e programas de rádio) e depois fui a Fortaleza, onde fiz show, encontros com amigos e músicos e também rádio e TV. Nessas andanças falo dos meus livros, poemas e da música que produzo. Estou determinado a mandar para a WEB todos os meus trabalhos, sejam os álbuns que gravei como intérprete, sejam aqueles álbuns que produzi como sócio e produtor da Paraíso Discos e da JMT Produções, dois selos (gravadora) em que fui sócio. Produzi dezenas de artistas e hoje tenho a propriedade de mais de 1.000 fonogramas, espero ver todo esse acervo na WEB disponibilizado para quem interessar em todo o globo. Viva a música!Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-29214705888499360462015-09-08T12:15:00.002-07:002015-09-08T12:15:42.045-07:00JORGE MELLO teve elogios de J. R. Tinhorão para seus álbuns!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVDrLkgcQoQcn5wB-SS66f8KIIaJeAieWERAP4RHmjqoUZ-63jGsSzsLtulsBAD4GlnGAZUYeLGh0hb95-0z3uF8JdYoSywvXFWntsNgyxiheuylfrHzmo6OiOC073P8z0c1hyphenhyphen_H9VN45B/s1600/IMG_0004.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVDrLkgcQoQcn5wB-SS66f8KIIaJeAieWERAP4RHmjqoUZ-63jGsSzsLtulsBAD4GlnGAZUYeLGh0hb95-0z3uF8JdYoSywvXFWntsNgyxiheuylfrHzmo6OiOC073P8z0c1hyphenhyphen_H9VN45B/s320/IMG_0004.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
A crítica especializada, sempre apoiou meu trabalho e colocou os meus álbuns entre os melhores do ano de seus lançamentos. Houve dezenas de críticas dos maiores nomes da imprensa brasileira que escreveram sobre os meus álbuns e sempre foram favoráveis, como na matéria publicada pelo JORNAL DO BRASIL, assinada por José Ramos Tinhorão, crítico dos mais exigentes na nossa imprensa. Essa matéria foi publicada em 1976, no Rio de Janeiro, sobre o meu LP "BESTA FERA - SOU DO TEMPO DO BAIÃO DE DOIS QUE A BESTA FERA NÃO COMEU" Nesse mesmo ano esse meu LP foi indicado o melhor álbum do ano por vários veículos da imprensa do Rio e São Paulo. Leiam:<br />
<br />
<br />Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-66194753482712916032015-03-25T04:30:00.001-07:002015-03-25T04:32:28.790-07:00Filme A NOITE DO ESPANTALHO - de Sérgio Ricardo. Participação no cinema de Jorge Mello.Na década de 70 (1973), fui convidado pelo Sérgio Ricardo a participar de seu filme A NOITE DO ESPANTALHO (lançado em 1974) e fui com todo o elenco e equipe técnica para NOVA JERUSALÉM no Município de Fazenda Nova, interior de Pernambuco para filmar. Ficamos quase seis meses nesse trabalho. No elenco estavam entre outros: Alceu Valença, Geraldinho Azevedo, Rejane Medeiros, Jorge Mello e Tereza Mello. O filme foi premiado internacionalmente em vários festivais de cinema. Publico fotos de Tania Quaresma com uma cena da filmagem e o link do filme. Assista.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiobYFwz82kys5RUdzYBvq67EP4zmMtVYyWU9V5S6O8k9k0Ju4INNIjjbHYk8cOIg4wn6nL86J3pfrXK8s8AJzBFfFa00sZ4HuIHJg-A51dya_Pr_H166jfYRMPBBQedMtoMf5M0qDvose7/s1600/Alceu,+Jorge+Mello,+Rejane+Medeiros.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiobYFwz82kys5RUdzYBvq67EP4zmMtVYyWU9V5S6O8k9k0Ju4INNIjjbHYk8cOIg4wn6nL86J3pfrXK8s8AJzBFfFa00sZ4HuIHJg-A51dya_Pr_H166jfYRMPBBQedMtoMf5M0qDvose7/s1600/Alceu,+Jorge+Mello,+Rejane+Medeiros.jpg" height="244" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Em cena Alceu Valença, Rejane Medeiros e Jorge Mello (carregando a cruz).</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNR6Lqu2wMu32vzufyWhOel2FO7SybsxqpHeMHJXO378WzOBwfyRWn2qB74_RUS4KfUC0SP77eYR5mqVpPJOblh0Nk7JvEox5okT59c3ZEQPRLLM_YrDPM9vhkHD1TUBif1NwSomxLV_a1/s1600/8l.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNR6Lqu2wMu32vzufyWhOel2FO7SybsxqpHeMHJXO378WzOBwfyRWn2qB74_RUS4KfUC0SP77eYR5mqVpPJOblh0Nk7JvEox5okT59c3ZEQPRLLM_YrDPM9vhkHD1TUBif1NwSomxLV_a1/s1600/8l.JPG" height="320" width="214" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Jorge Mello</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Filme A NOITE DO
ESPANTALHO no YouTube - Completo. Lindo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
https://www.youtube.com/watch?v=s8jgajtqIyg</div>
<br />Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-67454923329807074072015-01-20T10:28:00.001-08:002015-01-20T10:29:19.201-08:00ENTREVISTA COM JORGE MELLO<div class="_5pbx userContent" data-ft="{"tn":"K"}" style="font-size: 14px; line-height: 1.38; overflow: hidden;">
<div style="display: inline;">
Espero que dê certo a visita a minha terra, Piripiri no Piauí, para um show que está sendo negociado. Até lá, espero que leiam essa entrevista que dei ao ACESSEAGORA, que foi republicada originalmente pelo compositor Ducival Araujo e recentemente também publicada no facebook pelo músico Rocha Sousa em Teresina. Revelo muito do que sou e penso, sobre música, e a carreira artística que escolhi.</div>
</div>
<div>
<div data-ft="{"tn":"H"}">
<div class="mtm" style="margin-top: 10px;">
<div class="_6m2 _1zpr clearfix _dcs _4_w4 _5cwb" data-ft="{"tn":"H"}" id="u_0_r" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 0px 0px 0px 1.5px inset, rgba(0, 0, 0, 0.0470588) 0px 1px 1px; background-color: white; overflow: hidden; position: relative; z-index: 0; zoom: 1;">
<div class="clearfix _2r3x" style="zoom: 1;">
<div class="lfloat _ohe" style="float: left;">
<span class="_3m6-"></span><br />
<div class="_6ks" style="line-height: 0; position: relative; z-index: 1;">
<span class="_3m6-"><a href="http://www.acesseagora.com/colunas/bastidores/238-bastidores-com-jorge-melo" rel="nofollow" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;" target="_blank"></a></span><br />
<div class="_6l- __c_" style="position: relative;">
<div class="uiScaledImageContainer _6m5 fbStoryAttachmentImage" style="background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat; height: 158px; overflow: hidden; position: relative; width: 158px;">
<span class="_3m6-"><a href="http://www.acesseagora.com/colunas/bastidores/238-bastidores-com-jorge-melo" rel="nofollow" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;" target="_blank"><img alt="" class="scaledImageFitWidth img" height="158" src="https://fbexternal-a.akamaihd.net/safe_image.php?d=AQBic1dETaxpuoZ4&w=158&h=158&url=http%3A%2F%2Fwww.acesseagora.com%2Fimages%2Fthumbnails%2Fimages%2FjORGE_mELO-300x433.jpg&cfs=1&upscale=1&sx=0&sy=0&sw=300&sh=300" style="border: 0px; height: auto; min-height: 100%; position: relative; width: 158px;" width="158" /></a></span></div>
</div>
<span class="_3m6-"><a href="http://www.acesseagora.com/colunas/bastidores/238-bastidores-com-jorge-melo" rel="nofollow" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;" target="_blank">
</a></span></div>
<span class="_3m6-">
</span></div>
<div class="_42ef" style="overflow: hidden;">
<span class="_3c21"></span><br />
<div class="_3ekx">
<div class="_6m3" style="color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12px; height: 132px; line-height: 15.3599996566772px; margin: 10px 12px; position: relative;">
<div class="mbs _6m6" style="-webkit-transition: color 0.1s ease-in-out; font-family: Georgia, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 22px; margin-bottom: 5px; max-height: 110px; overflow: hidden; transition: color 0.1s ease-in-out; word-wrap: break-word;">
<span class="_3c21"><a href="http://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.acesseagora.com%2Fcolunas%2Fbastidores%2F238-bastidores-com-jorge-melo&h=tAQEt9e7h&s=1" rel="nofollow" style="-webkit-transition: color 0.1s ease-in-out; color: #141823; cursor: pointer; text-decoration: none; transition: color 0.1s ease-in-out;" target="_blank">Bastidores com Jorge Mello</a></span></div>
<div class="_6ma">
<div class="_6m7" style="font-family: Helvetica; line-height: 16px; max-height: 80px; overflow: hidden;">
<span class="_3c21">ACESSEAGORA - Jorge Melo como foi a sua infância em Piripiri? JORGE MELO – Foi como a de todos de minha geração.</span></div>
<div class="_59tj" style="bottom: 0px; left: 0px; position: absolute; right: 0px;">
<div class="_6lz _6mb ellipsis" style="color: #9197a3; font-size: 11px; line-height: 11px; overflow: hidden; text-overflow: ellipsis; text-transform: uppercase; white-space: nowrap;">
<span class="_3c21">ACESSEAGORA.COM<span class="phm" style="padding-left: 10px; padding-right: 10px;">|</span>POR REDAÇÃO</span></div>
<div>
<span class="_3c21"><br /></span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<span class="_3c21">
</span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-40864118172806354422014-10-28T10:25:00.000-07:002014-10-28T10:26:53.903-07:00Desenhos e Pinturas<div class="_5pbx userContent" data-ft="{"tn":"K"}" style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.38; overflow: hidden;">
<div style="display: inline;">
Hoje dediquei o dia às artes plásticas. Pintei e revi minhas pinturas e desenhos...!!! Foi proveitoso!!! O quadro 1 é feito com giz colorido; O quadro 2 é com tinta guache; O quadro 3 é pintado com tinta a óleo.</div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 15.3599996566772px;">
<div data-ft="{"tn":"H"}">
<div class="mtm" style="margin-top: 10px;">
<div class="_2a2q" style="height: 470px; overflow: hidden; position: relative; width: 470px;">
<a ajaxify="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10152891130738641&set=pcb.10152891134253641&type=1&src=https%3A%2F%2Fscontent-b-mia.xx.fbcdn.net%2Fhphotos-xpa1%2Fv%2Ft1.0-9%2F559543_10152891130738641_3216523190535593210_n.jpg%3Foh%3D0c59d7753b91b9bb6e25a49b2e677f42%26oe%3D54E5988B&size=420%2C592&source=13&player_origin=unknown" class="_5dec _2a2r" data-ft="{"tn":"E"}" href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10152891130738641&set=pcb.10152891134253641&type=1" rel="theater" style="color: #3b5998; cursor: pointer; display: block; left: 0px; position: absolute; text-decoration: none; top: 0px;"></a><br />
<div class="_46-h" style="height: 470px; overflow: hidden; position: relative; width: 315px;">
<a ajaxify="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10152891130738641&set=pcb.10152891134253641&type=1&src=https%3A%2F%2Fscontent-b-mia.xx.fbcdn.net%2Fhphotos-xpa1%2Fv%2Ft1.0-9%2F559543_10152891130738641_3216523190535593210_n.jpg%3Foh%3D0c59d7753b91b9bb6e25a49b2e677f42%26oe%3D54E5988B&size=420%2C592&source=13&player_origin=unknown" class="_5dec _2a2r" data-ft="{"tn":"E"}" href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10152891130738641&set=pcb.10152891134253641&type=1" rel="theater" style="color: #3b5998; cursor: pointer; display: block; left: 0px; position: absolute; text-decoration: none; top: 0px;"><img alt="Foto de Jorge Mello." class="_46-i img" height="480" src="https://scontent-b-mia.xx.fbcdn.net/hphotos-xpa1/v/t1.0-9/q88/s480x480/559543_10152891130738641_3216523190535593210_n.jpg?oh=5a93fe8ce515d154685ae7ac09fa05f4&oe=54E1D288" style="border: 0px; left: -12px; position: absolute; top: 0px;" width="340" /></a></div>
<a ajaxify="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10152891130738641&set=pcb.10152891134253641&type=1&src=https%3A%2F%2Fscontent-b-mia.xx.fbcdn.net%2Fhphotos-xpa1%2Fv%2Ft1.0-9%2F559543_10152891130738641_3216523190535593210_n.jpg%3Foh%3D0c59d7753b91b9bb6e25a49b2e677f42%26oe%3D54E5988B&size=420%2C592&source=13&player_origin=unknown" class="_5dec _2a2r" data-ft="{"tn":"E"}" href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10152891130738641&set=pcb.10152891134253641&type=1" rel="theater" style="color: #3b5998; cursor: pointer; display: block; left: 0px; position: absolute; text-decoration: none; top: 0px;">
</a><a ajaxify="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10152891131968641&set=pcb.10152891134253641&type=1&src=https%3A%2F%2Fscontent-a-mia.xx.fbcdn.net%2Fhphotos-xfa1%2Fv%2Ft1.0-9%2F10371408_10152891131968641_900797353472264494_n.jpg%3Foh%3Dc6247535ebf93d32043ee2da6a163c48%26oe%3D54EB3D73&size=252%2C596&source=13&player_origin=unknown" class="_5dec _2a2r" data-ft="{"tn":"E"}" href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10152891131968641&set=pcb.10152891134253641&type=1" rel="theater" style="color: #3b5998; cursor: pointer; display: block; left: 317px; position: absolute; text-decoration: none; top: 0px;"><div class="_46-h" style="height: 236px; overflow: hidden; position: relative; width: 153px;">
<img alt="Foto de Jorge Mello." class="_46-i img" height="378" src="https://scontent-a-mia.xx.fbcdn.net/hphotos-xfa1/v/t1.0-9/q91/p160x160/10371408_10152891131968641_900797353472264494_n.jpg?oh=81fd0955b249c57279ee74c335b64e90&oe=54ACA248" style="border: 0px; left: -3px; position: absolute; top: -6px;" width="160" /></div>
</a><a ajaxify="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10152891133223641&set=pcb.10152891134253641&type=1&src=https%3A%2F%2Ffbcdn-sphotos-g-a.akamaihd.net%2Fhphotos-ak-xpa1%2Fv%2Ft1.0-9%2F1460070_10152891133223641_9143304512389910447_n.jpg%3Foh%3Dfbce18cdfb17b512abce4a45f9777504%26oe%3D54F84BEC%26__gda__%3D1420900742_2580e80158a9ee00c9505584db04cbf8&size=474%2C408&source=13&player_origin=unknown" class="_5dec _2a2r" data-ft="{"tn":"E"}" href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10152891133223641&set=pcb.10152891134253641&type=1" rel="theater" style="color: #3b5998; cursor: pointer; display: block; left: 317px; position: absolute; text-decoration: none; top: 238px;"><div class="_46-h" style="height: 232px; overflow: hidden; position: relative; width: 153px;">
<img alt="Foto de Jorge Mello." class="_46-i img" height="240" src="https://fbcdn-sphotos-g-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xpa1/v/t1.0-9/q86/p240x240/1460070_10152891133223641_9143304512389910447_n.jpg?oh=ded55d4d300b4dbf034a39a515ee5adc&oe=54AEA1B0&__gda__=1423776327_a19e17a24d1843781fcfccd00cf61158" style="border: 0px; left: -62px; position: absolute; top: 0px;" width="278" /></div>
</a></div>
</div>
</div>
</div>
<div id="u_hc_8" style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 15.3599996566772px;">
<form action="https://www.facebook.com/ajax/ufi/modify.php" class="live_10152891134253641_316526391751760 commentable_item autoexpand_mode" data-ft="{"tn":"]"}" data-live="{"seq":0}" id="u_hc_5" method="post" rel="async" style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="clearfix" style="zoom: 1;">
<div class="_4bl7 _4bl8" style="float: right; min-height: 1px; word-wrap: break-word;">
<div class="_mq0" id="u_hc_9" style="margin-bottom: -4px; margin-top: 4px;">
<span class="_6vh" data-reactid=".107"></span><br />
<div aria-label="Curtir ou comentar como uma das Páginas que você gerencia." class="_6vi _6a _6b" data-hover="tooltip" data-reactid=".107.1" id="js_a3" style="display: inline-block; vertical-align: middle;" value="790418640">
<div class="uiPopover _6a _6b" data-reactid=".107.1.0" style="display: inline-block; vertical-align: middle;">
<span class="_6vh" data-reactid=".107"><a class="_p _55pi _5vto _55_p _2agf _p _55pi _5vto _55_p _4jy0 _4jy3 _517h _51sy _59pe _42ft" data-reactid=".107.1.0.0" href="https://www.facebook.com/#" role="button" style="-webkit-box-shadow: none; -webkit-font-smoothing: antialiased; background: none 0px -21px; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: 1px solid transparent; box-sizing: content-box; color: #4e5665; cursor: pointer; display: block; font-weight: bold; line-height: 22px; max-width: 16px; padding: 0px 8px; position: relative; text-align: center; text-decoration: none; text-shadow: rgb(255, 255, 255) 0px 1px 0px; vertical-align: middle; white-space: nowrap; word-wrap: normal;"><span class="_55pe" data-reactid=".107.1.0.0.1" style="display: inline-block; max-width: 16px; overflow: hidden; text-overflow: ellipsis; vertical-align: bottom;"><img class="mrs _6vg img" data-reactid=".107.1.0.0.1.0" height="16" src="https://fbstatic-a.akamaihd.net/rsrc.php/v2/yu/r/xRBL9R1K5Po.png" style="border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: 0px; bottom: 1px; margin-right: 4px; position: relative; vertical-align: middle;" width="16" /><span data-reactid=".107.1.0.0.1.1">Jorge Mello</span></span></a></span></div>
</div>
<span class="_6vh" data-reactid=".107">
</span></div>
</div>
</div>
</form>
</div>
Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-72187902437330438442014-10-12T11:26:00.000-07:002014-10-12T11:26:30.914-07:00Jorge Mello no Teatro<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px;">
Tive muitas atuações no teatro em Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo. Mais de duas dezenas de espetáculos tiveram minha participação, seja como ator, como autor da trilha sonora ou como Diretor Musical. E Teca Melo sempre estava presente nesses espetáculos como atriz.<br />Cheguei ao Rio de Janeiro em 1971 e em 1972, eu e Teca Melo atuamos como atores na montagem da peça "O MORRO DO OURO" (de Eduardo Campos), que tem também a trilha de minha autoria em parceria com Belchior. A Direção Musical é minha. No elenco estavam atores de primeira grandeza na época, como Myrian Pércia (nessa foto atuando comigo) e Milton Moraes que fazia a novela na Globo "BANDEIRA DOIS". Essa peça "O MORRO DO OURO", foi encenada em Fortaleza em 1971, no Rio de Janeiro em 1972 e em São Paulo em 1976 e eu e Teca Melo fizemos parte do elenco nas três montagens. Com ela ganhamos o prêmio de MELHOR ESPETÁCULO e outros prêmios no Festival Internacional de Teatro Amador de São José do Rio Preto em 1971.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-top: 6px;">
RELEMBRANÇAS: Jorge Melo e Myrian Péria na encenação de "O MORRO DO OURO", no Rio. 1972. Direção geral de Haro</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWNYKu4bfF8IEyLyQI5vLL-GBAumEXO8P9EicERrqrxCGzu47UwTWQMkpbOhHUWTpp3zqfmuZ-fiNyO8JTH_ZR5Qte7M5YhdkOweOOt0DGuiAo_b-UrGfGZUG-EsAiRFLDKXBFOqoWK1pK/s1600/10687207_388150498005420_1930303305936679470_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWNYKu4bfF8IEyLyQI5vLL-GBAumEXO8P9EicERrqrxCGzu47UwTWQMkpbOhHUWTpp3zqfmuZ-fiNyO8JTH_ZR5Qte7M5YhdkOweOOt0DGuiAo_b-UrGfGZUG-EsAiRFLDKXBFOqoWK1pK/s1600/10687207_388150498005420_1930303305936679470_n.jpg" height="320" width="199" /></a></div>
ldo Serra.Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-52244189481867750712014-09-16T06:06:00.001-07:002014-09-16T06:06:51.606-07:00Jorge Mello no jornal DIÁRIO DO NORDESTE (Fortaleza)<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 9pt; text-transform: uppercase;">DISCOS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 3.75pt; mso-line-height-alt: 11.75pt; mso-outline-level: 1;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 24pt; letter-spacing: -0.75pt;">Redescobrindo a Paraíso<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 9pt;">19.08.2014<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.4pt; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 2;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt; letter-spacing: -0.35pt;">Discos
esquecidos da extinta gravadora de Belchior e Jorge Mello serão digitalizados e
colocados na internet<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14.5pt;"><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter">
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0">
<v:f eqn="sum @0 1 0">
<v:f eqn="sum 0 0 @1">
<v:f eqn="prod @2 1 2">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @0 0 1">
<v:f eqn="prod @6 1 2">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="sum @8 21600 0">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @10 21600 0">
</v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:formulas>
<v:path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f">
<o:lock aspectratio="t" v:ext="edit">
</o:lock></v:path></v:stroke></v:shapetype><v:shape alt="http://www.gstatic.com/orkut/api/orkut_mini-001.gif" id="Imagem_x0020_1" o:spid="_x0000_i1026" style="height: 12pt; mso-wrap-style: square; visibility: visible; width: 12pt;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata o:title="orkut_mini-001" src="file:///C:\Users\JORGEM~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.gif">
</v:imagedata></v:shape></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 3.75pt; margin-top: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 10pt;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]--><a href="http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/caderno-3/redescobrindo-a-paraiso-1.1081521"><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">imprimir</span></a><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 3.75pt; margin-top: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 10pt;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14.5pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 3.75pt; margin-top: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 10pt;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14.5pt;"> </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJ2c2JFDsgo2V7FMVUjumepSElF2s8P-7FM9yWE8OKrvl6WQHnx2q8mD7qxJbp5DiyqXgAF4kZZeXaBvr5uzuZMnQrVqRqv82lsFXLUTlv8ZThl3o7WHMpfflDfDOooIzeY6IR7vxhSyGR/s1600/image.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJ2c2JFDsgo2V7FMVUjumepSElF2s8P-7FM9yWE8OKrvl6WQHnx2q8mD7qxJbp5DiyqXgAF4kZZeXaBvr5uzuZMnQrVqRqv82lsFXLUTlv8ZThl3o7WHMpfflDfDOooIzeY6IR7vxhSyGR/s1600/image.jpg" height="320" width="311" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 17.4pt; margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><a href="http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/polopoly_fs/1.1081611!/image/image.jpg" title=""" "><b><span style="color: #09824e; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes; text-decoration: none; text-underline: none;"><v:shape alt="redescobrindo a paraiso" href="http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/polopoly_fs/1.1081611!/image/image.jpg" id="Imagem_x0020_2" o:button="t" o:spid="_x0000_i1025" style="height: 239.25pt; mso-wrap-style: square; visibility: visible; width: 232.5pt;" title="""" type="#_x0000_t75">
<v:fill o:detectmouseclick="t">
<v:imagedata o:title="redescobrindo a paraiso" src="file:///C:\Users\JORGEM~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image002.jpg">
</v:imagedata></v:fill></v:shape></span></b></a></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.4pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">Um verdadeiro tesouro da música popular
brasileira, enterrado em antigas fitas magnéticas e ou LPs, há décadas fora de
catálogo, está prestes a ser reavido. A internet será o próximo destino de um
acervo com cerca de 1 mil fonogramas, que inclui discos antológicos de Antônio
Carlos Belchior, produções coletivas de artistas cearenses que se destacavam na
década de 1980, e até raridades improváveis, como o disco "Sumaré",
de Bernardo Neto, encartado em edição da lendária Revista O Saco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.4pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">Os fonogramas compõem cerca de 100
álbuns, entre LPs e CDs, produzido pela extinta Paraíso Discos, gravadora
criada pelo próprio Belchior, em 1982, em sociedade com o advogado, arranjador,
e parceiro de várias de suas canções, Jorge Mello.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.4pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">A princípio, o problema era jurídico:
sem o aval dos dois sócios nenhum dos álbuns que produziram poderiam ser
reeditados. Ato simples, que tornou-se praticamente impossível após o
isolamento que Belchior se impôs nos últimos oito anos. "Eu fui sócio do
Belchior por 22 anos. Com o sumiço dele, imagina o desespero de todos
nós", lembra Jorge, diante a possibilidade de ver fora de catálogo até
mesmo suas próprias músicas. "Ele é o maior interprete da minha obra.
Gravou mais de 20 músicas minhas. E é também meu maior parceiro, com 40 músicas
juntos, das quais, umas cinco estão inéditas", ilustra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.4pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">A internet surgiu para Jorge como a
milagrosa solução ao impasse. Em termos jurídicos, explica, disponibilizar os
discos na web não se configura um ato de produção, e sim, de utilização,
portanto, poderia ser feito sem a assinatura do músico. "A conversão para
o digital só envolve direito. E isso, minha administradora pode fazer, porque
ela administra direito e não produto. Isso é a diferença", detalha o músico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">Produções</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.4pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">No casting da gravadora - que tinha
distribuição nacional, primeiro pela Odeon, depois pela Continental, Warner e
Camerati - de início, estavam artistas cearenses, boa parte deles, oriundos da
Massafeira Livre, encontro que mobilizou diferentes linguagens, em 1979, no
Theatro José de Alencar (TJA). Lançaram pelo selo Graccho, Mona Gadelha,
Antônio Brasileiro, Ângela Linhares, Pekin, Caio Sílvio, Teresinha Silveira,
Lúcia Menezes, Aparecida Silvino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.4pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">"Fizemos dois discos do Lúcio
Ricardo. Aproveitamos esse pessoal logo no começo e até fizemos um disco
'Pessoal do Ceará', com um outro pessoal do Ceará", lembra Jorge, sobre o
disco coletivo "Aquele Flash!" (1986).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.4pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">Os dois sócios também editaram seu
próprios discos, como os enigmáticos "Cenas dos Próximos Capítulos"
(1984) e Bahiuno (1993), de Belchior; e, de Jorge Mello, o compacto "Na
Asa do Avião" (1985) e "Um Trovador Eletrônico" (1987). Também
discos como "Country Beatles" (1986), do grupo Dollar Company, um dos
orgulhos de Jorge. "Tenho carta do Paul McCartney, na época, autorizando a
gravação das músicas. Coisa que as grandes gravadoras não conseguiram",
lembra, sobre o disco que ajudou a alavancar a produção da empresa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.4pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">Estão, ainda, na relação a ser lançada
na internet, títulos lançados por Jorge em outros selos, Terramarear e JMT,
como os LPs "Bar da Noite" (1984) e "Marcas" (1986), de
Terezinha Silveira, "Em preto e branco" (1985), de Antônio Brasileiro
(1985), e os CDs "O Amanhã Será Melhor" (2002), de Iris Thompson, e
"Trilha das águas" (1999), de Jairo Mozart.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.4pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">"Nós encampávamos projetos de
vanguarda. Mesmo só, continuei fazendo isso. A Iris Thompson, que era pianista
e também escultora, foi destaque na primeira edição da Bienal de Arte de São
Paulo, em 1951. Gravamos ela ao piano, com 94 anos de idade, e chamamos para
cantar as músicas Gilberto Gil, Almir Sater, Luiz Melodia, Moraes Moreira, Na
Ozetti...", destaca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">Digitalização</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.4pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">A Paraíso Discos foi criada por
iniciativa de Belchior, no início dos anos 1980, e a parceria entre os dois
durou até 1995, quando Jorge saiu da sociedade. O advogado conservou o acervo
em seu escritório, ainda que não estivesse certo sobre o destino que lhe seria
dado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.4pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">"Eu mantive contato com empresas
que faziam esse trabalho de disponibilizar na internet, mas a maioria queria
que entregasse o acervo digitalizado", explica, lembrando que, atualmente,
em São Paulo, apenas dois estúdios possuem o maquinário capaz de digitalizar as
antigas fitas, e cobrando cerca de R$ 300/ hora. "Como vou fazer isso em
um patrimônio de mais de 1 mil fonogramas? Tinha que ter grana para
investir", diz. O entrave só foi superado, em parte, recentemente, com
parceria com a Genesis Music, empresa que se disponibilizou a fazer a
conversão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.4pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">O processo, que está sendo realizada
diretamente das fitas em 36, 24, 12 e 8 canais, no entanto, esbarra ainda na
necessidade de se gerar um código de registros ISRC para cada fonograma, o que,
segundo Mello, exige que para cada faixa digitalizada, estejam cadastrados os
dados não só dos autores, como de cada músico que tocou na gravação.
"Antigamente, utilizávamos um registro mais simples, que não era tão
detalhado. Eu tenho que achar o baterista que gravou para mim na década de
1980, ou o cara que gravou flauta. É um desafio Hercúleo", reforça, adiantando
que, até o momento, apenas seis dos 100 discos foram digitalizados. Ainda que o
caminho seja longo, Jorge Mello garante que completará a missão e comemora,
"enquanto estava na minha prateleira, estava morto. Agora virou um
sinal".<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">Fábio Marques</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;"><br />
Repórter<o:p></o:p></span></div>
Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-68507520869533477532014-09-16T05:37:00.001-07:002014-09-16T05:37:13.301-07:00Jorge Mello no Jornal O POVO (Fortaleza)<div id="slotTopo" style="background-color: white; border: 0px; color: #666666; float: left; font-family: MyriadPro, Tahoma; font-size: 12px; list-style: none; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; position: relative; width: 980px; z-index: 2;">
<div class="cxMiniMenu" style="background: none 0px 0px repeat scroll rgb(241, 241, 241); border: 0px; float: left; height: 24px; list-style: none; margin: 0px; padding: 6px 30px 0px 6px; width: 644px;">
<ul class="miniMenu" style="border: 0px; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
<li style="border-left-color: rgb(221, 221, 221); border-left-style: solid; border-width: 0px 0px 0px 1px; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 2px 5px; text-transform: uppercase;"><h2 style="border: 0px; font-size: 12px; font-weight: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
<a href="http://www.opovo.com.br/servicos/" style="border: 0px; color: #777777; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">IÇOS</a></h2>
</li>
<li style="border-left-color: rgb(221, 221, 221); border-left-style: solid; border-width: 0px 0px 0px 1px; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 2px 5px; text-transform: uppercase;"><h2 style="border: 0px; font-size: 12px; font-weight: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
<a href="http://www.opovo.com.br/vocefazopovo/" style="border: 0px; color: #777777; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">VOCÊ FAZ O POVO</a></h2>
</li>
<li style="border-left-color: rgb(221, 221, 221); border-left-style: solid; border-width: 0px 0px 0px 1px; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 2px 5px; text-transform: uppercase;"><h2 style="border: 0px; font-size: 12px; font-weight: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
<a href="http://www.opovo.com.br/mobile/" style="border: 0px; color: #777777; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">MOBILE</a></h2>
</li>
<li style="border-left-color: rgb(221, 221, 221); border-left-style: solid; border-width: 0px 0px 0px 1px; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 2px 5px; text-transform: uppercase;"><h2 style="border: 0px; font-size: 12px; font-weight: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
<a href="http://www.opovo.com.br/acervo/" style="border: 0px; color: #777777; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">ACERVO</a></h2>
</li>
<li style="border-left-color: rgb(221, 221, 221); border-left-style: solid; border-width: 0px 0px 0px 1px; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 2px 5px; text-transform: uppercase;"><h2 style="border: 0px; font-size: 12px; font-weight: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
<a class="fcomgente" href="http://www.opovo.com.br/falecomaeditoria/" style="border: 0px; color: #777777; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">FALE COM A GENTE</a></h2>
</li>
</ul>
</div>
<div class="busca" style="background: none 0px 0px repeat scroll rgb(241, 241, 241); border: 0px; float: right; height: 16px; list-style: none; margin: 0px; padding: 4px 0px 10px; width: 300px;">
<div class="redes" style="border: 0px; list-style: none; padding: 0px;">
</div>
<form action="http://www.opovo.com.br/busca/" style="background: rgb(255, 255, 255); border-color: rgb(153, 153, 153) rgb(221, 221, 221) rgb(221, 221, 221) rgb(153, 153, 153); border-style: solid; border-width: 1px; float: left; height: 20px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; width: 207px;">
<input class="campo" id="search" name="q" style="border-width: 0px; color: #999999; float: left; font-family: MyriadPro; list-style: none; margin: 0px; padding: 4px 10px 0px; width: 160px;" type="text" value="Busca" /><input class="button" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: url(http://imgs.opovo.com.br/imgs/iconesCinza.png); background-origin: initial; background-position: 0px -84px; background-repeat: no-repeat; background-size: initial; border: 0px; color: #999999; cursor: pointer; font-size: 0px; height: 22px; list-style: none; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; position: relative; text-indent: -5000px; top: 0px; width: 20px;" type="submit" value="Buscar" /></form>
<div class="cxCompartilhe" style="border: 0px; float: right; list-style: none; margin: 4px 0px 0px; padding: 0px; width: 90px;">
<div class="addthis_toolbox addthis_default_style " style="border: 0px; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
<a class="addthis_button_google_plusone at300b" href="https://www.blogger.com/null" style="border: 0px; cursor: pointer; display: block; float: left; height: 15px; list-style: none; margin: 0px 0px 0px 5px; overflow: hidden; padding: 0px; width: 24px;"><div id="___plusone_1" style="background: transparent; border: 0px none; display: inline-block; float: none; font-size: 1px; height: 15px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 70px;">
<iframe data-gapiattached="true" frameborder="0" hspace="0" id="I1_1410870738350" marginheight="0" marginwidth="0" name="I1_1410870738350" scrolling="no" src="https://apis.google.com/u/0/se/0/_/+1/fastbutton?usegapi=1&size=small&hl=en&origin=http%3A%2F%2Fwww.opovo.com.br&url=http%3A%2F%2Fwww.opovo.com.br%2Fapp%2Fopovo%2Fvidaearte%2F2014%2F09%2F02%2Fnoticiasjornalvidaearte%2C3307663%2Fraridades-musicais-de-antigo-selo-do-belchior-estao-no-itunes.shtml&gsrc=3p&ic=1&jsh=m%3B%2F_%2Fscs%2Fapps-static%2F_%2Fjs%2Fk%3Doz.gapi.pt_PT.5udVWGRPPVE.O%2Fm%3D__features__%2Fam%3DAQ%2Frt%3Dj%2Fd%3D1%2Ft%3Dzcms%2Frs%3DAItRSTPU09E-yO-_uQpheIPyrFmEnOBqiQ#_methods=onPlusOne%2C_ready%2C_close%2C_open%2C_resizeMe%2C_renderstart%2Concircled%2Cdrefresh%2Cerefresh&id=I1_1410870738350&parent=http%3A%2F%2Fwww.opovo.com.br&pfname=&rpctoken=49396074" style="border-style: none; border-width: 0px; height: 15px; left: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; position: static; top: 0px; visibility: visible; width: 70px;" tabindex="0" title="+1" vspace="0" width="100%"></iframe></div>
</a><a class="addthis_button_twitter compartilhe at300b" href="http://imgs.opovo.com.br/#" style="background: url(http://imgs.opovo.com.br/imgs/miniCompartilhe.png) 0px -34px no-repeat; border: 0px; cursor: pointer; display: block; float: left; height: 15px; list-style: none; margin: 0px 0px 0px 5px; overflow: hidden; padding: 0px; text-decoration: none; width: 14px;" title="Tweet" tw:via="opovoonline"></a><a class="addthis_button_facebook compartilhe at300b" href="http://imgs.opovo.com.br/#" style="background: url(http://imgs.opovo.com.br/imgs/miniCompartilhe.png) 0px 0px no-repeat; border: 0px; cursor: pointer; display: block; float: left; height: 15px; list-style: none; margin: 0px 0px 0px 5px; overflow: hidden; padding: 0px; text-decoration: none; width: 14px;" title="Facebook"></a><a class="rss compartilhe" href="http://www.opovo.com.br/rss/" style="background: url(http://imgs.opovo.com.br/imgs/miniCompartilhe.png) 0px -68px no-repeat; border: 0px; display: block; float: left; height: 15px; list-style: none; margin: 0px 0px 0px 4px; overflow: hidden; padding: 0px; text-decoration: none; text-indent: -5000px; width: 14px;">rss</a><div class="atclear" style="border: 0px; clear: both; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
</div>
</div>
<a class="link-assine link-assine-small topo-assine" href="http://assine.opovo.com.br/" style="background-color: #0079c1; background-image: url(http://imgs.opovo.com.br/imgs/bg-assine-edimpresso.png); background-position: -3px 50%; background-repeat: no-repeat; border: 0px; color: rgb(255, 255, 255) !important; display: block; font-size: 14px; list-style: none; margin: 3px 0px 0px; padding: 7px 4px 7px 50px; position: absolute; right: -140px; text-decoration: none; text-indent: -99999px; text-transform: capitalize; top: 260px; width: 66px;" target="_blank">Assine Já</a></div>
</div>
</div>
<div id="slotConteudo" style="background-color: white; border: 0px; color: #666666; float: left; font-family: MyriadPro, Tahoma; font-size: 12px; list-style: none; margin: 0px 20px 0px 0px; padding: 0px; position: relative; width: 660px;">
<img src="http://app.opovo.com.br/access/noticia_132346504881/3307663/142/eq.gif" style="background: none; border-bottom-left-radius: 4px; border-bottom-right-radius: 4px; border-top-left-radius: 4px; border-top-right-radius: 4px; border: 0px; display: block; font-size: 8px; list-style: none; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; text-indent: -5000px;" /><span id="ant-prox_nav" style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;"></span><div class="interna-noticia novo" style="border: 0px; float: left; font-family: MyriadPro; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; width: 530px;">
<div class="jump" style="border: 0px; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; width: 660px;">
<span class="f-cor f-upper" style="border: 0px; color: #0079c1; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; text-transform: uppercase;">MÚSICA. ACERVO ONLINE</span> <span style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">02/09/2014</span></div>
<h1 style="border: 0px; color: black; float: left; font-size: 30px; font-weight: lighter; list-style: none; margin: 5px 0px 20px; padding: 0px; width: 660px;">
Raridades musicais de antigo selo do Belchior estão no Itunes</h1>
<span class="i-n-resumo" style="border: 0px; color: #999999; float: left; font-size: 18px; list-style: none; margin: 0px 0px 25px; padding: 0px; width: 660px;">Dono de um imenso acervo de discos e documentos, o compositor Jorge Mello torna pública sua coleção que inclui gravações inéditas do "pessoal do Ceará"</span><div class="i-n-ctrl" style="border-bottom-color: rgb(246, 246, 246); border-bottom-style: solid; border-width: 0px 0px 1px; float: left; list-style: none; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; width: 660px;">
<span class="aba-ctrl ativo" id="butt-noticia" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-color: rgb(246, 246, 246) rgb(246, 246, 246) white; border-style: solid; border-top-left-radius: 5px; border-top-right-radius: 5px; border-width: 1px; color: black; cursor: pointer; float: left; list-style: none; margin: 0px 5px -1px 0px; padding: 6px 10px 5px; position: relative; text-transform: uppercase; z-index: 1;">NOTÍCIA</span><span class="aba-ctrl" id="butt-comment" style="background: rgb(230, 230, 230); border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-color: rgb(246, 246, 246) rgb(246, 246, 246) rgb(230, 230, 230); border-left-style: solid; border-left-width: 1px; border-right-style: solid; border-right-width: 1px; border-top-left-radius: 5px; border-top-right-radius: 5px; border-top-style: solid; border-top-width: 1px; cursor: pointer; float: left; list-style: none; margin: 0px 5px -1px 0px; padding: 6px 10px 5px; text-transform: uppercase;"><span class="f-cor" style="border: 0px; color: #0079c1; font-size: 13px; list-style: none; margin: 0px 4px 0px -2px; padding: 0px;">0</span> <span class="f-upper" style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">COMENTÁRIOS</span></span><div class="i-n-controle i-n-controle-novo" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; float: right; list-style: none; margin: 0px; padding: 5px 0px 0px; width: 170px;">
<span class="i-print" style="background: url(http://imgs.opovo.com.br/imgs/interna.png) -124px -18px rgb(0, 121, 193); border-right-color: rgb(241, 241, 241); border-right-style: solid; border-width: 0px 1px 0px 0px; color: #0079c1; cursor: pointer; display: block; float: left; height: 18px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px 10px 0px 25px; position: relative; z-index: 1;"></span><span class="i-mais" style="background: url(http://imgs.opovo.com.br/imgs/interna.png) -200px -18px rgb(0, 121, 193); border-right-color: rgb(241, 241, 241); border-right-style: solid; border-width: 0px 1px 0px 0px; color: #0079c1; cursor: pointer; display: block; float: left; height: 18px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px 10px 0px 25px; position: relative; z-index: 1;"></span><span class="i-menos no-b" style="background: url(http://imgs.opovo.com.br/imgs/interna.png) -223px -18px rgb(0, 121, 193); border: 0px; color: #0079c1; cursor: pointer; display: block; float: left; height: 18px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px 10px 0px 25px; position: relative; z-index: 1;"></span></div>
</div>
<div id="corpo-noticia" style="border: 0px; float: left !important; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; width: 660px !important;">
<div class="interna-autores" style="border: 0px; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; width: 530px;">
<div class="autor-box" style="background: rgb(237, 237, 237); border: 0px; float: left; list-style: none; margin: 20px 10px 20px 0px; padding: 5px 3px; width: 245px;">
<img class="left" src="http://imgs.opovo.com.br/imgs/autores/MarcosSampaio.jpg" style="background: none; border-bottom-left-radius: 4px; border-bottom-right-radius: 4px; border-top-left-radius: 4px; border-top-right-radius: 4px; border: 0px; display: block; float: left; font-size: 8px; height: 29px; list-style: none; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; text-indent: -5000px; width: 50px;" /><strong style="border: 0px; color: black; float: left; font-family: MyriadProSemiBold; font-size: 11px; list-style: none; margin: 3px 0px 0px 5px; padding: 0px; width: 164px;">Marcos Sampaio</strong><a href="mailto:marcossampaio@opovo.com.br" style="border: 0px; color: black; float: left; font-size: 11px; list-style: none; margin: 0px 0px 0px 5px; padding: 0px; text-decoration: none;">marcossampaio@opovo.com.br</a></div>
</div>
<div class="i-n-abas" style="border: 0px; float: left; list-style: none; margin: 15px 20px 0px 0px; padding: 0px; position: relative;">
<div class="abas-area" style="border: 0px; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
<div id="foto" style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
<span class="jump" style="border: 0px; color: #999999; float: left; font-size: 10px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; right: 0px; text-align: right; text-transform: uppercase; top: -15px; width: auto;">EDIMAR SOARES</span><div class="foto-img" style="border: 0px; float: left; list-style: none; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; position: relative;">
<a class="fzoom" href="http://imgs.opovo.com.br/app/noticia_132346504881/2014/09/02/3307663/8.jpg" style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" title="Jorge Mello: parceiro de Belchior na gravadora Paraíso Discos possui um acervo com mais de mil fonogramas"><img src="http://imgs.opovo.com.br/app/noticia_132346504881/2014/09/02/3307663/8.jpg" style="background: none; border-bottom-left-radius: 4px; border-bottom-right-radius: 4px; border-top-left-radius: 4px; border-top-right-radius: 4px; border: 0px; display: block; float: left; font-size: 8px; list-style: none; margin: 0px; max-width: 350px; overflow: hidden; padding: 0px; text-indent: -5000px; width: 350px;" /></a></div>
<div class="foto-legenda" style="background: rgb(153, 153, 153); border: 0px; clear: both; color: white; list-style: none; margin: 0px; max-width: 320px; padding: 7px 15px; position: relative; top: -12px; width: 320px;">
Jorge Mello: parceiro de Belchior na gravadora Paraíso Discos possui um acervo com mais de mil fonogramas</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="interna-lateral" style="border: 0px; float: right !important; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; width: 110px;">
<div class="i-l-destaque" style="background: rgb(247, 247, 247); border: 0px; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 15px 10px; width: 90px;">
<div class="selo-especial" style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px 0px 0px -15px; padding: 0px;">
<a href="https://www.blogger.com/null" style="border: 0px; color: black; display: block; float: left; list-style: none; margin: 0px 0px 0px 7px; padding: 0px; width: 105px;" target="_blank"><img alt="" style="background: none; border-bottom-left-radius: 4px; border-bottom-right-radius: 4px; border-top-left-radius: 4px; border-top-right-radius: 4px; border: 0px; display: block; font-size: 8px; list-style: none; margin: 0px 0px 0px 7px; overflow: hidden; padding: 0px; text-indent: -5000px; width: 90px;" /></a></div>
<a href="http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2014/09/02/noticiasjornalvidaearte,3307663/raridades-musicais-de-antigo-selo-do-belchior-estao-no-itunes.shtml" style="border-top-color: rgb(255, 255, 255); border-top-style: solid; border-width: 2px 0px 0px; color: black; float: left; list-style: none; margin: 5px 0px 0px; padding: 5px 0px 0px; text-decoration: none; width: 90px;"><span class="mini-title" style="border: 0px; color: #0079c1; display: block; float: left; list-style: none; margin: 10px 0px 5px; padding: 0px; text-transform: uppercase; width: 90px;">MÚSICA. ACERVO ONLINE</span><span class="destaque-strong" style="border: 0px; clear: both; display: block; font-size: 14px; list-style: none; margin: 0px 0px 5px; overflow: hidden; padding: 0px;">Raridades musicais de antigo selo do Belchior estão no Itunes</span><span class="i-comment" style="background: url(http://imgs.opovo.com.br/imgs/baloes.png) 0px 2px no-repeat; border: 0px; color: #999999; display: block; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 1px 0px 1px 16px;">(0)</span></a><a href="http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2014/09/02/noticiasjornalvidaearte,3307686/rock-n-roll-em-dose-dupla-no-complexo-armazem.shtml" style="border-top-color: rgb(255, 255, 255); border-top-style: solid; border-width: 2px 0px 0px; color: black; float: left; list-style: none; margin: 5px 0px 0px; padding: 5px 0px 0px; text-decoration: none; width: 90px;"><span class="mini-title" style="border: 0px; color: #0079c1; display: block; float: left; list-style: none; margin: 10px 0px 5px; padding: 0px; text-transform: uppercase; width: 90px;">SHOW. KRISIUN E CAVALERA CONSPIRACY</span><span class="destaque-strong" style="border: 0px; clear: both; display: block; font-size: 14px; list-style: none; margin: 0px 0px 5px; overflow: hidden; padding: 0px;">Rock'n' roll em dose dupla no Complexo Armazém</span><span class="i-comment" style="background: url(http://imgs.opovo.com.br/imgs/baloes.png) 0px 2px no-repeat; border: 0px; color: #999999; display: block; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 1px 0px 1px 16px;">(0)</span></a><a href="http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2014/09/02/noticiasjornalvidaearte,3307673/delicadeza-do-dia.shtml" style="border-top-color: rgb(255, 255, 255); border-top-style: solid; border-width: 2px 0px 0px; color: black; float: left; list-style: none; margin: 5px 0px 0px; padding: 5px 0px 0px; text-decoration: none; width: 90px;"><span class="mini-title" style="border: 0px; color: #0079c1; display: block; float: left; list-style: none; margin: 10px 0px 5px; padding: 0px; text-transform: uppercase; width: 90px;"></span><span class="destaque-strong" style="border: 0px; clear: both; display: block; font-size: 14px; list-style: none; margin: 0px 0px 5px; overflow: hidden; padding: 0px;">Delicadeza do dia</span><span class="i-comment" style="background: url(http://imgs.opovo.com.br/imgs/baloes.png) 0px 2px no-repeat; border: 0px; color: #999999; display: block; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 1px 0px 1px 16px;">(0)</span></a></div>
</div>
<div class="i-n-controle i-n-controle-peq" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 1px solid rgb(246, 246, 246); clear: left; float: left; list-style: none; margin: 0px 10px 10px 0px; padding: 10px; width: 120px !important;">
<div class="right right-novo" style="border: 0px; float: none; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
<div id="fb-root" style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
</div>
<div class="fb-like fb_iframe_widget" data-action="recommend" data-font="tahoma" data-layout="button_count" data-send="false" data-show-faces="false" data-width="100" fb-iframe-plugin-query="action=recommend&app_id=&font=tahoma&href=http%3A%2F%2Fwww.opovo.com.br%2Fapp%2Fopovo%2Fvidaearte%2F2014%2F09%2F02%2Fnoticiasjornalvidaearte%2C3307663%2Fraridades-musicais-de-antigo-selo-do-belchior-estao-no-itunes.shtml&layout=button_count&locale=pt_BR&sdk=joey&send=false&show_faces=false&width=100" fb-xfbml-state="rendered" style="border: 0px; display: inline-block; float: none; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; position: relative;">
<span style="border-right-color: rgb(241, 241, 241); border-right-style: solid; border-width: 0px 1px 0px 0px; color: #0079c1; cursor: pointer; display: inline-block; float: left; height: 20px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px 10px 0px 0px; position: relative; text-align: justify; vertical-align: bottom; width: 129px; z-index: 1;"><iframe allowtransparency="true" class="" frameborder="0" height="1000px" name="ff7ab623" scrolling="no" src="http://www.facebook.com/plugins/like.php?action=recommend&app_id=&channel=http%3A%2F%2Fstatic.ak.facebook.com%2Fconnect%2Fxd_arbiter%2FZEbdHPQfV3x.js%3Fversion%3D41%23cb%3Df2792b15c%26domain%3Dwww.opovo.com.br%26origin%3Dhttp%253A%252F%252Fwww.opovo.com.br%252Ff285bc6fe8%26relation%3Dparent.parent&font=tahoma&href=http%3A%2F%2Fwww.opovo.com.br%2Fapp%2Fopovo%2Fvidaearte%2F2014%2F09%2F02%2Fnoticiasjornalvidaearte%2C3307663%2Fraridades-musicais-de-antigo-selo-do-belchior-estao-no-itunes.shtml&layout=button_count&locale=pt_BR&sdk=joey&send=false&show_faces=false&width=100" style="border-style: none; height: 20px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; visibility: visible; width: 129px;" title="fb:like Facebook Social Plugin" width="100px"></iframe></span></div>
<div addthis:title="Raridades musicais de antigo selo do Belchior estão no Itunes" class="addthis_toolbox addthis_default_style" style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
<a class="addthis_button_tweet at300b" href="https://www.blogger.com/null" style="border: 0px; cursor: pointer; float: left; list-style: none; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px 2px; width: 87px;" tw:via="opovoonline"><iframe allowtransparency="true" class="twitter-share-button twitter-tweet-button twitter-share-button twitter-count-horizontal" data-twttr-rendered="true" frameborder="0" id="twitter-widget-0" scrolling="no" src="http://platform.twitter.com/widgets/tweet_button.1410542722.html#_=1410870742490&count=horizontal&counturl=http%3A%2F%2Fwww.opovo.com.br%2Fapp%2Fopovo%2Fvidaearte%2F2014%2F09%2F02%2Fnoticiasjornalvidaearte%2C3307663%2Fraridades-musicais-de-antigo-selo-do-belchior-estao-no-itunes.shtml&id=twitter-widget-0&lang=pt&original_referer=http%3A%2F%2Fwww.opovo.com.br%2Fapp%2Fopovo%2Fvidaearte%2F2014%2F09%2F02%2Fnoticiasjornalvidaearte%2C3307663%2Fraridades-musicais-de-antigo-selo-do-belchior-estao-no-itunes.shtml&size=m&text=Raridades%20musicais%20de%20antigo%20selo%20do%20Belchior%20est%C3%A3o%20no%20Itunes&url=http%3A%2F%2Fwww.opovo.com.br%2Fapp%2Fopovo%2Fvidaearte%2F2014%2F09%2F02%2Fnoticiasjornalvidaearte%2C3307663%2Fraridades-musicais-de-antigo-selo-do-belchior-estao-no-itunes.shtml%23.VBgtzC0xoII.twitter&via=opovoonline" style="border-width: 0px; height: 20px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; width: 123px;" title="Twitter Tweet Button"></iframe></a><a class="addthis_button_google_plusone at300b" g:plusone:size="medium" href="https://www.blogger.com/null" style="border: 0px; cursor: pointer; float: left; list-style: none; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px 2px; width: 70px;"><div id="___plusone_2" style="background: transparent; border: 0px none; display: inline-block; float: none; font-size: 1px; height: 20px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 90px;">
<iframe data-gapiattached="true" frameborder="0" hspace="0" id="I2_1410870738649" marginheight="0" marginwidth="0" name="I2_1410870738649" scrolling="no" src="https://apis.google.com/u/0/se/0/_/+1/fastbutton?usegapi=1&size=medium&hl=en&origin=http%3A%2F%2Fwww.opovo.com.br&url=http%3A%2F%2Fwww.opovo.com.br%2Fapp%2Fopovo%2Fvidaearte%2F2014%2F09%2F02%2Fnoticiasjornalvidaearte%2C3307663%2Fraridades-musicais-de-antigo-selo-do-belchior-estao-no-itunes.shtml&gsrc=3p&ic=1&jsh=m%3B%2F_%2Fscs%2Fapps-static%2F_%2Fjs%2Fk%3Doz.gapi.pt_PT.5udVWGRPPVE.O%2Fm%3D__features__%2Fam%3DAQ%2Frt%3Dj%2Fd%3D1%2Ft%3Dzcms%2Frs%3DAItRSTPU09E-yO-_uQpheIPyrFmEnOBqiQ#_methods=onPlusOne%2C_ready%2C_close%2C_open%2C_resizeMe%2C_renderstart%2Concircled%2Cdrefresh%2Cerefresh&id=I2_1410870738649&parent=http%3A%2F%2Fwww.opovo.com.br&pfname=&rpctoken=14875717" style="border-style: none; border-width: 0px; height: 20px; left: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; position: static; top: 0px; visibility: visible; width: 90px;" tabindex="0" title="+1" vspace="0" width="100%"></iframe></div>
</a><a class="pin-it-button" href="https://www.blogger.com/null" style="border: 0px; float: left; list-style: none; margin: 0px 15px 10px 0px; padding: 0px;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibVCwi1kZ4rdGzb9nLJ-M_TRgXKfZV9DJP1fHV-rp6yI-yOFCumhjmO9rySwx657q9Cgw9oMVHZurQDP552BCyMTZvw_vpjnbOUPMX315mEj27QQPvbQMnFwHbo_rM1mBndf0bktUgQ_js/s1600/pinmask2.png" style="background: none; border-bottom-left-radius: 4px; border-bottom-right-radius: 4px; border-top-left-radius: 4px; border-top-right-radius: 4px; border: none; display: block; font-size: 8px; list-style: none; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; text-indent: -5000px;" /></a><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=250&pubid=ra-4ef8d7f05ba21d02" style="border: 0px; cursor: pointer; float: left; list-style: none; margin: 3px 0px 0px; padding: 0px; text-decoration: none;"><img alt="Compartilhar" height="16" src="http://imgs.opovo.com.br/imgs/sm-share-br.gif" style="background: none; border-bottom-left-radius: 4px; border-bottom-right-radius: 4px; border-top-left-radius: 4px; border-top-right-radius: 4px; border: 0px; display: block; font-size: 8px; list-style: none; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; text-indent: -5000px;" width="83" /></a><div class="atclear" style="border: 0px; clear: both; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="noticia-corpo" style="border: 0px; font-size: 18px; line-height: 21px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; width: 530px;">
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
Diariamente, Jorge Mello olha para um tesouro de fazer inveja a Matarazzos e Batistas. Mas não é em cifrões que se mede esse patrimônio, cujo valor é incalculável. Memorialista, segundo a própria definição, o piauiense de Piripiri guarda caixas e mais caixas com pedaços importantes da cultura brasileira. São muitos quilos de antigas fitas de rolo com gravações raríssimas de Luiz Gonzaga, Egberto Gismonti, Gilberto Gil e muitos outros. </div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
O acervo fez parte da extinta Paraíso Discos, gravadora que fundou com o amigo e sócio Belchior. Metade dos originais ficaram com Jorge Mello, que já começou a disponibilizar esse material no Itunes. São mais de mil fonogramas, dos quais um quarto já foi digitalizado em parceria com a empresa francesa Gênesis Music. “Na nuvem, não é finito. Fica tudo disponível eternamente para o mundo inteiro”, comemora Mello, que precisa localizar os músicos que participaram dos outros discos para gerar o ISRC (código internacional de identificação de obras) e também disponibilizá-los.</div>
<br style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;" /><div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
Cantor, compositor e advogado especialista em direitos autorais, Jorge Mello conheceu Belchior nos tempos da faculdade e, tendo a música como liga, tornaram-se grandes amigos. Depois de dividir noites no bar do Anísio -antigo endereço da boêmia cearense -, a dupla integrou a leva de artistas que mudou-se para o Sudeste na década de 1970. Tempos depois, a música de Belchior ganhou as rádios e prestígio. A de Mello ficou no prestígio, principalmente com a crítica especializada. Em 1980, o compositor de “A palo seco” chamou o amigo para fundar a Paraíso Discos, onde o primeiro entraria com o cacife para atrair clientes e o segundo, músico de formação, seria o responsável pelos arranjos e produções.</div>
<br style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;" /><div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
A parceria deu certo e atraiu artistas do Brasil inteiro, todos dispostos a realizar trabalhos além do convencional. Um deles foi Oswaldinho do Acordeon, que teve suas primeiras gravações feitas com eles. A parceria de Mello e Belchior rendeu dinheiro e amizade, mas se encerrou em 1995. “Muita gente me pergunta, mas não houve briga”, comenta Mello, explicando que o pivô da separação foi o desejo do sócio de comprar um estúdio. Na sua avaliação, não valeria a pena, num tempo em que os computadores já estavam barateando custos de gravação.</div>
<br style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;" /><div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
Como, na época, Jorge Mello já estava iniciando a JMT Produções, aceitou o fim da sociedade e combinou com Belchior que cada um ficaria com metade do espólio da Paraíso Discos. Enquanto Belchior escolheu os próprios discos, Mello foi naqueles que se tornariam mais valiosos. “Recebi muitas propostas até chegar a essa do Itunes. Muita gente queria (o acervo), mas só se já fosse digitalizado, o que ficaria muito caro”, explica, acrescentando uma média de R$ 300 por hora de estúdio em São Paulo. O relançamento digital acontece aproveitando uma brecha jurídica, uma vez que o formato não era previsto nos antigos contratos. Sem Belchior para dar aval, Mello fica impedido de relançar em CD ou mesmo LP.</div>
<br style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;" /><div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
Enquanto Mello seguiu com produções musicais e de publicidade na JMT, Belchior passou por problemas administrativos, até que, desapareceu por volta de 2006. De lá para cá os dois se falaram em três rápidas ligações em janeiro de 2007, todas feitas por Belchior. Desde então, Jorge Mello mantém contato com a família do parceiro, mas não tem pistas sobre onde ele está.</div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="jump" style="border: 0px; float: left; font-size: 12px; line-height: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; width: 660px;">
<span class="f-cor f-upper" style="border: 0px; color: #0079c1; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; text-transform: uppercase;">CONTINUAÇÃO DA CAPA. </span><span style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">02/09/2014</span></div>
<h1 style="border: 0px; color: black; float: left; font-size: 30px; font-weight: lighter; line-height: normal; list-style: none; margin: 5px 0px 20px; padding: 0px; width: 660px;">
O valioso acervo de Jorge Mello</h1>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
<span class="i-n-resumo" style="border: 0px; color: #999999; float: left; line-height: normal; list-style: none; margin: 0px 0px 25px; padding: 0px; width: 660px;">Além de músicas, Jorge Mello também guarda documentos raros, como uma partitura original de Luiz Assunção</span></div>
<div class="i-n-ctrl" style="border-bottom-color: rgb(246, 246, 246); border-bottom-style: solid; border-width: 0px 0px 1px; float: left; font-size: 12px; line-height: normal; list-style: none; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; width: 660px;">
<span class="aba-ctrl ativo" id="butt-noticia" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-color: rgb(246, 246, 246) rgb(246, 246, 246) white; border-style: solid; border-top-left-radius: 5px; border-top-right-radius: 5px; border-width: 1px; color: black; cursor: pointer; float: left; list-style: none; margin: 0px 5px -1px 0px; padding: 6px 10px 5px; position: relative; text-transform: uppercase; z-index: 1;">NOTÍCIA</span><span class="aba-ctrl" id="butt-comment" style="background: rgb(230, 230, 230); border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-color: rgb(246, 246, 246) rgb(246, 246, 246) rgb(230, 230, 230); border-left-style: solid; border-left-width: 1px; border-right-style: solid; border-right-width: 1px; border-top-left-radius: 5px; border-top-right-radius: 5px; border-top-style: solid; border-top-width: 1px; cursor: pointer; float: left; list-style: none; margin: 0px 5px -1px 0px; padding: 6px 10px 5px; text-transform: uppercase;"><span class="f-cor" style="border: 0px; color: #0079c1; font-size: 13px; list-style: none; margin: 0px 4px 0px -2px; padding: 0px;">0</span> <span class="f-upper" style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">COMENTÁRIOS</span></span><div class="i-n-controle i-n-controle-novo" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; float: right; list-style: none; margin: 0px; padding: 5px 0px 0px; width: 170px;">
<span class="i-print" style="background: url(http://imgs.opovo.com.br/imgs/interna.png) -124px -18px rgb(0, 121, 193); border-right-color: rgb(241, 241, 241); border-right-style: solid; border-width: 0px 1px 0px 0px; color: #0079c1; cursor: pointer; display: block; float: left; height: 18px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px 10px 0px 25px; position: relative; z-index: 1;"></span><span class="i-mais" style="background: url(http://imgs.opovo.com.br/imgs/interna.png) -200px -18px rgb(0, 121, 193); border-right-color: rgb(241, 241, 241); border-right-style: solid; border-width: 0px 1px 0px 0px; color: #0079c1; cursor: pointer; display: block; float: left; height: 18px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px 10px 0px 25px; position: relative; z-index: 1;"></span><span class="i-menos no-b" style="background: url(http://imgs.opovo.com.br/imgs/interna.png) -223px -18px rgb(0, 121, 193); border: 0px; color: #0079c1; cursor: pointer; display: block; float: left; height: 18px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px 10px 0px 25px; position: relative; z-index: 1;"></span></div>
</div>
<div id="corpo-noticia" style="border: 0px; float: left !important; font-size: 12px; line-height: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; width: 660px !important;">
<div class="interna-autores" style="border: 0px; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; width: 530px;">
</div>
<div class="i-n-abas" style="border: 0px; float: left; list-style: none; margin: 15px 20px 0px 0px; padding: 0px; position: relative;">
<div class="abas-area" style="border: 0px; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
<div id="foto" style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
<span class="jump" style="border: 0px; color: #999999; float: left; font-size: 10px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; right: 0px; text-align: right; text-transform: uppercase; top: -15px; width: auto;">EDIMAR SOARES</span><div class="foto-img" style="border: 0px; float: left; list-style: none; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; position: relative;">
<a class="fzoom" href="http://imgs.opovo.com.br/app/noticia_132346504881/2014/09/02/3307666/2.jpg" style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" title="
Jorge Mello: compositor guardou documentos importantes para a memória da música brasileira"><img src="http://imgs.opovo.com.br/app/noticia_132346504881/2014/09/02/3307666/2.jpg" style="background: none; border-bottom-left-radius: 4px; border-bottom-right-radius: 4px; border-top-left-radius: 4px; border-top-right-radius: 4px; border: 0px; display: block; float: left; font-size: 8px; list-style: none; margin: 0px; max-width: 350px; overflow: hidden; padding: 0px; text-indent: -5000px; width: 350px;" /></a></div>
<div class="foto-legenda" style="background: rgb(153, 153, 153); border: 0px; clear: both; color: white; list-style: none; margin: 0px; max-width: 320px; padding: 7px 15px; position: relative; top: -12px; width: 320px;">
Jorge Mello: compositor guardou documentos importantes para a memória da música brasileira</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="interna-lateral" style="border: 0px; float: right !important; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; width: 110px;">
<div class="i-l-destaque" style="background: rgb(247, 247, 247); border: 0px; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 15px 10px; width: 90px;">
<div class="selo-especial" style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px 0px 0px -15px; padding: 0px;">
<a href="https://www.blogger.com/null" style="border: 0px; color: black; display: block; float: left; list-style: none; margin: 0px 0px 0px 7px; padding: 0px; width: 105px;" target="_blank"><img alt="" style="background: none; border-bottom-left-radius: 4px; border-bottom-right-radius: 4px; border-top-left-radius: 4px; border-top-right-radius: 4px; border: 0px; display: block; font-size: 8px; list-style: none; margin: 0px 0px 0px 7px; overflow: hidden; padding: 0px; text-indent: -5000px; width: 90px;" /></a></div>
<a href="http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2014/09/02/noticiasjornalvidaearte,3307663/raridades-musicais-de-antigo-selo-do-belchior-estao-no-itunes.shtml" style="border-top-color: rgb(255, 255, 255); border-top-style: solid; border-width: 2px 0px 0px; color: black; float: left; list-style: none; margin: 5px 0px 0px; padding: 5px 0px 0px; text-decoration: none; width: 90px;"><span class="mini-title" style="border: 0px; color: #0079c1; display: block; float: left; list-style: none; margin: 10px 0px 5px; padding: 0px; text-transform: uppercase; width: 90px;">MÚSICA. ACERVO ONLINE</span><span class="destaque-strong" style="border: 0px; clear: both; display: block; font-size: 14px; list-style: none; margin: 0px 0px 5px; overflow: hidden; padding: 0px;">Raridades musicais de antigo selo do Belchior estão no Itunes</span><span class="i-comment" style="background: url(http://imgs.opovo.com.br/imgs/baloes.png) 0px 2px no-repeat; border: 0px; color: #999999; display: block; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 1px 0px 1px 16px;">(0)</span></a><a href="http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2014/09/02/noticiasjornalvidaearte,3307666/o-valioso-acervo-de-jorge-mello.shtml" style="border-top-color: rgb(255, 255, 255); border-top-style: solid; border-width: 2px 0px 0px; color: black; float: left; list-style: none; margin: 5px 0px 0px; padding: 5px 0px 0px; text-decoration: none; width: 90px;"><span class="mini-title" style="border: 0px; color: #0079c1; display: block; float: left; list-style: none; margin: 10px 0px 5px; padding: 0px; text-transform: uppercase; width: 90px;">CONTINUAÇÃO DA CAPA.</span><span class="destaque-strong" style="border: 0px; clear: both; display: block; font-size: 14px; list-style: none; margin: 0px 0px 5px; overflow: hidden; padding: 0px;">O valioso acervo de Jorge Mello</span><span class="i-comment" style="background: url(http://imgs.opovo.com.br/imgs/baloes.png) 0px 2px no-repeat; border: 0px; color: #999999; display: block; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 1px 0px 1px 16px;">(0)</span></a><a href="http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2014/09/02/noticiasjornalvidaearte,3307686/rock-n-roll-em-dose-dupla-no-complexo-armazem.shtml" style="border-top-color: rgb(255, 255, 255); border-top-style: solid; border-width: 2px 0px 0px; color: black; float: left; list-style: none; margin: 5px 0px 0px; padding: 5px 0px 0px; text-decoration: none; width: 90px;"><span class="mini-title" style="border: 0px; color: #0079c1; display: block; float: left; list-style: none; margin: 10px 0px 5px; padding: 0px; text-transform: uppercase; width: 90px;">SHOW. KRISIUN E CAVALERA CONSPIRACY</span><span class="destaque-strong" style="border: 0px; clear: both; display: block; font-size: 14px; list-style: none; margin: 0px 0px 5px; overflow: hidden; padding: 0px;">Rock'n' roll em dose dupla no Complexo Armazém</span><span class="i-comment" style="background: url(http://imgs.opovo.com.br/imgs/baloes.png) 0px 2px no-repeat; border: 0px; color: #999999; display: block; float: left; list-style: none; margin: 0px; padding: 1px 0px 1px 16px;">(0)</span></a></div>
</div>
<div class="i-n-controle i-n-controle-peq" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 1px solid rgb(246, 246, 246); clear: left; float: left; list-style: none; margin: 0px 10px 10px 0px; padding: 10px; width: 120px !important;">
<div class="right right-novo" style="border: 0px; float: none; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
<div id="fb-root" style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
</div>
<div class="fb-like fb_iframe_widget" data-action="recommend" data-font="tahoma" data-layout="button_count" data-send="false" data-show-faces="false" data-width="100" fb-iframe-plugin-query="action=recommend&app_id=&font=tahoma&href=http%3A%2F%2Fwww.opovo.com.br%2Fapp%2Fopovo%2Fvidaearte%2F2014%2F09%2F02%2Fnoticiasjornalvidaearte%2C3307666%2Fo-valioso-acervo-de-jorge-mello.shtml&layout=button_count&locale=pt_BR&sdk=joey&send=false&show_faces=false&width=100" fb-xfbml-state="rendered" style="border: 0px; display: inline-block; float: none; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; position: relative;">
<span style="border-right-color: rgb(241, 241, 241); border-right-style: solid; border-width: 0px 1px 0px 0px; color: #0079c1; cursor: pointer; display: inline-block; float: left; height: 20px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px 10px 0px 0px; position: relative; text-align: justify; vertical-align: bottom; width: 126px; z-index: 1;"><iframe allowtransparency="true" class="" frameborder="0" height="1000px" name="f1854740d" scrolling="no" src="http://www.facebook.com/plugins/like.php?action=recommend&app_id=&channel=http%3A%2F%2Fstatic.ak.facebook.com%2Fconnect%2Fxd_arbiter%2FZEbdHPQfV3x.js%3Fversion%3D41%23cb%3Dfb67a203%26domain%3Dwww.opovo.com.br%26origin%3Dhttp%253A%252F%252Fwww.opovo.com.br%252Ffea60c464%26relation%3Dparent.parent&font=tahoma&href=http%3A%2F%2Fwww.opovo.com.br%2Fapp%2Fopovo%2Fvidaearte%2F2014%2F09%2F02%2Fnoticiasjornalvidaearte%2C3307666%2Fo-valioso-acervo-de-jorge-mello.shtml&layout=button_count&locale=pt_BR&sdk=joey&send=false&show_faces=false&width=100" style="border-style: none; height: 20px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; visibility: visible; width: 126px;" title="fb:like Facebook Social Plugin" width="100px"></iframe></span></div>
<div addthis:title="O valioso acervo de Jorge Mello" class="addthis_toolbox addthis_default_style" style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
<a class="addthis_button_tweet at300b" href="https://www.blogger.com/null" style="border: 0px; cursor: pointer; float: left; list-style: none; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px 2px; width: 87px;" tw:via="opovoonline"><iframe allowtransparency="true" class="twitter-share-button twitter-tweet-button twitter-share-button twitter-count-horizontal" data-twttr-rendered="true" frameborder="0" id="twitter-widget-0" scrolling="no" src="http://platform.twitter.com/widgets/tweet_button.1410542722.html#_=1410870892001&count=horizontal&counturl=http%3A%2F%2Fwww.opovo.com.br%2Fapp%2Fopovo%2Fvidaearte%2F2014%2F09%2F02%2Fnoticiasjornalvidaearte%2C3307666%2Fo-valioso-acervo-de-jorge-mello.shtml&id=twitter-widget-0&lang=pt&original_referer=http%3A%2F%2Fwww.opovo.com.br%2Fapp%2Fopovo%2Fvidaearte%2F2014%2F09%2F02%2Fnoticiasjornalvidaearte%2C3307666%2Fo-valioso-acervo-de-jorge-mello.shtml&size=m&text=O%20valioso%20acervo%20de%20Jorge%20Mello&url=http%3A%2F%2Fwww.opovo.com.br%2Fapp%2Fopovo%2Fvidaearte%2F2014%2F09%2F02%2Fnoticiasjornalvidaearte%2C3307666%2Fo-valioso-acervo-de-jorge-mello.shtml%23.VBguXzFWwig.twitter&via=opovoonline" style="border-width: 0px; height: 20px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; width: 123px;" title="Twitter Tweet Button"></iframe></a><a class="addthis_button_google_plusone at300b" g:plusone:size="medium" href="https://www.blogger.com/null" style="border: 0px; cursor: pointer; float: left; list-style: none; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px 2px; width: 70px;"><div id="___plusone_2" style="background: transparent; border: 0px none; display: inline-block; float: none; font-size: 1px; height: 20px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 90px;">
<iframe data-gapiattached="true" frameborder="0" hspace="0" id="I2_1410870885736" marginheight="0" marginwidth="0" name="I2_1410870885736" scrolling="no" src="https://apis.google.com/u/0/se/0/_/+1/fastbutton?usegapi=1&size=medium&hl=en&origin=http%3A%2F%2Fwww.opovo.com.br&url=http%3A%2F%2Fwww.opovo.com.br%2Fapp%2Fopovo%2Fvidaearte%2F2014%2F09%2F02%2Fnoticiasjornalvidaearte%2C3307666%2Fo-valioso-acervo-de-jorge-mello.shtml&gsrc=3p&ic=1&jsh=m%3B%2F_%2Fscs%2Fapps-static%2F_%2Fjs%2Fk%3Doz.gapi.pt_PT.5udVWGRPPVE.O%2Fm%3D__features__%2Fam%3DAQ%2Frt%3Dj%2Fd%3D1%2Ft%3Dzcms%2Frs%3DAItRSTPU09E-yO-_uQpheIPyrFmEnOBqiQ#_methods=onPlusOne%2C_ready%2C_close%2C_open%2C_resizeMe%2C_renderstart%2Concircled%2Cdrefresh%2Cerefresh&id=I2_1410870885736&parent=http%3A%2F%2Fwww.opovo.com.br&pfname=&rpctoken=19513703" style="border-style: none; border-width: 0px; height: 20px; left: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; position: static; top: 0px; visibility: visible; width: 90px;" tabindex="0" title="+1" vspace="0" width="100%"></iframe></div>
</a><a class="pin-it-button" href="https://www.blogger.com/null" style="border: 0px; float: left; list-style: none; margin: 0px 15px 10px 0px; padding: 0px;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibVCwi1kZ4rdGzb9nLJ-M_TRgXKfZV9DJP1fHV-rp6yI-yOFCumhjmO9rySwx657q9Cgw9oMVHZurQDP552BCyMTZvw_vpjnbOUPMX315mEj27QQPvbQMnFwHbo_rM1mBndf0bktUgQ_js/s1600/pinmask2.png" style="background: none; border-bottom-left-radius: 4px; border-bottom-right-radius: 4px; border-top-left-radius: 4px; border-top-right-radius: 4px; border: none; display: block; font-size: 8px; list-style: none; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; text-indent: -5000px;" /></a><a class="addthis_button" href="http://www.addthis.com/bookmark.php?v=250&pubid=ra-4ef8d7f05ba21d02" style="border: 0px; cursor: pointer; float: left; list-style: none; margin: 3px 0px 0px; padding: 0px; text-decoration: none;"><img alt="Compartilhar" height="16" src="http://imgs.opovo.com.br/imgs/sm-share-br.gif" style="background: none; border-bottom-left-radius: 4px; border-bottom-right-radius: 4px; border-top-left-radius: 4px; border-top-right-radius: 4px; border: 0px; display: block; font-size: 8px; list-style: none; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; text-indent: -5000px;" width="83" /></a><div class="atclear" style="border: 0px; clear: both; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="noticia-corpo" style="border: 0px; font-size: 18px; line-height: 21px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; width: 530px;">
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
O hábito de guardar coisas fez Jorge Mello acumular em casa um acervo de valor incalculável. Segundo ele, são dois quartos completamente lotados de fitas, documentos e objetos. Nessas caixas estão, por exemplo, partituras dos séculos XVII e XVIII. Entre as partituras, estão também alguns originais inéditos de Luiz Assunção. Ali também estão as fichas com as notas dos festivais de música do Ceará.</div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
Outras preciosidades guardadas por Jorge Mello são gravações raríssimas com Ednardo, Belchior, Fagner e muitos outros, todas feitas bem antes deles conhecerem a fama. Essas gravações foram dadas pelos empresários Simon Bau e Reynaldo Zangrand, ambos falecidos. Gravado de forma rústica e improvisada, esse material inclui, por exemplo, a primeira gravação de “A palo seco”. Tudo isso também deve ver a luz do dia em breve. (<strong style="border: 0px; font-family: MyriadProSemiBold; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">Marcos Sampaio</strong>)</div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
<strong style="border: 0px; font-family: MyriadProSemiBold; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">DESTAQUES DA PARAÍSO DISCOS</strong></div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
<strong style="border: 0px; font-family: MyriadProSemiBold; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">Benedito (1983)</strong></div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
Com arranjos e direção de Jorge Mello, o disco de Bené Fonteles trazia uma série de experimentações sonoras. Luiz Gonzaga abre com um aboio, Egberto Gismonti improvisa sons de água no violão e Tetê Espíndola canta com a boca cheia de maçã. Participações ainda de Belchior, Luli e Lucina.<br style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;" /> </div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
<strong style="border: 0px; font-family: MyriadProSemiBold; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">O amanhã será melhor (2002) </strong></div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
Pianista e poetisa que conviveu com a cena modernista brasileira, Íris Thompson de Carvalho tinha mais de 80 anos quando gravou este disco. Com concepção artística de Belchior, o disco traz participações de Moraes Moreira, Gilberto Gil, Almir Sater e outros.</div>
<br style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;" /><div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
<strong style="border: 0px; font-family: MyriadProSemiBold; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">Cenas dos próximos capítulos (1984) </strong></div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 21px; padding: 0px;">
O oitavo disco da carreira de Belchior trouxe quatro parceiras com Jorge Mello. Entre elas está “Rock-romance de um robô goliando”, um rock-pop-rap de sete minutos. Com muitos teclados, o disco também apresenta “Ouro de tolo” (Raul Seixas) e “Forró no escuro” (Luiz Gonzaga).</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-45335037780658385182014-08-13T13:22:00.000-07:002014-08-13T13:22:34.140-07:00Show na Praça<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaSridQFztnsRSK-A5R8YSo3DaTRY7Z__gIMWYMAV6QRgP3rOuESOcW0z2TqSyvJdM0Cc4ISq8rGKT_QUAJJnReN6vhQtQFsnX5wGQm5THHtCRWAun0xbYsaQv1QAf05tTpWjqI5C8Hbu3/s1600/2014-08-13+13.13.56.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaSridQFztnsRSK-A5R8YSo3DaTRY7Z__gIMWYMAV6QRgP3rOuESOcW0z2TqSyvJdM0Cc4ISq8rGKT_QUAJJnReN6vhQtQFsnX5wGQm5THHtCRWAun0xbYsaQv1QAf05tTpWjqI5C8Hbu3/s1600/2014-08-13+13.13.56.jpg" height="320" width="275" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHtDYxi5hlKCPgE59_R9kshIjhK1t8IGh3I91UMXpOjeh3fdeunY2w-xgbArDe_knjo1C9RjC4yoTZIDL3fcGE4qTY-sqwrzgC7WZhmvpZ9s_U0PWdnC-5LFikD41L-e57mLhG2FPPkPkM/s1600/2014-08-13+13.11.26.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHtDYxi5hlKCPgE59_R9kshIjhK1t8IGh3I91UMXpOjeh3fdeunY2w-xgbArDe_knjo1C9RjC4yoTZIDL3fcGE4qTY-sqwrzgC7WZhmvpZ9s_U0PWdnC-5LFikD41L-e57mLhG2FPPkPkM/s1600/2014-08-13+13.11.26.jpg" height="207" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
SHOW na Praça Floriano Peixoto no bairro de Santo Amaro, em São Paulo, capital, celebrando o DIA DAS TRADIÇÕES DE SANTO AMARO, evento em que me apresentei com a participação da bailarina Angélica Rouvida, e cantei minhas canções, improvisei repentes para a plateia e contei curiosidades da cultura nordestina, em especial sobre a orígem dos cantadores repentistas e seus repentes. </div>
<br />Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-52396687757250095422014-08-04T13:48:00.002-07:002014-08-04T13:48:51.990-07:00REPENTES E DANÇA na Praça<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyRx-gAUdho1CuZrq-MKc3s4rrpHsREfSLfDbKaDoUhB42fEKDEr96qcr2xsc1jo1EPdX6bvWQcSLroA1phBsz6C6Y3f67_XqQ6yo8QOGf-XF2gyqLGFBKrzWTP6TaXAxYgwgj2oEXsDrp/s1600/10540825_10201513331994331_5580342155196923994_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyRx-gAUdho1CuZrq-MKc3s4rrpHsREfSLfDbKaDoUhB42fEKDEr96qcr2xsc1jo1EPdX6bvWQcSLroA1phBsz6C6Y3f67_XqQ6yo8QOGf-XF2gyqLGFBKrzWTP6TaXAxYgwgj2oEXsDrp/s1600/10540825_10201513331994331_5580342155196923994_n.jpg" height="160" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="userContentWrapper aboveUnitContent" data-ft="{"tn":"K"}" style="background-color: white; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 15.359999656677246px; margin-bottom: 15px; margin-top: 15px;">
<div class="_wk mbm" style="font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 10px;">
<span class="userContent"></span><br />
<div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_53dff0ad813769d70109401" style="display: inline;">
<span class="userContent">Ministrarei uma pequena palestra sobre o REPENTE e suas formas na cantoria improvisada e própria do desafio entre repentistas. E mostrarei algumas dessas formas improvisando repentes para a plateia. E ao som do "baião de viola" que é o solo<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"> que se faz entre as estrofes improvisadas, terei a companhia da bailarina Angélica Rovida que apresentará dança árabe mostrando a perfeita sincronização com o solo, confirmando a origem dessa cultura nossa, que já existia e ainda existe entre os Mouros.</span></span></div>
<span class="userContent">
</span></div>
</div>
<div class="_wk _5rny attachmentUnit" style="background-color: white; border-left-color: rgb(192, 201, 221); border-left-style: solid; border-left-width: 2px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0px 0px 12px 2px; padding: 5px 0px 5px 8px;">
<div>
<div class="userContentWrapper">
<div>
<div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_53dff0ad814a51f32538824" style="display: inline;">
ENCONTRO INÉDITO EM TODO O MUNDO VAI ACONTECER NO BAIRRO PLANETA: O EXOTISMO DOS JARDINS SUSPENSOS DA BABILÔNIA O VIRTUOSISMO DO NORDESTE. ou seja pela 1ª vez o IMPAGÁVEL DUO:<a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=790418640" href="https://www.facebook.com/jorge.mello.37" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;">Jorge Mello</a> e <a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=732034872" href="https://www.facebook.com/angelica.rovida" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;">Angelica Rovida</a> na premiada performance: VENTRE E <span class="text_exposed_show" style="display: inline;">REPENTE. Dia 13/8-às 10h. na Praça Floriano Peixoto, no dia das Tradições de Santo Amaro-Lei 15.871/13 do Ver. <a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100001055968321" href="https://www.facebook.com/ricardonunes.sp" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;">Ricardo Nunes</a>. Agende-se: tua inteligência agradece, tua sensibilidade reverencia!</span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<br />Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-9178134883266304492014-07-23T12:39:00.003-07:002014-07-23T12:39:59.609-07:00Poema que escrevi e que me emociona...<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
ÁGATA</div>
<div class="MsoNormal">
Jorge Mello</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Minha gata é como ágata colorida,</div>
<div class="MsoNormal">
essa massa compacta de calcedônia</div>
<div class="MsoNormal">
que brota do chão agreste do Ceará.</div>
<div class="MsoNormal">
Grande Adonai que venero </div>
<div class="MsoNormal">
para quem canto aedos profanos de joelhos,</div>
<div class="MsoNormal">
por quem viajo ao mundo dos sonhos</div>
<div class="MsoNormal">
e dos mortos -, que devem ter o mesmo endereço – ouça meu
grito:</div>
<div class="MsoNormal">
Amo essa fruta doce, silvestre, rústica, rude dessa terra
áspera...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Minha gata, essa ilha que ofusca o mar a seu redor...</div>
<div class="MsoNormal">
Ave noturna que encanta e canta cumprindo a ordem natural.</div>
<div class="MsoNormal">
Ave que vê e vela ávida se me perco entre corpos celestes no
cosmos.</div>
<div class="MsoNormal">
Aos seus olhos não sou um ponto perdido entre mil estrelas...</div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Ela me encontra. Só ela. Atraída pela luz que brota desse
imenso amor.</div>
Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5927937038777679006.post-13269370512533574612014-07-15T13:57:00.002-07:002014-07-15T13:57:39.418-07:00Poema ALMA FEMININA<div class="userContentWrapper aboveUnitContent" data-ft="{"tn":"K"}" style="background-color: white; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 15.359999656677246px; margin-bottom: 15px; margin-top: 15px;">
<div class="_wk mbm" style="font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 10px;">
<span class="userContent">Esse meu poema faz muito sucesso. É um dos que mais gosto...! Leiam...</span></div>
</div>
<div class="_wk _5rny attachmentUnit" style="background-color: white; border-left-color: rgb(192, 201, 221); border-left-style: solid; border-left-width: 2px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0px 0px 12px 2px; padding: 5px 0px 5px 8px;">
<div class="_1x1" style="padding: 10px 0px 15px;">
<div class="userContentWrapper">
<div class="_wk">
<div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_53c593dd127bc5c19723003" style="display: inline;">
Amigos me pedem poemas. Espero que gostem desses versos que estarão compondo meu próximo livro.<br />
<br />
ALMA FEMININA<br />
Jorge Mello<br />
<br />
Numa explosão de descontentamento,<br />
e num estrilo quase perversão,<br />
percebi que poesia não tem a ver<br />
com a forma nem com rima.<br />
Também não depende <span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br />do sol, nem do clima.<br />Está mais próxima do arrebatamento<br />e da forma da alma feminina.</span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Jorge Mellohttp://www.blogger.com/profile/18291919482623050991noreply@blogger.com0